sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Viagens de comboio III

Viajar de comboio permite uma maior liberdade de movimentação. Podemos ir à casa de banho. Podemos esticar as pernas levantando-nos. Podemos ir à carruagem onde está o bar. Podemos ir deitados se houver espaço. Podemos levar um computador portátil e usá-lo nas mesas ou nas prateleiras amovíveis.

Existe um mundo de possibilidades de se conhecerem pessoas. Já apanhei famílias de regresso ou a ir de férias como nós. Pessoas sozinhas. Casais. Pessoas que iam para o funeral de algum familiar. Pessoas que iam visitar filhos, pais, amigos. Pessoas que passam uma parte da semana numa terra e a restante na outra.

Fui uma vez a conversar com uma brasileira (sim, muito de vez em quando lá consigo socializar, mas desta vez foi porque a minha mãe começou a falar com ela primeiro) que trabalhava uma parte da semana na região de Lisboa e ia regressa para o Algarve onde estava o marido e o filho.

Regressámos uma vez a Lisboa na companhia de um senhor aficionado pela filatelia e numismática. A conversa não pôde ser continua porque o meu pai estava num dia mau e começava a implicar com o homem.

Apanhámos uma mãe e filho dos Açores que vieram às olimpiadas da matemática no Algarve.

Apanhámos muitos estrangeiros de diversas nacionalidades e alimentações diferentes.

Fosse eu mais sociável e teria muitas mais histórias para contar.

2 comentários:

Cristina Torrão disse...

Gostei de ler as suas "viagens de comboio". O amigo Jota é dotado de um certo sentido de humor. Se o aperfeiçoasse, estas "aventuras" eram dignas de um livro.

A melhor solução para desenvolver esse talento é escrever tudo o que lhe vem à cabeça relacionado com o assunto. Quanto mais "treinar", melhores serão os resultados :)

jota disse...

Obrigado pela sugestão e pelo incentivo.

Em breve terei novidades...