Hoje as leituras falam-nos de confiança e segurança. Onde e em quem as depositamos.
Na primeira leitura Deus diz através de Isaías que nos ama incondicionalmente. Mais do que uma mãe ama o seu filho que deu à luz e amamentou. O salmo reforça esta ideia e acrescenta: quem se refugiar em Deus estará seguro.
Na segunda leitura São Paulo reflecte sobre a atitude a ter perante os outros neste contexto. Se Deus é a nossa segurança, não nos cabe julgar os outros. O coração humano é um labirinto de véus e espelhos, não temos o mapa para o desvendar, só Deus. Não vale pena seguirmos por esse caminho. Ele julgará.
No Evangelho Jesus começa por advertir que não é possível seguir a Deus e seguir o que não é de Deus. A palavra dinheiro, neste contexto, significa o que não é de Deus. Sempre que preterimos as coisas relacionada com Deus por outras, estamos a seguir o “dinheiro”, o que não é de Deus. Isto pode-se ver nas mais pequenas coisas. “Hoje não vou à missa porque está um belo dia de praia”. “Hoje não rezo porque estou cansado e ontem foi domingo”. “Estou na quaresma, devia separar aquele dinheiro para a Renuncia, mas queria tanto o último livro daquele teólogo”.
Depois Jesus volta-se para a atitude a ter no seguimento de Deus. Se pomos Nele a nossa segurança nada nos afectará. Devemos viver despojados de falsas seguranças. Tudo que humanamente dos dá sensação de segurança é ilusório. Basta ver as catástrofes que acontecem, os acidentes. Se empenhamos as nossas energias no caminho de Deus, todos os nossos problemas se resolverão sem demasiado sofrimento, pois na pior das hipóteses teremos o nosso lugar à mesa de Deus.
Esta atitude de despojamento é uma tarefa de uma vida. Mas é a mais importante.