Era uma vez uma menina de uma família de agricultores. A vida deles era repartida no trabalho das terras e no trabalho dos homens da casa na cidade. Não havia dinheiro para mais que o essencial. De vez em quando haviam dívidas. Depois vinham os trabalhos redobrados para as pagar.
Dos cinco irmãos, só a menina e o irmão mais velho andaram na escola. Uma outra irmã passou por lá e aprendeu o suficiente para escrever e ler. Na escola da menina havia meninas como ela, filhas de lavradores, e meninas de famílias mais ricas.
Por altura do Natal uma menina mais rica contou à menina que na noite de Natal punha o sapato na lareira e no outro dia havia lá prendas. Que o Menino Jesus descera pela chaminé e deixara lá o presente. A menina ficou a pensar no assunto e nessa noite resolveu deixar na lareira os tamanquinhos, sapatos era coisa que não tinha.
Na manhã de Natal foi à cozinha ver os seus tamanquinhos e a única coisa que havia era frio que sentia nos pés antes e depois de calçá-los.
A menina é a minha mãe e isto passou-se na década de quarenta do século XX no Alto Minho.
Dos cinco irmãos, só a menina e o irmão mais velho andaram na escola. Uma outra irmã passou por lá e aprendeu o suficiente para escrever e ler. Na escola da menina havia meninas como ela, filhas de lavradores, e meninas de famílias mais ricas.
Por altura do Natal uma menina mais rica contou à menina que na noite de Natal punha o sapato na lareira e no outro dia havia lá prendas. Que o Menino Jesus descera pela chaminé e deixara lá o presente. A menina ficou a pensar no assunto e nessa noite resolveu deixar na lareira os tamanquinhos, sapatos era coisa que não tinha.
Na manhã de Natal foi à cozinha ver os seus tamanquinhos e a única coisa que havia era frio que sentia nos pés antes e depois de calçá-los.
A menina é a minha mãe e isto passou-se na década de quarenta do século XX no Alto Minho.
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