segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Credo

No dia 15 de Novembro passado, na Igreja de São Paulo, Apóstolo, em Nova Iorque, ocorreu um espectáculo único. Foi feita a apresentação mundial de duas composições de Kjartan Sveinsson, membro dos sigur rós. No programa está uma apresentação do seu colega jonsi, no projecto jonsi & alex.

Espectáculo está disponível em audio webcast. Aqui fica o espectáculo com a intervenção do locutor e entrevistas.




Deixo aqui as apresentações em separado.

Cage a Swallow Can't You but You Can't Swallow a Cage de Kjartan Sveinsson




Credo de Kjartan Sveinsson



Riceboy Sleeps (Sleeping Giant, Happiness, Indian Summer, Daníell in the Sea, Atlas Song and Boy 1904) de jonsi & alex



Aqui ficam umas entrevistas que aconteceram no intervalo



Tudo disto pode ser encontrado aqui.

domingo, 28 de novembro de 2010

Primeiro Domingo do Advento – Ano A

Novo ano, nova caminhada. Quando se começa alguma coisa é prudente saber a finalidade, olhar para o fim do processo para saber como devemos lá chegar. É isso que o Advento faz: preparar o novo ano para uma nova e melhor vivência da Ressurreição de Jesus.

Neste primeiro domingo a mensagem é de vigilância. Estar a tento aos sinais do tempo, estar atento aos sinais da nossa vida cristã, estar atento ao que podemos fazer, ao que não temos feito, estar atento ao centro da nossa vida.

Quer queiramos ou não Deus é o final da nossa caminhada. Para Ele confluímos, caminhamos e somos atraídos. É tão certo como sabermos que vamos morrer. Por isso devemos estar atentos, preparados, pois tal como Jesus diz não sabemos a hora nem o local.

Neste Advento, tempo de preparação, temos a oportunidade de pensarmos sobre o que temos feito na nossa vida. Estamos preparados para entrar na arca como Noé ou andamos entretidos casando e dando-nos em casamento, comendo e bebendo?

Como Cristão temos que estar acordados, prontos para a vinda do noivo. O Advento apela para nos convertermos à Luz, para deixarmos as trevas da vida imediata e olharmos para longe. Lá está a cidade eterna, é está o nosso destino. Larguemos tudo o que nos pesa e dificulta a viagem. Fazendo isso chegaremos lá mais leves e limpos.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vídeo oficial - The Suburbs

O marketing dos Arcade Fire continua em alta e bastante criativo. Lembram-se do espectáculo que deram em Agosto? No écran no cenário passavam umas imagens de uns miúdos de bicicleta. Agora saiu o vídeo oficial do tema título do disco "The Suburbs". É esse o vídeo que mostro hoje.

Nota: o vídeo é composto por cena de uma curta-metragem produzida pelos Arcade Fire. Daí a qualidade da imagem, a noção de história contada aos poucos e que algo maior se passa.

domingo, 21 de novembro de 2010

Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo – Ano C


Na primeira leitura é narrado o momento em que David passou a reinar sobre o reino e Israel unificado. Ele durante uns anos reinara sobre Judá e só depois as restantes tribos o aceitaram como rei. David para os judeu sempre foi o modelo de rei que unifica todos à sua volta. É natural que esperassem do Messias algo parecido.

No Evangelho vemos como essa imagem estava tão enraizada nos judeus que tiveram a oportunidade de conviver com o Messias e não o reconheceram. Zombaram Dele na cruz. Foram a Sua última tentação.

Jesus veio unificar todos os povos em Seu redor, tal como David fizera com as tribos de Israel. Mas a unificação não foi política, militar, cultural ou mesmo física, foi espiritual. Todos somos irmãos, iguais perante nós e perante Deus. É essa a unidade. Deus viveu e vive entre nós, é algo muito mais profundo que a presença no Templo de então.

Neste dia de festa solene fica a pergunta: reconhecemos o nosso Rei no nosso dia-a-dia? Reconhecemos que Jesus vive entre nós hoje, neste momento? Reconhecemos Jesus na pessoa do nosso irmão? Na pessoa de quem não reconhecemos nenhum valor? Ele também está no mendigo, no marginal que dorme na rua, no criminoso na prisão, naquela pessoa que nos incomoda. Reconhecemo-Lo neles? Porque eles são os pequeno de que Jesus nos falava. Ele também é Rei deles.

domingo, 14 de novembro de 2010

Trigésimo Terceiro Domingo do Tempo Comum – Ano C

Estamos a chegar ao fim do ano litúrgico. Para estes tempos a Igreja reserva-nos leituras que falam sobre como deve ser a nossa atitude perante os sinais dos tempos e sobre a passagem do próprio tempo. O que é que todo cristão deve esperar e almejar? A vinda definitiva de Jesus.

Nos primeiros tempos do cristianismo era pensamento corrente que essa vinda seria em breve. São Paulo foi um exemplo disso. Na primeira carta aos Tessalonicenses ele deixa passar essa ideia, que teve que corrigir na carta seguinte, cujo excerto hoje foi lido na segunda leitura.

Já passaram quase dois mil anos desde a Ressurreição de Jesus. Ainda há quem tente ver nas catástrofes naturais, em presságios mais ou menos rebuscados, sinais para o fim dos tempos. No entanto não foi para nos por de sobreaviso que Jesus disse o que disse no Evangelho de hoje. A mensagem, a meu ver, é exactamente o oposto.

O que devemos fazer é sermos fieis a Deus. Cumprir os Seus mandamentos. Amar como Ele nos amou e sermos misericordiosos como ele é. Tudo o resto é irrelevante para quem é fiel. Guerras. Cataclismos. Fomes. Só seremos afectados verdadeiramente se o nosso coração não estiver em Deus. Se morrermos, vamos para Ele. Se algum familiar ou pessoa querida morrer, temos a misericordia de Deus como consolo. O verdadeiro crente perante o sofrimento dá-lhe um sentido e relativiza-o, o sofrimento deixa de ser dominante.

É isso que Jesus quer dizer com Ele nos ajudar a dar resposta aos nossos acusadores. Vai ainda mais longe, por mais que nos odeiem por sermos fieis não seremos afectados. Por fim diz: “Mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça. Pela vossa constância é que sereis salvos.”

Estas leituras não nos deviam angustiar, nem meter medo. Se o fazem, porquê que será? Talvez seja a nossa consciência a dizer que não somos assim tão fieis. Talvez tenhamos o nosso coração no que é material ou humano. De quê que temos medo?

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Para quê que serve a Economia (mercado)?

Aqui fica a ligação para um texto muito interessante que propõe uma explicação para a situação actual do país.

Vale muito a pena ler.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Perguntas

Já agora o que significa ter os juros a 6.8%? O país paga-os daqui a dez anos? Que juros estamos a pagar agora? Qual a taxa da altura?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Ainda sobre Blender

Ainda sobre o filme Sintel deixo-vos aqui dois vídeos interessantes sobre a parte material do projecto. A render farm é um super servidor composto, se bem percebi, por dezasseis processadores. O objectivo desta máquina é agilizar o processo de "render", que é um processo do blender em que o programa mostra objecto criado na sua forma final, ou seja, trabalha-se no esqueleto, nas texturas, nos volumes e depois o render é juntar tudo para ver como fica. Por isso é compreensível para um projecto deste a necessidade de um super computador.

Aqui fica o vídeo da montagem da máquina e depois fica outro com a presentação mais em detalhe.





domingo, 7 de novembro de 2010

Trigésimo Segundo Domingo do Tempo Comum – Ano C

As leituras de hoje tratam da Ressurreição, de como será a vida para lá do limiar da morte, a vida definitiva em Deus.

Na primeira leitura surge a noção do Antigo Testamento já de uma época tardia, já depois do regresso do Exílio na Babilónia, já com o contacto com o mundo helénico. Nos últimos séculos antes de Jesus a teologia judaica admitia a ressurreição e imaginava-a como uma continuação da vida terrena.

No Evangelho Jesus perante uma tentativa de rasteira dos Saduceus (grupo judeu que negava a ressurreição e que estava muito ligado ao poder da época) mostra que a ressurreição é algo de misterioso e de novo comparando com a vida actual. Também demonstra através da citação do livro do Êxodo (os Saduceus só consideravam como livros sagrados os primeiros cinco da Bíblia, onde estava o Êxodo) que o Deus de Israel é um Deus de vivos, incluindo os que já passaram por esta vida.

Realmente o que se passa depois da morte é um mistério. Há duas imagens que gosto de recorrer para pensar sobre este assunto. A primeira é comparar a vida a uma gravidez. O bebé na barriga da mãe não sabe o que há lá fora. Para ele o mundo, a felicidade é aquilo que ele tem vivido. Recebe de fora sons, sensações, mas perante o seu conhecimento actual pouco mais pode fazer do que suposições. Se tem alguma ideia sobre o que virá depois, será certamente muito difusa e desfocada.

A outra imagem é a do ciclo de vida da borboleta. Durante a fase da lagarta ela vive com os pés assentes em algo, normalmente folhas. A sua vida resume-se a comer e esconder-se dos predadores. Vive uma vida rasteira, na sombra. A fase do casulo representa a tomada de consciência de que vai e tem que mudar, transformar-se, abrir-se a algo maior. É a vida na fé. Depois vem a fase da borboleta. É a ressurreição, pouco resta da lagarta e da crisálida. A sua vida já não é rasteira nem escondida e encontrou a luz.

É esta a concepção cristã da ressurreição. A vida em Deus será algo totalmente diferente do actual, será algo que não imaginamos ser possível, algo novo, no entanto para o qual estamos destinados e preparados.

sábado, 6 de novembro de 2010

Os outros filmes em Blender


Elephants Dream




Big Buck Bunny


E aqui fica o making of do Sintel (bem que gostaria de trabalhar em algo desta envergadura e com este empenho)


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Calculismos de patos bravos

Perante esta notícia do jornal i só penso no calculismo do PSD na pessoa do seu presidente. Ele disse (não encontei a notícia por falta de tempo agora) que o partido iria sempre viabilizar o Orçamento, mas tinha que tentar melhorá-lo.
Sem dúvida que o melhorou, os mercados que são parvos é que não entenderam. E nós é que vamos pagar... como sempre...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Solenidade de Todos os Santos

Hoje festejam-se Todos os Santos. Para o festejar nada melhor que o ideário dito pela própria boca de Jesus:

Ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os discípulos aproximaram-se dele. Então tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo:

«Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.

Felizes os que choram, porque serão consolados.

Felizes os mansos, porque possuirão a terra.

Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.

Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.

Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.

Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu.

Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por minha causa.

Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu; pois também assim perseguiram os profetas que vos precederam.»

Estas são as cahves para a felicidade, para a santidade. Faço votos que as nossas qualidades sejam superiores aos nossos defeitos e sigam ao menos uma destas directivas.