domingo, 22 de maio de 2011

Como ando totalmente sem inspiração...

... deprimido mesmo, deixo-vos televisão para verem.

Esta é a televisão que transmite em directo da Praça do Sol em Madrid do movimento espanhol inspirado na nossa Geração à Rasca.








Live Broadcast by Ustream.TV

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ando sem paciência para blogar, mas...



(Mas o facto de cá em Portugal não ter havido problemas com a polícia, para mim é o que faz ter orgulho de ser português. Onde tem havido violência os problemas não foram resolvidos, por isso nós estamos bem)

domingo, 15 de maio de 2011

Quarto Domingo da Páscoa – Ano A

Hoje é o domingo do Bom Pastor. Também o dia de oração pela vocações. Mais do que vocações religiosas o que estamos a precisar é de vocações cristãs. Sem comunidades cristão não podem haver sacerdotes, religiosos e religiosas. Se uma comunidade não for capaz de gerar vocações religiosas, isso é sinal de imaturidade, de uma caminho a ser cumprido. A comunidade é uma árvore, se não produzir frutos que façam continuar, crescer ou gerar novas comunidades, então não é uma boa árvore. Qual a qualidade da minha comunidade? Qual a qualidade da minha participação nela?

Jesus no Evangelho apresenta-se como a Porta. O que significa este símbolo? A porta é um lugar de passagem entre dois espaços. Serve para facilitar a entrada ou para dificultar. Pode ser a passagem para a interioridade ou para o mundo. Normalmente não se fica na porta, mas pode-se parar lá à espera. Jesus é a Porta para a vida Eterna, para a vitória da Vida sobre a Morte. Esta porta que Jesus é, é bem mais do que um espaço de passagem, por ela as ovelhas, nós, sabemos que vamos para boas pastagens, quando saímos, e para a segurança, quando entramos.

Ser Porta em Jesus é ser Pastor, ela é o nosso ponto de referência, tal qual um pastor é para as suas ovelhas. Jesus é o Pastor máximo porque foi ao ponto de dar a sua vida pelo Seu rebanho. O Seu Sangue une-nos formando um só corpo com Ele. Nós caminhamos e Ele que vive em nós orienta-nos. Como? Para além da influência individual, Jesus faz suscitar no rebanho auxiliares nessa tarefa. Por isso hoje também é dia de uma oração particular pelos nossos pastores. O padre que celebrou a missa onde fui sugeriu que quem encontrasse o nosso pároco, lhe desse os parabéns ou lhe telefonasse felicitando e agradecendo o seu pastoreio.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A Luta continua...

Ontem não pude assistir à primeira meia final do Festival da Eurovisão, por azar tive uma reunião de condomínio. Quando cheguei a casa já tinha terminado e a minha mãe contou-me o resultados dos Homens da Luta. Enfim, não achei decepcionante porque tal como diz a Cristina somos incompreendidos (acrescento eu: insignificantes) a nível europeu.


O vídeo vai na terceira cantiga (Albânia), que estou a gostar, e já apreciei a da Noruega também. Pelo que já vi aqui, estas duas não foram apuradas. As regras desta vez incluem, como aconteceu por cá, metade da pontuação pelos júri e metade pelo televoto. Não me lembro se nos anos anteriores as meias-finais tinham este método.

Quanto à nossa participação seria demasiado fantasioso achar que tinha hipóteses a nível da música. Talvez se eles fossem falados a nível europeu massivamente nos últimos tempos.

Pausa para ver a Turquia e verificar que não foi, também, apurada. Os Homens da Luta deviam ter invadido a festa de outro país. Boa malha euro-roqueira. Contorcionista e efeitos visuais, mas a música era interessante.

Não estou desiludido com a participação dos Homens da Luta porque foi muito bom acompanhar os vídeos deles nas terras das alemanhas. Deram uma imagem diferente de Portugal. A atitude deles deve vir a fazer melhor à nossa auto-estima do que uma sua possível vitória ou passagem à final. Devemos encarar os tempos que já chegaram com alegria e bom humor, não ter medo de enfrentar os poderosos e dizer-lhes a verdade na cara.

Estou a ouvir agora a Geórgia. Muito poder de som, gritos, mas pouca melodia. Parece que passou. Prefiro o rock da Turquia, mas enfim...

A LUTA CONTINUA, PÁ!!!!!!!


PS: Apesar de ser fã da Islândia como país e ter gostado de participações de outros anos não achei esta música nada de especial. Sei que tem uma história por trás (o compositor morreu no início do ano), mas não sei merecia passar.

domingo, 8 de maio de 2011

Terceiro Domingo da Páscoa – Ano A

Hoje o Evangelho narra-nos o episódio dos discípulos de Emaús. É um episódio algo “estranho” no contexto dos Evangelhos. Jesus aparece a dois discípulos quase anónimos, que não tinham aparecido antes na narrativa. Não aparecem os Apóstolos, excepto no fim, mas sem papel activo.

Vejo neste texto uma metáfora para explicar a importância da Eucaristia. O episódio contem todas as partes principais das nossas celebrações e no fundo representa o essencial da relação com Deus. Tem a palavra explicada, tem a fracção do pão, tem o reconhecimento da nossa fraqueza e da acção misteriosa de Deus na nossa vida, tem o envio em missão. Na fracção do pão os discípulos reconheceram Jesus e nós, reconhecemos?

Outro aspecto relevante desta leitura e para a nossa vida é que Jesus acompanha-nos, mesmo se O não reconhecemos. Por vezes é muito difícil reconhecê-lo, pois viajamos perturbados com os acontecimentos. Quase sempre nem reconhecemos a acção de Jesus nesses mesmos acontecimentos.

E depois da Eucaristia, vamos ter com os outros confirmar que Jesus vive, tal como disseram aquelas mulheres e Simão? Chegamos mesmo a reconhecer Jesus na fracção do Pão? Pensemos bem, será mesmo que O vimos? Ou terá sido só mais um ritual? Uma rotina? Em quê que a nossa vida muda nesse momento? Não será mais do mesmo?

Quem encontra Jesus na Eucaristia pode dizer como São Pedro na primeira leitura e como se cantou no salmo que o nosso corpo repousa na segurança. Saber Jesus vivo é a nossa segurança.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Considerações sobre o anúncio do acordo com o FMI

As minhas primeiras impressões sobre o anúncio do Primeiro-ministro da proposta de acordo com a "Troika" foram as seguintes:

1 - A montanha pariu um rato. Tanta notícia nos meios de comunicação e afinal estavam errados. O inferno estava mesmo à porta e afinal... continuamos no purgatório.

2 - O Governo só deu as boas notícias. Como é seu apanágio. Ou o "Socras" tem aversão patológica às más notícias ou a estratégia eleitoral não o permite. Quem dará as más notícias? A "Troika" obviamente.

3 - O PSD veio logo gabar-se de ter contribuído para melhorar o PEC. Podiam ter atingido o mesmo objectivo sem terem provocado a queda do Governo, mas enfim... estratégias...

4 - Temos que reconhecer que o Governo é extremamente poderoso. Conseguiu atrasar o começo da segunda parte do Barcelona - Real Madrid. É obra!

5 - O que esteve ali o Teixeira do Santos a fazer? Manter o casamento de aparência.

6 - Não me lembro de o Primeiro-ministro ter desmentido o aumento do IVA, nem de mais algum imposto. Será por aí que passará a solução? Fiquei com o sabor na boca de que tudo vai passar por engenharias financeiras.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Sobre a morte do Bin Laden

Não tenho muito a dizer sobre a notícia da morte do Bin Laden. A primeira coisa que senti foi pena. Tinha sentido o mesmo em relação ao Jonas Savimbi. Por pior que a pessoa tenha sido em vida, sinto tristeza pela morte de alguém assim.

Que legado deixam? Morte e destruição. Terão tido oportunidade para se arrependerem dos seus pecados? No caso do Bin Laden, ele estava convencido que estava certo. Mais dramático ainda! Custa-me compreender esta forma de pensar. Considerar que outro ser humano merece morrer dá-me tristeza. Como é que o Bin Laden se considerava um homem religioso se o fruto da sua fé é morte?

Igualmente triste é a reacção dos nova-iorquinos. Pela mesma razão. É uma reacção tipicamente hollywoodesca que vimos nos filmes. Mais, é uma reacção igualzinha à dos seus inimigos. Quando é que eles vão perceber que não são nem mais nem menos que os outros povos? Até quando é que vão considerar-se os senhores do mundo só porque ajudaram a Europa a vencer as duas guerras mundiais?

Voltando ao Bin Laden. Este sentimento de pena cresce quando penso que aquele homem violentamente morto já foi uma criança, já dormiu tranquilamente num colo, já sorriu e teve toda a esperança no olhar.

Outro aspecto negro desta história é a certeza que tenho que esta guerra, em que ele era uma parte, não vai terminar tão cedo. Tenho dúvidas sobre se ele ainda comandava a organização como fizera antes dos ataques. A Al Qaeda parece ter uma estrutura pouco rígida. Existe uma inspiração inicial na criação das células terroristas, talvez algum treino, mas cada célula é autónoma na estratégia, planeamento e execução. Eliminar o líder não desorganiza nada. A seguir a ele, dezenas de outros membros estão prontos para assumir a posição. Neste aspecto há uma diferença muito grande com o caso do Jonas Savimbi.

Por outro lado, tenho dúvidas sobre se vão acontecer represálias tão cedo. Por causa desta autonomia extrema das células, pode acontecer que nenhuma esteja preparada para agir de imediato. Pode acontecer, isso sim, um crescimento no recrutamento de operacionais.

Enquanto os Estados Unidos e os seus aliados não mudarem de atitude para com o resto do mundo vamos continuar com esta guerra. O que aconteceu na Líbia é só um exemplo.

domingo, 1 de maio de 2011

Segundo Domingo da Páscoa – Ano A

Completa-se hoje a oitava da Páscoa. Hoje é um dia especial. É o segundo domingo da Páscoa. É o Domingo da Misericórdia. Neste momento o papa João Paulo II está a ser proclamado Beato. Hoje é o dia da Mãe. É o dia de São José Operário e por isso dia do Trabalhador. É o primeiro dia de Maio, mês de Maria. Hoje é Domingo, dia do Senhor.

Nas leituras começamos por receber o exemplo de como uma comunidade cristã deve ser. Ter uma só alma sendo um só corpo. Neste tempo Pascal vamos compreendendo aos poucos e poucos a dinâmica da vida em Igreja sob a acção do Espírito Santo. Este tempo Pascal é o tempo do Espírito Santo por excelência. Iremos ver o Espírito a construir a Igreja. A comunidade modelo vive sob a acção do Espírito como se ela e Ele fosse uma só entidade.

Na Segunda Leitura São Pedro inicia a sua primeira carta aludindo à fé de todas as gerações posteriores às primeiras, que não tiveram a oportunidade de ver Jesus ressuscitado de uma forma sensível. Sem O ver, ama-mo-Lo, sem O ver, acreditamos e louvamos.

A Segunda Leitura liga desta forma com o Evangelho no episódio de São Tomé. Este apóstolo protagonizou este episódio para nos dar força e alento. Se ele que conheceu Jesus tão intimamente, teve dúvidas, como é que nós não podemos ter? Por isso é que hoje é o dia da Divina Misericórdia. Perante as nossas dúvidas só podemos recorrer à Misericórdia do Senhor. Nada somos sem Ela.

Mas o Evangelho é mais do que este episódio. O início do texto faz-nos lembrar o livro do Génesis, quando o sopro de Deus vivifica o barro e cria o Homem. Jesus sopra sobre os seus discípulos e vivifica a Sua Igreja, Seu Corpo.

Por fim só mais pormenor. Jesus manifesta-se em comunidade. É nela que o espírito de Jesus vive, manifesta-se e fortifica-Se. Por isso é que a Eucaristia é tão importante, vital, para a Igreja, sem ela não pode viver.