segunda-feira, 31 de maio de 2010

Final da Eurovisão de 2010

Pronto. A final do Festival da Eurovisão já passou e nada de especial aconteceu para os nossos lados (nem para a Islândia, que ficou atrás de nós ?!). Quem venceu foi a Alemanha. Não achei a música nada de especial, mas admito a fuga ao modelo habitual de dança ou de exotismo folk. É uma música pop, que para mim não me entusiasmou. Aqui fica o vídeo.




Em segundo lugar ficou a Turquia, uma música rock que gostei bem mais que a vencedora. Espero que eles venham a ser grandes, parecem ter tudo para isso.



Portugal ficou no 18º lugar e a Islândia em 19º. A minha mãe gostou a música da Rússia, que na semi-final eu não consegui ouvir e ver bem, mas que também gostei. Ficou em 11º lugar.



À frente da Rússia ficou a Ucrânia, com uma música diferente e com uma mensagem de responsabilidade da humanidade pelo destino do planeta. Achei graça à música e à apresentação.



Para terminar deixo aqui uma voz que gostei muito, é da representante da Geórgia, que ficou em 9º lugar. A voz dela num tom mais grave é do género da voz da Rita Red Shoes. Quando puxa mais pela voz já não gosto tanto. A cantora também é bonitinha.

domingo, 30 de maio de 2010

Domingo da Santíssima Trindade

Este domingo é a oportunidade de meditarmos o que é Deus para nós. Qual a imagem que temos Dele. Purificá-la. No Salmo Deus é descrito como o Criador que nos ama a cima dos anjos, que somos quase como Ele. É o Pai.

No Evangelho Jesus, o Filho, Deus feito homem para nos religar a Deus, fala-nos de Si e do Seu Espírito que veio depois de Ele reencontrar-Se com o Pai. Pois do encontro do Pai com o Filho brota para a criação o Espírito, o Amor.

Nas restantes leituras o Espírito Santo, esse grande desconhecido e que mais próximo está de nós, é o protagonista.

No ano passado apresentei uma imagem que criei para explicar-me o mistério do Deus Uno e Trino.

Hoje repito a ideia que o padre da missa onde estive disse. Ele falando da Esperança Cristã, pegando no que São Paulo diz na segunda leitura, comparou-a uma mulher grávida. Ela espera aquilo que já tem dentro de si. Nós esperamos por Deus, pela Salvação e pelo encontro definitivo com Ele, mas já O temos dentro de nós desde o Baptismo.

Pegando na imagem da gravidez, que já usei diversas vezes aqui, nós estamos grávidos da vida eterna, do nosso ser que viremos a ser, da borboleta que nascerá desta crisálida que somos. Sabendo isto porquê que nos entristecemos? Porquê que deixa-mo-nos afogar pelos problemas e sofrimentos?

São Paulo diz-nos que das tribulações, pela acção de Deus, atingimos a paciência e daí se constrói a firmeza. É na firmeza que vem a esperança. E como já disse a esperança cristã é a certeza que somos para Deus e Deus é para nós. Tudo acaba bem.

sábado, 29 de maio de 2010

The XX

Há uns meses um colega meu emprestou-me o disco desta banda. Na altura sua música não disse muito, gostei verdadeiramente da primeira faixa, um instrumental serve de intro. Não sei se foi por ter sido uma cópia e não de um cd original, mas as restantes músicas pareciam-me iguais entre si e com as vozes muito baixas.

Mas algo ficou e com o tempo comecei a dar por mim a pensar naquele som de guitarra deste tema que agora vos deixo numa versão acústica num elevador em Amesterdão.



Aqui fica outra versão acústica de Crystalized, também em Amesterdão, mas numa ponte e com melhor sincronização do som com a imagem.



Agora uma actuação eléctrica, onde dá para ver a originalidade da banda usando guitarras com máquinas electrónicas. Como sabem eu gosto muito ver os músicos a actuar.



Aqui fica a dita Intro do disco

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Snow Patrol - Run

Ontem no Rock in Rio Lisboa esta banda actuou e esta música não podia faltar (eu assisti, e aqui confesso a infracção, através de um site que transmite vários canais nacionais).

Eu tenho uma relação especial com ela porque nunca fui muito interessado em compreender as letras e por vezes a minha compreensão da língua fica a desejar. Por isso, numa fase de romantismo eu escutei esta música, que gosto bastante, e percebi no refrão que o vocalista dizia Laura, Laura em vez de louder, louder. E pensei: "uau, que bonita música para dedicar a uma Laura", desejei conhecer uma. Ainda não aconteceu. Se um dia fizesse uma serenata a uma Laura, esta música seria usada, devidamente adaptada.

Aqui fica, com a letra e tudo.


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Mais músicas da Eurovisão

Por falar em canções da Eurovisão achei graça a esta da Bélgica e está na final.



Esta da Finlândia não passou à final, mas é bastante alegra e cantada em finlandês (suponho eu)



Neste certame também aparecem temas rock, este vem da Bósnia e está na final.



O que acho mal nos últimos anos (senão décadas) é o playback instrumental, tira a espontamidade.

Festival da Eurovisão 2010

Com algum atraso coloco aqui as canções de Portugal e da Islândia do concurso deste ano na Eurovisão. Ambas passaram à final no próximo sábado.

Aqui vai a portuguesa



Aqui vai a islandesa



Não sei porquê que esta vídeo está maior que o português.
(cá entre nós prefiro a islandesa, à portuguesa, não gosto da maneira com a Filipa canta, oscila muito a voz, não gosto)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Orelha Negra

Há vários meses que tenho ouvido falar desta banda. É um conjunto de músicos da área do hip-hop que resolveram criar algo de diferente. Não sei grande coisa sobre eles, só sei que a sua música começa a chegar-me com cada vez maior prazer e interesse.

Aqui ficam alguns exemplos do que eles fazem e avaliem o som (talvez o vídeo não seja dos mais politicamente correctos, mas vejo-o como um pesadelo)



Eu gosto sempre de mostrar a música ao vivo



Aqui fica o link para o myspace

domingo, 23 de maio de 2010

Domingo de Pentecostes - Ano C

Os últimos cinquenta dias tinham sido muito diferentes de tudo o que eles tinham vivido. Em três anos de convivência com o Mestre a vida deles tinha sido transformada de um forma inesperada. Não tinham amigos nem aliados. Tinham a sociedade contra eles. O Mestre tinha sido morto e mesmo agora que sabiam o que sabiam, que tinham começado a compreender melhor o que Ele lhes dissera, mesmo agora tinham medo. Sentiam-se sozinhos.

Apesar de ser contra todos os costumes e contra a Lei começaram a reunir-se naquele dia da semana, no primeiro. Lá sentiam-se mais reconfortados, tinham tido a experiência de O ver vivo. Recordavam o que Ele dizia. Não se deve temer quem mata o corpo, mas quem mata o espírito. Ele vivia, tal como Deus, em Deus, sendo Deus. Não compreendiam ainda tudo. Ele dissera-lhes para esperarem pelo Consolador. Este viria dar-lhe o que ainda faltava.

Tinham medo das autoridades. Da sociedade que rejeitara o Mestre. Era o primeiro dia da semana, estavam todos, mulheres incluindo e até a Mãe do Mestre. Todos. Fechados com medo.

Um vento soprou, apesar das portas fechadas e tudo mudou. Medos foram esclarecidos. Uma energia revigorou-os. Um novo Adão recebeu o sopro divino e começou a viver. O inverso da Torre Babel aconteceu. Houve comunicação na diversidade de línguas, pois não era o ser humano a falar, mas sim Deus, o Amor. Este novo Adão é a Igreja, foi criado do barro da humanidade e ganhou vida neste dia, no dia de Pentecostes.

Em memória deste dia desde então tantos saíram de suas casas e foram dar glórias a Deus no meio dos povos. O Amor ultrapassou as barreiras que as línguas diversas não conseguiam. Hoje somos chamados a dar uso aos dons que o Espírito Santo nos dotou.

É o dia de apresentarmos os nossos primeiros frutos. A festa de Pentecostes nos judeus servia para o povo oferecer os primeiros frutos da terra desse ano. Também celebrava a proclamação da Lei por Moisés no Monte Sinai. Para nós é também isso, a apresentação dos frutos da nossa proclamação de Jesus Ressuscitado, de que o Amor tudo vence, da nossa esperança.

Tenho algum fruto para apresentar? E tu?

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Rescaldo da visita do Santo Padre a Portugal

Os dias da visita do Papa da Portugal foram para mim um momento especial nestes últimos tempos. Andava um pouco em baixo e a sua visita veio dar-me uma energia nova. Recebemos um novo sopro do Espírito Santo, acho que me coube uma pequena quota parte. Pelo Espírito, através dos seus enviados, na pessoa do meu colega, fui levado à missa no Terreiro do Paço. E de lá vim um pouco mais alimentado.

Para mim, a visita do Papa representou esta nova energia e a descoberta de um especial carinho por ele. Uma semana antes ele era-me indiferente. Era o Papa, uma figura longínqua lá de Roma, que fala muitas línguas com um sotaque engraçado. Antes da visita intui que a sua visita seria semelhante à de um Apóstolo a visitar uma comunidade. Vivi isso ao pé do Tejo.

Com o peso mediático destes dias descobri uma personalidade que me agrada, com a qual me identifico. Admiro-o pela sua capacidade intelectual, pelo gosto pela música, por ser professor e teólogo. Admiro-o, com uma inveja positiva, se é que isso é possível, por saber latim e grego antigo, por puder ler grande parte dos pensadores clássicos na língua em que escreveram. Ainda não conheço o seu pensamento teológico, mas acredito que não é grave, sei que Jesus está no centro e isso m basta.

Vou ler com atenção os discursos e homilias destes dias, pois descobri que não posso ouvir o que tem a dizer e fixar uma ideia central. Na missa do Terreiro do Paço dei por mim no final da homilia sem saber o que ele disse. Será mau? Em parte sim, mas por outro lado sei que o meu coração o ouviu, pois estava em comunhão com ele. O meu amor pela Igreja aumentou. E quero ler o que ele disse e talvez alguns dos seus livros.

Mas tal como eu, sei que isso aconteceu a muita gente. Bastou ouvir as reportagens radiofónicas ao longos dos dias. São poucas as pessoas habilitadas a comentarem no imediato o que foi dito. Esta visita foi muito mais emotiva do que doutrinária, do que catequética. O Espírito Santo soprou por onde quis, rezo para que dê muitos frutos.

Vou ler com redobrada atenção o discurso do encontro com a cultura. Se eu pretendo crescer na arte da escrita, devo prestar atenção ao que lá foi dito.

O Santo Padre está lá no seu lar. Nós continuamos com a crise. A visita não a piorou, talvez tenha até dado algum alento a algumas pessoas. E as sementes deverão ir germinando.

terça-feira, 18 de maio de 2010

O próximo passo civilizacional

Agora isto será também legítimo

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Já se joga Quidditch

Vejam aqui a reportagem e fica aqui o vídeo que explica tudo, se não quiserem seguir o link

domingo, 16 de maio de 2010

Um momento especial no dia 11 à noite

Domingo da Ascensão do Senhor

Hoje é domingo da Ascensão. O que significa isso, hoje? Hoje como então, este dia completava o tempo de amadurecimento dos discípulos na compreensão do mistério da Morte e Ressurreição de Jesus. Este dia significa que a ressurreição não é voltar ao que era antes, mas sim nascer para uma vida mais completa. Nós não voltamos à barriga da mãe depois do nascimento. Também não voltamos a sermos o que somos agora depois da nossa morte.

Então como vive Jesus? Vive na Sua Igreja e no Pai. Vive na Igreja vivificando através do Espírito Santo o Seu Corpo. Vive no Amor com o Pai, que transborda no Seu Corpo.

A Ascensão também significa uma responsabilização de cada um de nós. Ele não vai estar fisicamente tal como estávamos habituados. Somos nós que temos que viver no tempo e no espaço e continuarmos a Sua Obra.

Por outro lado, a Ascensão dá-nos força para seguirmos os caminhos propostos por Jesus. Essa força vem da Esperança que nós é prometida ser alimentada pelo Espírito Santo. Ele alimenta-nos. Ele inspira-nos. Ele orienta-nos.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

terça-feira, 11 de maio de 2010

Estive lá

Hoje, logo cedo, quando acordei não esperava ter o dia que tive. Comecei o dia bastante amargurado, com o céu mental bastante nublado. Rezei, como sempre faço de manhã e iniciei o dia.

No trabalho um colega disse que ia à missa no Terreiro do Paço com a mulher dele. Perguntou-me se ia. Pensei um pouco e resolvi ir, se não chovesse.

Não choveu.

Saímos do trabalho às cinco e chegámos ao Campo das Cebolas com o papa-móvel a chegar aos Restauradores. Tivemos sorte com a escolha do local. Havia um écran gigante e ainda se conseguia ver um pouco da estrutura do altar, incluindo a cátedra. Por isso posso dizer que vi o Papa, mesmo que ao longe. Faz lembrar aquela passagem dos Actos dos Apóstolos que a multidão procura os Apóstolos e alguns só se contentam em apanharem um pouco da sua sombra. Para mim bastou-me vê-lo lá longe, estivemos juntos.

Durante os minutos de reflexão depois da homilia veio-me uma conclusão à mente. O dia de hoje foi comandado por alguém, que não este que vos escreve. Eu tinha nas últimas semanas pensado em estar presente na missa, mas como a empresa não fechou, nem mostrou qualquer sinal de nos pôr à consideração irmos ou não, eu fui me conformando e não importando em acompanhar pela televisão. Por isso ao acordar de manhã não pensava em ir ao Terreiro do Paço. Achava que não tinha tempo de ir depois do trabalho. Mas Jesus quis que eu fosse. Só posso concluir isso.

Foi uma celebração bonita. O tempo passou rápido. Não me custou nada ter ficado duas horas em pé, virado para o sol. A música, os cânticos embalaram e entusiasmaram-me. Recebi um livrinho com todos os passos da celebração. Gostei. Vi no écran dois cantores da minha paróquia e no final o meu pároco. Esteve um ambiente muito bom, pacífico e alegre. O Espírito Santo esteve ali unindo-nos.

E depois gostei do Papa. Aos poucos, à medida que vou conhecendo a sua história e personalidade, vou gostando mais dele. Revejo-me mais nele do que o anterior, apesar de João Paulo II ter sido quem foi. Eu sou mais do género do Bento XVI, recatado, tímido, com gosto por música, pela intelectualidade. Achei incrível a forma como ele lê o português, fluente, com ritmo e sem enganos. Já não posso dizer o mesmo de mim. A maneira como leu em latim foi quase musical, belíssima. Notou-se que estava feliz e bem-disposto.

Que mais posso dizer? Foi um dia incrível.

No final estive a metros de conseguir um autografo do Nuno Gomes. Ele dirigia-se para o autocarro do Benfica que, pelos visto, o trouxera com uma grupo de crianças do clube. Uma curiosidade engraçada. Também lá estava um autocarro do Sporting.

Já cá em casa, achei tocante e carinhoso o que aconteceu em frente à Nunciatura e estou certo que o Papa estava bastante sensibilizado com o gesto dos nossos jovens. Foi bonito.

Discursos e homilia da tarde

Estes são os textos lidos durante e depois da Missa no Terreiro do Paço

Primeiros Discursos em Portugal do Papa Bento XVI

e

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Soundgarden - Blow Up The Outside World

Já sinto-me melhor.

Em contra-ciclo

Eu sou benfiquista, mas estou afastado o futebol.

No final da adolescência passei por uma fase em que acompanhava os jogos do Benfica pela televisão com entusiasmo. Por azar nunca foi campeão nessa época. Cheguei a um ponto em que ficava de rastos com as derrotas. Desisti.

Outro motivo é a ética distorcida que existe no futebol. Não me agradava ver a minha equipa ganhar com falta simuladas, com jogadores violentos, com polémicas, com dúvidas sobre a honestidade dos intervenientes. Desisti.

Agora não vejo os jogos por medo que a obsessão regresse, prefiro manter-me tranquilo e saber o resultado no fim, e por superstição, pois ultimamente quando via um jogo o Benfica perdia. Não estou para sofrer, já tenho motivos aos quais não posso fugir que chegue.

Nesta linha, não me senti motivado para festejar a vitória de ontem. Vi a festa na televisão. Achei bem terem dado os troféus do campeonato no final do jogo. Achei mal os desacatos, o mau perder.

Mais uma vez notei uma característica minha, que me desgosta. Ando sempre em contra-ciclo com a humanidade que me rodeia. Andam a festejar e eu ando anestesiado. Por vezes quando chove e toda a gente desespera, ando alegre. Tenho medo de só ficar contente com as desgraças dos outros. Faz-me lembrar esta música:

http://www.youtube.com/watch?v=zdodc1Eu1nA

E não se pense que é só com o futebol, não consigo sentir-me entusiasmado com a visita do Papa. Tento imaginar que estou na cidade de Roma quando Pedro entrou lá pela primeira vez. Ou que estou numa das cidades evangelizadas por Paulo e ele chega para nos visitar. É essa a alegria que queria sentir. É esse o significado da visita desta semana.

E eu?

Anestesiado.

Entorpecido.

Apático.

Morto por dentro.

domingo, 9 de maio de 2010

Sexto Domingo da Páscoa - Ano C

Neste domingo as leituras preparam-nos para o que somos actualmente, para a presença de Jesus na nossa vida. A Sua presença está na Eucaristia e também através da acção do Espírito Santo.

É do Espírito Santo que Jesus fala no Evangelho. O Espírito é o sangue do Corpo, é o ar que a igreja respira, é a força gravitacional que nos sustem e não deixa dispersar. Ele é fonte, fruto e veículo da paz que Jesus nos veio trazer.

É o Espírito que faz crescer e viver a Igreja. Assim se aprende ao ler o livro dos Actos dos Apóstolos. Na primeira leitura de hoje a Igreja toma uma decisão e afirma que foi tomada sob a influência do Espírito Santo.

Na segunda leitura, do livro do Apocalipse, São João tem uma visão da Nova Jerusalém, que mais não é que a Igreja. É uma cidade com muralhas, mas doze entradas, abertas para todos, assim simbolizada com a apresentação dos quatro pontos cardeais. Ela não precisa de sol nem lua porque a sua luz vem de Deus, que está nela. É preciosa, porque Deus está nela. E que vai a ela, só vai através dos Apóstolos, ou seja os nossos bispos e sacerdotes. Por outras palavras, a Igreja só é Igreja em comunidade, com Deus no centro, como base e veículo de existência.

domingo, 2 de maio de 2010

Anaquim

Na sexta-feira fui à Fnac do Vasco da Gama e encontrei por acaso os Anaquim a actuar. Conhecia uma música deles, mas fiquei a gostar da banda. Têm uma energia boa ao vivo, têm sentido de humor e tocam bem. Ficam aqui dois vídeos.



Quinto Domingo da Páscoa - Ano C

A mensagem central de hoje das leituras é: amar os outros como Jesus nos amou. Este amar os outros significa todos e não só aqueles que nos são agradáveis. Oh, como isso é tão difícil! Por um lado não sabemos o que significa amar como Jesus amor, por outro, mesmo sabendo, os nossos instintos por vezes soa mais alto para nos afastarmos de quem nos é desagradável.

Amar como Jesus amou deve significar querer o bem ao outro, esquecer os próprios interesses pelo bem do outro, dar a primazia ao outro, para o seu bem. Somos capazes de fazer isso? Na perfeição, não, mas devemos tentar. Não é simples nem fácil.

O coração humano em sociedade não pensa dessa forma. Não é só na sociedade ocidental de hoje, onde a competição é um valor, que amar os outros como Jesus amou é uma tarefa de monta. Já no passado havia imensas dificuldades, de outra ordem, mas poderosas. No oriente, na África, nas ilhas remotas, em todo lado o amor ao jeito de Jesus é difícil e combatido. Porquê? Porque o cristianismo é o único verdadeiramente universalista, agregador e respeitador. Na segunda leitura vem uma frase que explica isso: Jesus veio renovar todas as coisas. Nós como membros do Seus corpo fazemos essa renovação.

É por isso que na primeira leitura vemos Paulo e Barnabé na sua primeira viagem apostólica, daquela somos herdeiros. Todos.

sábado, 1 de maio de 2010

No dia em que aderi ao Facebook...

… o mundo não acabou, mas que não me sinto lá muito bem é verdade.

Pois é, mais uma machadada na minha imagem de entidade alternativa e que não vai em modas.

Por outro lado, arrisco-me, a acreditar no que é pedido no registo, a ser expulso de lá, já que estou registado com nome Jota El (eu queria em minúsculas, mas não consegui) e não com o meu nome civil.

Depois de explorar aquilo um pouco cheguei à conclusão que estou um pouco à margem do espírito da aplicação e por isso mantenho-me um pouco à margem da moda. Mais, sou assim como que subversivo. Imagino que não irei ter muitos contactos, menos do que aqui.

Meti-me nisto por convite de uma amiga e colega de trabalho. Percebi logo o que quer dizer rede social. Com essa amiga vieram logo os outros amigos/contactos dela. Em poucos minutos, se eu quisesse, poderia ter establecido dezenas de contactos. Que consequências isso teria? Parece-me que em todos os contactos, quando alguém escreve algo no “seu mural”, vai aparecer essa mensagem. Se a minha amiga escrever algo eu vou receber, mas também todos os contactos dela. Já não tenho a certeza se os contactos dos contactos dela, também receberão. É de loucos, mas óptimo para quem quiser divulgar alguma coisa: livros, música, eventos. É por isso que se chama rede social.

O facto de estar registado com pseudónimo vai impossibilitar que pessoas do meu passado me encontrem. Esta é outra característica do Facebook. Ajuda ex-conhecidos a reencontrarem-se. No registo é pedido para se pôr a escola secundária, a faculdade e a empresa. Eu só coloquei as escolas secundárias mais tarde. Naturalmente fui à procura da minha escola. Há um grupo, mas não encontrei ninguém que eu possa dizer que conheço. Já tinha dito que não me lembro de quase nada e confirmei mais uma vez.

Nem quero meter-me em jogos. Já estou metido em jogos suficientes.

Neste momento a informação pessoal que está lá é só a que já aqui coloquei: escolas por onde andei e religião. No futuro, se Deus quiser, poderei anunciar lá a publicação de livros ou outra qualquer iniciativa minha, se valer a pena... claro (se mantiver um só contacto, não deve valer a pena).