terça-feira, 31 de março de 2009

Merlo

Uma das aves que mais gosto aqui na zona é o merlo. Felizmente há bastantes neste bairro.

Nesta Primavera não tenho tido a sorte de ouvir muito eles cantarem. Por isso quando tive a oportunidade gravei com o meu leitor de mp3. O resultado está neste vídeo. Não está lá grande coisa, mas o que se espera de um aparelho destes?

A foto usada no vídeo fui buscar a este endereço.


segunda-feira, 30 de março de 2009

Novidades sobre a pomba

Como desconfio que vou ter nas próximas duas semanas muito trabalho e pouco tempo, deixo, para começo de semana, dois pequenos vídeos que fiz.
Hoje é o vídeo dando conta do que se passa com a nossa pomba. Ela voltou (a bem da verdade nunca partiu) sozinha e nos últimos dias tem andado aleijada da pata esquerda. Infelizmente não consegui filmar bem ela a andar.


domingo, 29 de março de 2009

Com este quinto domingo da Quaresma chegamos ao fim de um ciclo. Entrámos no Templo que é Jesus. Pusemos o nosso olhar Nele e vimo-Lo como realmente é. Movidos por essa imagem limpámos o nosso Templo de tudo o que impede a Luz de passar. Foi isso que fizemos na semana passada. E agora o que falta?

Neste domingo o profeta Jeremias anuncia uma nova Aliança, uma Aliança não baseada em leis, mas no Amor, na Caridade, firmemente gravada no coração do povo de Deus. Essa Aliança tornou-se realidade com Jesus.

No Evangelho Jesus é procurado por judeus de origem grega. Este é um sinal de que Jesus e a Sua mensagem e acção salvífica é universal. Respondendo ao desejo de O ver anuncia de forma velada a Sua paixão e ressurreição. É ela que atrairá todos para a vida eterna, a verdadeira felicidade. Jesus suspenso na cruz é o vortex da história, atrai tudo e todos para Si.

Jesus usa uma imagem fortíssima: a do grão de trigo. Se o grão deitado à terra não morrer, não dará fruto. É isso que nos falta. Falta-nos ser grão de trigo deitado à terra. Onde estão os nossos frutos? Não devemos andar obcecados com o resultado dos nossos esforços, mas devemos ao menos lutar para que o que fazemos seja destinado a frutificar.

São Paulo mostra como Jesus procedeu para dar frutos: orou e suplicou ao Senhor e foi atendido. Demos pôr a nossa confiança no Senhor, trabalhar para dar frutos e deixar o resto nas mãos Dele.

Este é percurso da conversão quaresmal. Voltar o nosso olhar para Jesus. Reconhecê-Lo como o Salvador. Purificar a nossa vida espiritual. Deixar-mo-nos iluminar pela Sua Misericórdia. E por fim deixar-mo-nos morrer com Jesus para com Ele ressuscitarmos.

sábado, 28 de março de 2009

Sinais do tempo

Deus diz-nos coisas das formas mais surpreendentes.

Eu não tenho, ainda, alergias relacionadas com os pólens. Dou graças a Deus por isso. Nestes dias, sobretudo hoje sábado por causa do vento, tenho reparado que algumas árvores começaram a lançar pólens e sementes. A Olaias estão da perder as pétalas. Agora com o vento formam-se tapetes fofos e bonitos as passeios, nas bermas das ruas.
Eu acho bonito. Sinto-me em união com Deus. Dou graças a Deus.
Mas hoje perante esse pensamento lembrei-me que existem milhares pessoas que sofrem com as alergias. Elas não vão achar nenhuma beleza nestes tapetes.
O que é que o Senhor me quer dizer? A minha leitura diz-me que não devo absolutizar as minhas opiniões, os meus critérios, os meus gostos, as minhas verdades. É um exercício que nunca devemos perder de vista: perante uma convicção minha dar espaço e crédito a qualquer convicção oposta que surja.
O mundo não seria melhor se tentássemos entender o que os outros querem, pensam e desejam?
A nossa sociedade exige de nós cada vez mais empenho e rapidez, mas será que necessitamos mesmo disso?
Qual o preço que pagamos por andarmos sempre sem tempo?
Se dedicarmos mais tempo a entender os outros, não criaremos melhores relações?
Vejam lá o que um pouco de vento e umas sementes hoje me fizeram!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Futuro

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Obtido em "http://pt.wikisource.org/wiki/Mudam-se_os_tempos,_mudam-se_as_vontades"

A Carris teve uma iniciativa para comemorar o dia mundial da poesia, no dia 21. Quando ela promove este tipo de iniciativas costuma ter pendentes uns avisos em cartão nos autocarros. Num deles está este soneto do Camões.

Faz todo o sentido este poema circular por Lisboa, em autocarros, no século XXI. O tempo é composto de mudança. Na minha caminhada matinal vinha pensar na volta que o mundo dá. O Poeta não tinha nenhuma hipótese de imaginar que o seu poema sobreviveria até ao nosso século. Não era possível imaginar que andaria pelas ruas da capital, dentro de uma coisa que nunca sonhou vir a existir.

Passaram-se quase quatrocentos e trinta anos da sua morte e se ele regressasse certamente não reconheceria nada. O que é que ele pensaria sobre como seria o futuro? Pensaria que a sua obra chegaria tão longe?

E nós? O que acontecerá daqui a quatrocentos anos? Sobrará alguma coisa do que agora fazemos? Ainda se falará do Camões? Eu tenho uma enorme curiosidade sobre o futuro. Ainda existirão seres humanos? Como viverão?

Não podemos criar uma projecção de acordo com a evolução dos últimos quatrocentos anos, porque nos últimos cem tem havido uma aceleração muito superior aos trezentos anteriores. Uma coisa perece-me certa, se ainda existir humanidade, os problemas existenciais do século XVI, que se mantém no século XXI, continuarão a existir.

Tenho curiosidade sobre o futuro.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Observação de fora

Se no autocarro onde costumo ir para o trabalho existir alguém observador como eu, certamente já deverá ter achado estranho eu andar a sair na paragem onde actualmente saio. Desde que o tempo melhorou tenho saído duas paragens antes da que normalmente deveria sair. Se esse observador existir, certamente reparará que por vezes acontece eu chegar à zona da paragem seguinte ao mesmo tempo que o autocarro. Depende dos sinais e do tráfego.

Se fosse eu a observar este comportamento, acharia estranho. Escreveria aqui relatando esse facto estranho. Nada como um comportamento fora do habitual para aguçar-me a imaginação e a curiosidade.

Então porquê que saio duas paragens antes da minha habitual?

Para fazer exercício físico. Quando se fala do sedentarismo da sociedade actual, surge sempre alguém a recomendar caminhadas como exercício. É o que faço. Não é grande coisa, mas já é algum. Estive a medir a distância neste site (é um bocado lento, mas para estas coisas vale a pena) e descobri, que todos os dias de manhã se não chover, percorro aproximadamente 1300 metros. A descer J, mas mesmo assim já é alguma coisa.

Em vez de chegar ao trabalho dez minutos antes da hora, chego à hora e faço uma pequena caminhada. Observo muitas árvores, medito, por vezes rezo, planeio o que vou escrever aqui, sinto-me vivo.

Quando vejo o autocarro a passar por mim pergunto-me se irá alguém pensado: “porque raio aquele gajo sai cá tão para trás?”

Comecei a pensar em fazer esta caminhada no início do Outono. Por altura do início do ano escolar o autocarro tornou-se num lugar claustrofóbico para mim. Não conseguia lugar sentado e em pé era um martírio. Houve mesmo um dia em que tive praticamente um ataque de pânico. Vá-se lá saber porquê os primeiros meses de aulas os alunos são bem mais pontuais do que mais tarde. Neste segundo período não tenho tido problemas em encontrar lugar ou a viajar em pé. É um fenómeno curioso.

terça-feira, 24 de março de 2009

Pinguins dos filmes Madagascar

Não sei se está completo, mas já me ri um pouco com este vídeo, já.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Via Sacra

Retomo a mensagem do dia 9 de Março para fazer um apelo a quem, por ventura passe por aqui e esteja interessado em participar na Via Sacra na blogosfera.

Por favor visite o seguinte endereço:

http://cronicasdeumaperegrinacao.blogspot.com/

Primavera

Nestes dias começou a Primavera.

Para celebrar aqui fica um vídeo obvio:





E agora algo relacionado, mas totalmente diferente.

A Sagração da Primavera de Igor Stravinsky.







O meu contacto com esta obra foi através de um cd emprestado por uma amiga. Da música erudita do século XX esta obra é a mais vanguardista que gosto e entendo. E agora depois de ver uma recriação do bailado original ainda entendo melhor. Também entendo o escândalo que foi a quando da estreia, parece que houve distúrbios violentos depois da apresentação da estreia.

Já que estou com a mão na "massa" deixo aqui a versão Disney desta obra, presente no filme "Fantasia" de 1940.





domingo, 22 de março de 2009

Recordações da adolescência

O salmo de hoje é o 137(136) "Junto dos rios da Babilónia". Este salmo tem para mim um significado especial. No livro de português do 11º vinha um poema de Luís Vaz de Camões que é uma leitura poética e pessoal deste salmo. Chama-se "Redondilas de Babel e Sião".
A ligação que eu tenho a este poema de Camões nasceu quando eu comecei a recitá-lo ao meu avô paterno que vinha para a nossa casa de três em três meses. Não me lembro bem porquê, mas resolvi recitá-lo para ele e desde o início percebi que havia uma certa musicalidade, dei por mim a cantá-lo.
Das primeiras vezes o meu avô até gostava, mas já para as últimas vezes que fiz isso ele manifestava um certo aborrecimento por eu me por a cantar em frente a ele. Coitado. Tenho saudades dele...

Quarto Domingo da Quaresma - Ano B

Mais ou menos a meio da Quaresma (e também no Advento) há um domingo da alegria. As cores dos paramentos passam do roxo da penitência para o rosa da alegria.

Qual será o motivo da nossa alegria? A Misericórdia de Deus. O Seu imenso amor por nós.

“Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna. De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.”
Na primeira leitura é relatada a destruição de Jerusalém por altura do exílio na Babilónia. Este acontecimento devia estar sempre presente na nossa memória, individual como colectiva, para que saibamos aonde nos leva o mau uso da nossa liberdade. No entanto o Senhor não é um Deus de morte, mas de vida e amor. Dá-nos tempo para aprendermos com os nossos erros. O Povo de Israel teve uma Quaresma de setenta anos para ver onde errou.

Essa imensa misericórdia revela-se em Jesus, que tal como a serpente de bronze de Moisés, foi elevado na Cruz para nos salvar. À serpente bastava olhar com fé e o israelita era salvo do veneno. Com Jesus acontece o mesmo, basta dirigir o nosso olhar com fé para Ele, que seremos salvo.

Há uma frase muito interessante no Evangelho: “Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no Filho Unigénito de Deus.” Repare-se no verbo da primeira frase: quem crê não é condenado. E na segunda: mas quem não crê já está condenado. É muito grave não crer, pois esse pequeno facto condena logo a pessoa. Sempre que ouço alguém dizer que é ateu fico sempre aflito, está nesta frase a causa desta aflição.

Continuando com a imagem que tenho usado nesta Quaresma (e que não é invenção minha, mas tomei conhecimento através do programa Conversas com Princípio, Meio e Fim) depois de pousarmos o nosso olhar em Jesus transfigurado, começamos uma fase de relação com Ele. Damos mais uns passos em direcção do altar e começamos a experimentar o Seu Amor. Começamos a receber a Sua Luz, que tanto ilumina as nossas faltas, expondo-as, como nos aquece e é reflectida. Este banho de luz alegra-nos.

E tal como São Paulo dizemos “Porque nós fomos feitos por Ele, criados em Cristo Jesus, para vivermos na prática das boas obras que Deus de antemão preparou para nelas caminharmos.”

sábado, 21 de março de 2009

New Max

Há algum tempo que tenho andado a ouvir, com bastante insistência, um artista português chamado New Max. Descobri-o por causa desta música que ouvi na rádio.


Depois ouvi dizer que ele disponibilizava de graça o disco inteiro para download e resolvi experimentar. E pronto, quando no trabalho estou a precisar de me abstrair do que me rodeia e concentrar no que estou a fazer ouço o album inteiro. Gosto bastante e hoje resolvi partilhá-lo.
Devemos fazer isso... devemos partilar com os outros aquelas pequenas coisas que nos fazem felizes.
Aqui fica o link para o myspace, quem quiser pode ouvir antes de sacar (a palavra sacar parece ter um peso de ilegalidade, mas neste caso não é e não gosto da palavra baixar)

Mais sobre as Oficinas

No texto que escrevi sobre as Oficinas de Oração e Vida não falei de dois aspectos muito importantes para mim.

Nas Oficinas é incutida a ideia de que para rezar para além da vontade de rezar é necessário sabermos colocar-nos em condições de orar. Ou seja aprendem-se técnicas de silenciamento e de concentração. Para quem quer ter uma vida onde a oração tem algum significado, em que realmente nos relacionamos com Deus, é necessário saber ultrapassar aqueles momentos em que a nossa cabeça quer tudo menos focar num só ponto. Muitas vezes sinto que a minha mente está em constante turbilhão. E que penso em tudo menos em Deus e no que Lhe quero dizer. As técnicas em si não são oração, não são um fim em si mesmas, tal como acontece que a meditação budista, o Yoga e coisas desse género, mas sabermos silenciar a nossa mente e corpo é muito importante.

Outro aspecto que me influenciou muito foi passar a olhar as sagradas escrituras de outra forma. O frei Ignacio tem um carisma especial e, tanto nas mensagens em cassete como nos livros, usa-o para nos ensinar a ler a escritura de uma forma muito mais próxima de nós. No livro “O Pobre de Nazaré” ele conta-nos as história de Jesus, usando sempre a Bíblia como referência, de uma forma muito próxima. Como explicar isto? Eu passei a conseguir ler os acontecimentos relatados sobre o olhar de Jesus, como se estivesse dentro da cabeça Dele. O frei Ignacio descreve-nos Jesus usando a psicologia, usando a imaginação.

O mesmo se passa com Maria. Nesta espiritualidade Maria, não deixando de ser um mulher extraordinária, é apresentada como um ser humano sujeito a dúvidas, que trabalha, que tem uma vida como todos nós. A ausência de pecado original nela reflecte-se na capacidade de dizer sim a Deus, de se abandonar Nele, de ter confiança Nele até ao fim. De resto ela não sabia mais do qualquer outro personagem bíblico. Frei Ignacio imagina Maria a cada passo da sua vida meditando sobre as coisas que aconteciam com o Menino ou sobre o que Ele dizia ou fazia.

O frei Ignacio esforça-se para “explicar” Jesus e Maria de uma forma em que nos sintamos próximos deles. Que Eles sejam próximos de nós. Nada melhor para modelo e mestre alguém com quem nos possamos identificar, que seja alguém que possamos dizer que tem semelhanças connosco.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Poupança

Há dias ouvi no Rádio Club uma pequena entrevista ao jornalista Camilo Lourenço. Falaram do livro “Como Esticar o Salário e Encurtar o Mês”.

Ele deu dois truques para se poupar dinheiro que achei muito interessantes.

O primeiro truque é para quem tem empréstimos de para a habitação. Como se sabe as taxas de juros estão a baixar, começaram sensivelmente há seis meses. Ou seja, a partir de agora a prestação começa a baixa, se é que já não baixou. O truque é pegar na diferença que se poupa na prestação e aplicar num depósito a prazo, num daqueles em que se pode fazer reforços. Não é muito importante a taxa de juro, o que importa é reservar aquele dinheiro que começa a sobrar. Para quê? Inevitavelmente daqui a um ou dois anos as prestações irão subir outra vez (espero que não tanto, mas irão). Nessa altura poder-se-á pegar no amealhado no depósito e amortizar o empréstimo. Com um pouco de sorte a nova prestação até poderá manter-se inalterável.

O segundo truque é aplicado numa primeira abordagem às famílias com crianças. Nos tempos actuais as novas gerações não têm nenhuma noção do que é poupar. Por isso o Camilo citou uma ideia que recebeu de um curso nos Estados Unidos. Para educar uma criança a poupar ele propõe que seja dada a ela três mealheiros:
- um para as despesas do mês seguinte;
- outro para um projecto especial, por exemplo uma bicicleta nova;
- um terceiro para nunca mexer, com o objectivo de guardar para o futuro, ajuda para a entrada de uma casa, para um curso universitário.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Gaivota em terra...

Ontem de manhã vi esta gaivota da janela do meu quarto e consegui ter tempo para ir buscar a câmara e filmá-la.

Costuma-se dizer: gaivota em terra, tempestade no mar. Será?

quarta-feira, 18 de março de 2009

A teoria do exercício

Há um pequeno grupo no autocarro (mais um) cujas conversas, quando existem, abordam um assunto curioso para mim: educação física.

Desde os meus tempos de estudante muita coisa mudou. Numa dessas viagens em que vinham a falhar dessa disciplina percebi que tinha recebido um trabalho de grupo sobre educação física (?!). Pensei em várias hipóteses: actualmente a disciplina de educação física tem uma componente teórica; o trabalho proposto será de alguma disciplina de saúde; pertencia à disciplina que agora há chamada de projecto; ou eles pertencem a uma escola ou instituto de desporto. Enfim… era um trabalho de grupo sobre esse assunto.

Cada membro tinha que fazer uma parte. Um dos que estava a falar tinha feito a introdução e o aquecimento. Outros iriam fazer sobre outras parte do exercício. Esse rapaz comentava com o outro sobre a possibilidade de fazerem trabalhos sobre desportos: futebol (certamente o que mais gostaria de fazer), vólei, basquete, etc.

Eu sempre fui um aluno mediano, mas como os meus colegas ainda eram piores do que eu até que estava entre os melhores da turma. Estava entre os melhores nas disciplinas todas, excepto na de educação física. Nunca gostei da disciplina, odiava suar, era gordinho e nunca percebi o objectivo de termos que andar para ali aos saltos, a subir a coisa, a jogar jogos. Até que entendia o porquê de ter as outras disciplinas, mas ginástica??? Não entendia e como não contava para passar ou chumbar de ano… não me esforçava.

Se fosse agora, com aquilo que sei, teria tomado muito mais proveito dessas aulas. Se calhar até teria praticado um desporto. Se calhar, se tivessem me explicado o objectivo desta disciplina eu teria me esforçado mais. Ao menos teria lutado por ter positiva.

Os meus melhores anos nesta disciplina foram os últimos. Fiz o ensino secundário numa escola sem condições para esta disciplina. Por isso a única coisa que fazíamos era jogar futebol. Cheguei até a jogar basquete sozinho enquanto os meus colegas eram felizes a correr atrás da bola. Quando tive a confirmação de que podia faltar à disciplina deixei de lá ir. Acho que no meu décimo primeiro ano nunca participei numa aula sequer.

terça-feira, 17 de março de 2009

Oficinas de Oração e Vida

Há quatro anos (tantos? parece-me que foi ontem) participei numa iniciativa na minha paróquia chamada de Oficinas de Oração e Vida. Estas Oficinas foram criadas por um frade capuchinho espanhol, radicado no Chile, chamado Ignácio Larrañaga. Ele ao longo da sua vida orientou muitos encontros de oração e de reflexão. Com o tempo foi criando um sistema que acabou por ser a estrutura das Oficinas.
O que são as Oficinas de Oração e Vida? Durante dezasseis semanas são promovidos encontros semanais. Em cada semana é abordado um tema e uma forma de rezar. Por mais estranho que pareça a quem tem pouco experiência de oração, existem muitas formas de rezar: podemos rezar lendo, meditando o que lemos, contemplando uma estampa ou imagem sugestiva, escrevendo, repetindo tendencialmente para chegar ao silêncio uma frase sugestiva, colocando-se no lugar de Jesus, rezando com a natureza, em contemplação, elevando-nos a Deus ou acolhendo-o, rezar com os salmos, rezar em grupo, meditar em grupo.
O frei Ignácio tem um carisma fortíssimo. Em cada sessão ouvimos e meditamos os ensinamentos do frei Ignácio. Essas mensagens eram transmitidas através de cassetes. Vou deixar aqui uns vídeos (que não precisam vistos, mas sim ouvidos).
Uma das traves mestras destas Oficinas consistiam em criar o hábito de todos os dias se reservar meia hora para Deus. Cada semana recebemos uma folha com a prática programada até à sessão seguinte. Cada dia devemos praticar a forma de oração abordada na sessão anterior. Devo dizer que desde então tenho mantido esse hábito.
As Oficinas termina com uma sessão especial. Nesse dia fomos a casa de retiros e vivemos um dia de Deserto. Foi uma experiência única que me deixa muitas saudades. As quatro horas que passámos em oração (podíamos escolher ficar onde quizéssemos, eu fiquei num quarto) souberam a muito pouco.
Quem puder ir, recomendo.
Foi uma alegria muito grande quando encontrei estes vídeos no youtube. O assunto deles é o Abandono (um dos temas que mais me tocou acompanhado pela visão totalmente diferente do comum de Maria)











segunda-feira, 16 de março de 2009

Companhia de Jesus

Se eu me decidisse por seguir a vida religiosa provavelmente iria ter em consideração o ingresso nos jesuítas. Poderia optar pela Cartuxa, também, mas hoje vou falar da Companhia.

Tomei conhecimento do espírito da ordem através de um programa de rádio da Renascença. Nunca fui muito fã dessa rádio, mas num certo domingo, certamente guiado pelo Espírito Santo andava a correr as rádios e fui para na primeira emissão do programa Conversa com Princípio, Meio e Fim... à Procura de um Sentido. Nesse programa havia um leigo e um padre à conversa. O leigo era o Henrique Manuel e o padre uns domingos era o padre Carlos Moreira Azevedo, actualmente bispo auxiliar de Lisboa, outros domingos era o padre jesuíta Vasco Pinto de Magalhães. A eles devo muito da minha fé. Passados uns tempos o padre Carlos saiu e foi substituido pelo padre jesuíta Rui Osório.

O meu interesse pela Companhia está relacionado com a forma como o padre Vasco expõe os assuntos. Existe um carisma muito especial nele, mas depois de conhecer outros jesuítas existe um denominador comum que caracteriza a ordem e que me agrada. Como tenho uma certa inclinação para o intelecto, para o uso da palavra, para o argumento, para a teologia. A Companhia representa para mim isso. Até posso estar enganado...
Aqui fica o único vídeo que encontrei com o padre Vasco



O que me motivou a escrever este texto foi o seguinte video.

Se não for possível ver o vídeo, cliquem neste link



domingo, 15 de março de 2009

Terceiro Domingo da Quaresma - Ano B

Neste domingo, no Evangelho, vemos Jesus tomando uma atitude pouco habitual, mas parecendo um Indiana Jones, do que aquele homem carinhoso e compassivo, que escuta e ensina.

Jesus ao entrar no Templo depara-se com um espectáculo pouco adequado ao lugar. Estava cheio de vendedores e mercadorias. A prática religiosa da época consistia num sem fim de ofertas que acabavam por enriquecer os sacerdotes e quem girava à sua volta. A relação com Deus não passava pelo coração, mas sim pelos sinais exteriores de devoção e claro pela carteira. Numa primeira leitura podemos ver neste acto de violência a mesma ideia base de muitas coisas que Jesus disse sobre os fariseus e doutores da lei. E esta atitude, tal como vem referido no texto, até está bem fundada na Antigo Testamento. Jesus, tal como Elias e tantos outros profetas, foi tomado pelo zelo de Deus e lutou para O defender.

Depois os judeus pediram explicações sob a forma de sinais. Coitados não podiam passar sem sinais. E Jesus que ainda devia estar a “ferver” remeteu-os para a Sua morte e ressurreição. E mais a verdadeira explicação estava escondida: se Jesus falava do Seu corpo, relacionando-o com o Templo, Ele é o verdadeiro Templo. Se Ele é o verdadeiro Templo, o Templo que ele limpou era uma extensão do seu corpo, daí vem a Sua autoridade. Jesus não é somente homem, é também Deus e Ele sempre foi muito zeloso pelo Seu Templo no Antigo Testamento.

Por fim, São João relata que Jesus fez muitos milagres e que muitos O seguiam por causa disso, mas Ele sabia bem que eles não acreditavam verdadeiramente Nele, seguiam-no como muitos actualmente seguem uma banda de rock. Pelo espectáculo, pela emoção.

Neste terceiro domingo somos chamados a limpar o nosso Templo de tudo o que nos afasta de Deus. Há duas semanas entrámos no edifício. Na semana passada pousámos o olhar no Senhor. Hoje devemos livrar-nos de toda a tralha que nos atrasa e atrapalha. É altura de começar a pensar na Reconciliação. E para ajudar, nada melhor do que relembrar os Mandamentos. São um óptimo ponto de partida para um exame de consciência. E como nos devemos motivar para essa tarefa? Através da palavras de São Paulo. Tudo o que é escândalo e loucura no projecto de Deus aos olhos do mundo, é grandeza aos Seus olhos. Se o facto de querermos ser santos, de querermos seguir Jesus, de não escondermos o que somos, se tudo isto, e muito mais que ficou por dizer, for ridicularizado e rebaixado pelo mundo então devemos prosseguir, estamos no bom caminho, estamos a seguir Jesus na subida ao Calvário.

sábado, 14 de março de 2009

Olaias em flor III

Esta é a centésima mensagem no blog. Rejubilemos!

Para festejar aqui fica mais um vídeo meu sobre as árvores daqui da zona. Aqui em redor as olaias são as mais comuns, de flor roxa ou violeta. As outras dou outro vídeo já estão cheias de folhas.


sexta-feira, 13 de março de 2009

Conversa de autocarro

Os miúdos sportinguistas do autocarro ainda não estão totalmente comunicativos como há tempos, mas hoje já falaram um pouco e sobre o quê?

Sobre um teste de matemática, que presumo tenha acontecido ontem.

Anúncio

“Se viste esta peça de lingerie antes de me veres a mim, este anúncio é para ti. GEMMA”

Não consegui encontrar uma fotografia do cartaz onde aparece esta frase. Quem andar com alguma atenção por Lisboa certamente verá nesta semana nas paragens de autocarro e outros locais publicitários esta publicidade.

A foto é de uma bonita mulher em que a peça de lingerie visível ocupa talvez 5% de todo o cartaz. A frase aparece bem visível e é bem desafiadora, aliando-se à foto.

Aqui está um produto publicitário bastante eficaz. O que vi primeiro? Fiz uma sondagem a um universo de duas pessoas, eu e a minha amiga do japonês (que por sinal tenho negligenciado, o japonês, não ela) e resultado veio confirmar a frase. Eu reparei na mulher e a minha amiga na lingerie.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Sporting

De manhã no autocarro tenho reparado em dois miúdos na casa dos dezasseis anos que possuem duas características diferenciadoras:

- São bastante faladores. Tenho ouvido conversas sobre futebol (e lá iremos), peripécias nas férias e várias vezes vêm a fazer perguntas um ao outro a preparar algum teste (o último foi de economia, andavam às voltas com os vários tipo de salário: bruto, real etc.).
- A segunda característica diferenciadora é que são sportinguistas.

Antes de continuar quero dizer que sou um caso estranho no que diz respeito a clubes. Eu sou do Benfica. Desde pequeno. Quando joga torço por ele. No entanto, desde há alguns anos que simpatizo com o Sporting. No fundo gostaria que o meu Benfica fosse como o Sporting. Estranho? Acho que sim. No fundo eu sou do Benfica emotivamente, mas racionalmente sou do Sporting. Muita gente tem uma segunda equipa, a minha é o Sporting.

A minha simpatia pelo Sporting foi adquirida com o convívio com alguns colegas de trabalho sportinguista, especialmente um, até há pouco tempo meu chefe directo. Admiro o seu sportinguismo, a forma como o clube faz parte da sua vida e no entanto não é fanático. Nele vejo o espírito de rectidão, de honra e de justiça que identifico com o clube. Também me agrada a importância que o clube dá à formação e às outras modalidades. E por último gosto de felinos.

A minha relação com o futebol actualmente é de distância, mas houve uma época em que seguia, pela televisão, o Benfica com paixão e a liga espanhola (quando dava na TVI). A paixão pelo Benfica começou a tornar-se numa doença e desliguei-me. A liga espanhola deixou de dar em sinal aberto e desinteressei-me pelo jogo. Agora só vejo um jogo se for entre equipas muito fortes e que garantam emoção até ao fim… e mesmo assim não há garantias que veja o jogo todo. Há tanto livro, disco, estação de rádio e sites para ver, ouvir, navegar que o futebol vai lá para o fundo da lista de interesses. O meu interesse pelo jogo não vai além dos golos e das polémicas. Prefiro o Hattrick.

Voltando aos dois miúdos do autocarro. Há quinze dias, quando o Sporting perdeu com o Bayern por cinco a zero, em casa, eles debatiam com algum azedume sobre o valor do campeonato português comparando com os restantes do continente. Eles estiveram quase a zangar-se. Ontem, depois do descalabro dos sete a um na Alemanha, eles vinham no autocarro em total silêncio, cada um ouvindo o seu mp3.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Vitamina musicada

Descobri no blog GAFES... às terças m link para este outro blog dedicado à música juvenil religiosa.

Para evitar as constipações Vitamina C.

terça-feira, 10 de março de 2009

Leituras fora do país

Já falei aqui de uma passageira habitual no autocarro, que eu acho que é imigrante de leste. Acho que é imigrante porque já a vi com um livro que me pareceu estar escrito no alfabeto cirílico. E é sobre as leituras dela que quero escrever.

Da última vez que a vi trazia um livro chamado “Diário da Princesa”. Fui à net para confirmar o título e descobri que é uma colecção de livros infantis. Da primeira vez que reparei nos livros que trazia o livro era uma colecção de histórias populares portuguesas. Parece-me ela anda a ler os livros da filha. É uma boa forma de aprender o português.

Agora eu pergunto, estão a ver algum emigrante português das primeiras gerações preocupar-se em aprender a língua do país de acolhimento lendo os seus livros? Não me parece. Na minha família tive dois tios emigrados, um deles é analfabeto e o outro, talvez tenha tido a preocupação de aprender a ler, talvez através de jornais, infelizmente não tive muito contacto com ele para saber.

Mas de acordo com o estereótipo do português médio das décadas de sessenta, setenta e oitenta, não parece que os portugueses em França ou Alemanha andassem a ler livros nas línguas locais. No máximo leriam A Bola.

Isto faz-me pensar noutra coisa. A nossa cultura é muito frágil à influência estrangeira. Quantos e quantos filhos de portugueses pouco sabem da nossa língua? Cheguei a ouvir dizer, nos casamentos mistos, que os filhos normalmente falam em casa a língua do país onde estão. Não estou a ver isso acontecer com os imigrantes de leste e também não se vê com a comunidade africana, a maioria é bilingue, se não mesmo trilingue.

É por isso que a colega do autocarro não tem problemas em aprender o português, nem tem vergonha nenhuma de falar com a filha em público na sua língua mãe. Tenho aqui uma colega no trabalho que é de origem francesa e que enquanto a filha era bebé sempre lhe falou em francês. Uma vez veio cá visitar-nos e achei bastante carinhosa esta ligação mãe-filha.

Porquê que este fenómeno acontece? Será porque estes imigrantes são em média bastante qualificados academicamente? Nas novas gerações de emigrantes portugueses, que parecem-me bem mais qualificadas, a cultura e língua portuguesas estarão mais seguras? Estarei a ver mal a situação?

segunda-feira, 9 de março de 2009

Via Sacra

Entrei neste desafio e espero que eu consiga estar à altura.

Para os possíveis visitantes deste reino, aqui fica o desafio.

http://cronicasdeumaperegrinacao.blogspot.com/2009/02/via-crucis-na-blogosfera.html

domingo, 8 de março de 2009

Segundo Domingo da Quaresma - Ano B

Neste domingo o Evangelho relata-nos a Transfiguração de Jesus perante os discípulos Pedro, Tiago e João. Esta Transfiguração teve como objectivo de dar esperança aos discípulos e prepará-los para a Sua morte e ressurreição. Neste segundo domingo da Quaresma somos chamados a contemplar com os discípulos essa Transfiguração para também nós sermos preparados para o que se segue.

Usando a imagem da semana passada, da entrada numa igreja, depois de entrarmos normalmente para onde olhamos é para o altar-mor, lugar onde está o Senhor. Neste segundo domingo olhamos para o Senhor Jesus em toda a Sua glória. Olhamos por breves momentos, pois como para Pedro, Tiago e João quando começamos a sentir a paz e a felicidade somos chamados à realidade: falta ainda um longo caminho, falta a Paixão, o Calvário, a Cruz, o Sepulcro e a Ressurreição.

E porquê tudo isto? Na primeira leitura, dos Génesis, Deus põe à prova Abraão. Vê até onde vai a sua fé. Abraão ao oferecer o seu único filho em sacrifício está a dar-se a si mesmo. Este fé é mais do que fé, é amor. É sob este amor que Jesus se entrega. É sob esse amor que Deus Pai permite esta entrega de Seu Filho, por todos nós.

sábado, 7 de março de 2009

Matemática no autocarro

A propósito da entrada do dia 3 de Março deste blog e da resposta no comentário a um pergunta minha, ontem no regresso para casa entretive-me a pensar no cálculo do quadrado de números. Os companheiros de viagem no autocarro não eram interessantes.

E cheguei à seguinte conclusão:
“Um quadrado de um número é igual ao quadrado anterior mais o dobro da raiz do quadrado desse número menos um”

Complexo?

Y= x^2 = (x-1)^2+2x-1

Agora que os matemáticos se cheguem à frente...

Regresso

Nesta semana estive ausente deste blog por vários motivos:
- No trabalho tive que fazer horas por causa do fecho do mês de Fevereiro, se entre Janeiro e Fevereiro não tive este período de maior trabalho, agora voltámos ao normal;
- Andei, desde terça-feira constipado;
- Juntando aos motivos anteriores e por causa deles andei sem grandes ideias para escrever.
Enfim, vamos lá ver como as coisas vão correr...

terça-feira, 3 de março de 2009

A pomba e o pombo

No fim-de-semana apanhei pela primeira vez o namorado da nossa pomba. Aqui fica o vídeo.

O mais certo é não voltar a filmá-los mais vezes. Ontem a minha mãe viu o casalinho e quando ia dar-lhes de comer reparou em mais quatro ali perto. Foi o cúmulo. Enchotou-os e está determinada a não voltar a dar comida a ninguém.

Adeus pombinha...


segunda-feira, 2 de março de 2009

Obama

Ainda não falei do Presidente Obama. Do ponto de vista político não sei se ele seria melhor ou pior que Hilary Clinton. Não acompanhei a campanha eleitoral do dois, nem depois a final. Tenho prestado mais atenção agora, depois da eleição. Do ponto de vista simbólico tanto um como o outro são muito fortes, mas prefiro ele, pois acho que ela não é ainda o género de mulher que gostaria de ver naquele lugar. Ela parece-me muito masculinizada. Muitas mulheres na política não passam de homem de saias, maquilhagem e penteados sóbrios.

Por isso o Obama simbolicamente é muito mais forte para enfrentar um tempo de crise como este e para iniciar um novo ciclo. Também me agrada a voz dele, a imagem que transmite de segurança, mas descontraída, pouca encenada. Politicamente parece-me com vontade de mudar, de fazer diferente, de humanizar a governação.

Deixo aqui o discurso que ele fez recentemente ao Congresso. (confesso que ainda não o vi todo)(o mais certo é que ninguém o veja neste blog também, dada a frequência de visita, que é nula...)




Para terminar deixo outro vídeo que achei interessante pelo seguinte: quais seriam as reacções se em vez do Obama fosse o nosso Cavaco Silva? Ou o Sócrates? Ou o Papa? Dá que pensar. Porquê que para umas pessoas achamos que não faz mal e para outras é desrespeitar? Deixo o vídeo e as perguntas ao vento que passa neste meu reino desértico.

domingo, 1 de março de 2009

Febre da Eurovisão

Ontem foi escolhida a canção portuguesa para nos representar no Festival da Eurovisão em Moscovo.

Chama-se Todas as ruas do amor do grupo Flor de Liz. De todas as concorrente achei esta a melhor por simples, sem excesso de gritaria que caracterizou a maior parte das outras. Tem um ambiente tradicional e a melodia é agradável. O toque do acordeão é forte.

Aqui fica o vídeo





Como tenho este fraquinho pela Islândia e não desgosto do tema e da cantora, aqui fica



Por fim deixo o link para um blog dedicado ao Festival da Eurovisão criado por um fan brasileiro.

Primeiro Domingo da Quaresma - Ano B

Neste primeiro domingo da Quaresma as leituras transmitem as sementes para iniciar este tempo. No Evangelho vemos Jesus preparar no deserto a sua missão. Ele passou quarenta dias, tempo simbólico de renovação, purificação, crescimento interior e preparação. Quarenta dias choveu no Dilúvio. Quarenta dias demorou Moisés na montanha recebendo a Lei de Deus. Quarenta anos andou Israel pelo deserto purificando-se e aprendendo a conhecer o Senhor. Quarenta dias levou Elias a chegar ao monte Horeb. Quarenta dias Deus deu à cidade de Nínive para se converter.
Nesse tempo Jesus despojou-se de tudo e sofrendo tentações foi ao âmago da relação com Deus e saiu fortalecido para a Sua missão. E efectivamente Ele começou a anunciar que o Reino de Deus estava a chegar, que todos deviam converter-se.

O tempo da Quaresma pode ser comparado a um templo. Este primeiro domingo representa a entrada. O fiel é convidado a despojar-se do seu egoísmo quando entra numa igreja. Ali dentro quem importa é Deus e não quem entra. Lá porque o anfitrião tem sempre os braços abertos amorosamente para nos acolher, como sinal de boa educação devemos ser agradecidos e atentos a tudo o que Ele quer de nós.

Esta entrada é um despojamento, já o disse. No deserto não há nada. É o local ideal para encontrar Deus. Nós temos esta triste tendência para ocupar o lugar de Deus com tralha. Mas o deserto para nós só será mesmo proveitoso, se nele estiver Jesus. Aí sim no vazio de solicitações eu e Ele seremos eu e Tu. Os quarenta dias serão proveitosos em tentações, purificações, até que no fim seremos Tu e Tu.

Na segunda leitura de hoje São Pedro fala-nos que do significado das águas do baptismo usando a imagem do Dilúvio do tempo de Noé. Nesse tempo o Dilúvio veio purificar a humanidade e a criação do pecado, agora com a morte e ressurreição de Cristo, pelo baptismo todos são purificados e introduzidos na Reino de Deus.
Na primeira leitura é relatada a aliança de Deus com a Criação, para não mais haver novo Dilúvio. Como sinal o crente deverá ver no arco-íris um sinal visível dessa Aliança.

Assim sendo neste primeiro domingo somos lembrados da Aliança, de que devemos regressar a ela através da purificação da nossa forma de viver. Entremos então no Templo, deixemos para trás o homem velho, lavemo-nos com a água viva que é Jesus.