quarta-feira, 18 de março de 2009

A teoria do exercício

Há um pequeno grupo no autocarro (mais um) cujas conversas, quando existem, abordam um assunto curioso para mim: educação física.

Desde os meus tempos de estudante muita coisa mudou. Numa dessas viagens em que vinham a falhar dessa disciplina percebi que tinha recebido um trabalho de grupo sobre educação física (?!). Pensei em várias hipóteses: actualmente a disciplina de educação física tem uma componente teórica; o trabalho proposto será de alguma disciplina de saúde; pertencia à disciplina que agora há chamada de projecto; ou eles pertencem a uma escola ou instituto de desporto. Enfim… era um trabalho de grupo sobre esse assunto.

Cada membro tinha que fazer uma parte. Um dos que estava a falar tinha feito a introdução e o aquecimento. Outros iriam fazer sobre outras parte do exercício. Esse rapaz comentava com o outro sobre a possibilidade de fazerem trabalhos sobre desportos: futebol (certamente o que mais gostaria de fazer), vólei, basquete, etc.

Eu sempre fui um aluno mediano, mas como os meus colegas ainda eram piores do que eu até que estava entre os melhores da turma. Estava entre os melhores nas disciplinas todas, excepto na de educação física. Nunca gostei da disciplina, odiava suar, era gordinho e nunca percebi o objectivo de termos que andar para ali aos saltos, a subir a coisa, a jogar jogos. Até que entendia o porquê de ter as outras disciplinas, mas ginástica??? Não entendia e como não contava para passar ou chumbar de ano… não me esforçava.

Se fosse agora, com aquilo que sei, teria tomado muito mais proveito dessas aulas. Se calhar até teria praticado um desporto. Se calhar, se tivessem me explicado o objectivo desta disciplina eu teria me esforçado mais. Ao menos teria lutado por ter positiva.

Os meus melhores anos nesta disciplina foram os últimos. Fiz o ensino secundário numa escola sem condições para esta disciplina. Por isso a única coisa que fazíamos era jogar futebol. Cheguei até a jogar basquete sozinho enquanto os meus colegas eram felizes a correr atrás da bola. Quando tive a confirmação de que podia faltar à disciplina deixei de lá ir. Acho que no meu décimo primeiro ano nunca participei numa aula sequer.

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