Eu não tenho, ainda, alergias relacionadas com os pólens. Dou graças a Deus por isso. Nestes dias, sobretudo hoje sábado por causa do vento, tenho reparado que algumas árvores começaram a lançar pólens e sementes. A Olaias estão da perder as pétalas. Agora com o vento formam-se tapetes fofos e bonitos as passeios, nas bermas das ruas.
Eu acho bonito. Sinto-me em união com Deus. Dou graças a Deus.
Mas hoje perante esse pensamento lembrei-me que existem milhares pessoas que sofrem com as alergias. Elas não vão achar nenhuma beleza nestes tapetes.
O que é que o Senhor me quer dizer? A minha leitura diz-me que não devo absolutizar as minhas opiniões, os meus critérios, os meus gostos, as minhas verdades. É um exercício que nunca devemos perder de vista: perante uma convicção minha dar espaço e crédito a qualquer convicção oposta que surja.
O mundo não seria melhor se tentássemos entender o que os outros querem, pensam e desejam?
A nossa sociedade exige de nós cada vez mais empenho e rapidez, mas será que necessitamos mesmo disso?
Qual o preço que pagamos por andarmos sempre sem tempo?
Se dedicarmos mais tempo a entender os outros, não criaremos melhores relações?
Vejam lá o que um pouco de vento e umas sementes hoje me fizeram!
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