sábado, 18 de junho de 2011

Reviravolta

A minha vida nos últimos dias sofreu uma reviravolta tremenda. Nem tenho adjectivos para qualificar. Na passada quinta-feira o meu pai faleceu. Só hoje tive tempo e disponibilidade mental para vir aqui.

Como não bastando isso tenho a minha mãe no hospital com uma doença grave na produção das células do sangue. Ela entrou para o hospital há uma semana e meia e está aparentemente estável, mas é greve e temo que lhe irá encurtar a vida drasticamente.

O meu pai dois ou três dias depois entrou no mesmo hospital para estabilizar os diabetes e ao fim de nem sei quantos (porque custa-me pensar agora nisso) terminou o seu percurso na nossa companhia. A demência dele levava-o a ser agressivo e a agitar-se muito. Ele resistiu muito aos medicamentos para o acalmarem. Depois lá fizeram efeito e ficou prostrado. Veio uma infecção pulmonar e dizem que faleceu de embolia. A autópsia determinará.

Nunca estamos preparados para o morte de um pai ou de uma mãe. Pelo menos eu, não estava, mas estou minimamente inteiro. Tenho quem me ajude e tranquiliza-me saber que a minha mãe está também pacificada quanto a este assunto.

Que mais posso dizer? Sinto que devia fazer um elogio fúnebre, mas não me sinto em condições para escrever mais. Aqui ficam as notícias deste que vos escreve. Tento concentrar-me na tarefa que se me apresenta pela frente no momento e procura não pensar muito no médio prazo, já que o longo está envolto num escuro véu espesso.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Quando estamos em baixo, a chegada à empresa é ainda mais penosa. Ter que mentir para que não nos façam perguntas, à quais não queremos responder... é lixado.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Nem sei que título pôr

Podia chamar-lhe inferno, mas parece-me demasiado dramático.



Ontem pensei em escrever um texto chamado “Mestre culinário”, mas não tive disponibilidade mental. Não que tenha hoje, mas preciso de “falar”. Por isso, misturo o que queria dizer com o “Mestre culinário” para lembrar o dia da Criança, de ontem, e faço o relato do meu... inferno... martírio... ou caminhada para o abismo. (lá vem o meu lado dramático, nada a fazer)



Há coisa de um mês para cá a minha mãe tem vindo a decair assustadoramente. Começou com uns sons ténues que ouvia deitada, passou para uma espécie de pulsação que não a larga. Só na rua atenuava-se. Depois vieram os mal-estares e tonturas. Foi ao médico de clínica geral, depois ao otorrino. Este mandou fazer uns exames dali a duas semanas. Foram estas duas últimas semanas. Ela piorou de tal maneira que tive mesmo que faltar três dias para estar com ela.



Estes três dias foram necessários para arranjar uma pessoa que tomasse conta dos meus pais e fizesse a lida da casa. A minha mãe tinha uma pessoa conhecida em mente e lá conseguimos tê-la cá em casa. Sem ela, não sei o que seria de nós.



Neste tempo de incapacidade da minha mãe tive que tomar conta da casa. Fiz comida. A máquina de lava roupa foi operado por mim. Apanhei roupa lavada. Fiz mais compras. Tive que desenrascar-me. Tem sido difícil, toda a minha vida foi facilitada nos assuntos domésticos. Se a minha mãe fazia, porquê eu? Adaptar-me a esta situação chateia-me, tira-me a tranquilidade, incomoda-me.



Há dias a minha mãe sentia-se mais bem-disposta e pediu-me para o jantar batata frita com um ovo mexido. Fritar as batatas foi fácil, já o ovo... Parece-me que tal como entre a generalidade das mulheres e as máquinas há conflitos, com os homens o conflito é com os ovos. Pelo menos comigo, é. Tínhamos só dois ovos no frigorífico. Tentei partir um e deu asneira. Estragou-se. Prudentemente pedi à minha mãe para partir o outro. Não consigo perceber como se faz.



Lá fui fritar o ovo (eu pensava que tinha posto óleo, mas afinal foi azeite, é o que dá usar azeite em garrafas de plástico). Fui mexer o ovo da forma como me pareceu bem e deu-se um milagre. Então não é que o ovo mexido ficou igual a um ovo mexido que eu gostava muito em criança!



Vivíamos em Caneças, num beco húmido e sombrio. Os meus primeiros anos foram passados naquela casa, naquele beco. Havia um casal de vizinhos que tinha umas hortas e uns barracões onde passavam o dia todo. Eles gostavam de mim e eu deles. Lembro-me várias coisas de lá, as minhas primeiras memórias são de lá. E uma coisa que me tem acompanhado vida fora é a memória dos ovos mexidos que me davam, numa sala com uma mesa comprida. Aqueles ovos mexidos eram magníficos, não sei se tinham temperos especiais, mas sei que eram pequenos pedaços de ovo frito. Ao longo dos anos tenho tentado convencer a minha mãe a fazer ovos daquela maneira, mas nunca consegui. E agora já sei como é. Fantástico, não?



Este foi o lado mais bem humorado do que tenho para dizer.



Na terça-feira passada a minha mãe finalmente fez os exames e o médico diagnosticou uma surdez progressiva. Dentro de cinco anos a minha mãe deverá estar surda. Recebi esta notícia com algum alívio. Há doenças dos ouvidos bem piores. O médico receitou um medicamento que irá aliviar o mal-estar e as tonturas. E sempre há aparelhos.



No entanto ela ainda não recuperou. E por mais que a senhora nos faça de comer, não é a mesma coisa. Por outro lado tenho medido a glicemia à minha mãe e está alta. Tem a parte de dentro das pálpebras pouco vermelha e isso talvez seja sinal de anemia. Talvez daí venha a explicação para fraqueza. Amanhã vai ao médico da clínica geral.



Já não bastando isto, o meu pai tem andado a fazer das dele. A noite passada foi levada a falar, não deixando a minha mãe dormir. Se esta tivesse sido a primeira vez, estaria tudo bem. Mas há várias noites que a minha mãe não dorme a noite toda. E eu tenho tido poucas.



Hoje de manhã estava muito agitado. Queria ir embora. Enfureceu-se de tal forma que todo o prédio (de dez andares) ouviu os gritos dele. Consegui sair de casa muito a custo. Passei o dia de rastos, nem a cafeína ajudou. Fui de coração partido por causa da minha mãe. Ao longo do dia fui falando com a senhora que toma conta deles e este foi um dos piores dias de sempre. Ele tornou-se violento. Ela teve que gritar mais alto do que ele. A minha mãe estava exausta. Não dizia coisa com coisa. Foi obrigada a passar o dia na minha cama. Pelos relatos que recebi ele atirou umas gavetas de um móvel para o chão, deitou abaixo um cortinado. Esfrangalhou os fones que a senhora trazia (compre outros para substituir).



Fui sabendo destas coisas ao longo do dia de trabalho. Foi um dia negro. Quando cheguei a casa ele estava sonolento e agora dorme na cama. Para cúmulo amanhã a câmara vai fazer uma intervenção nas árvores ao pé do prédio e tive que tirar o carro do sítio. Ao tentar estacionar noutro sítio risquei um carro levemente. Fiquei tão nervoso que a senhora que cuida dos meus pais levou-o para outro sítio, de onde posso ver da janela do quarto. Foi um risco pequeno, mas é um risco. E no meu também ficou marca, mas menor.



Por isto e por coisas parecidas ao longos destes malfadados dias, não tenho tido energia para escrever, rezar, meditar e blogar. Vamos avaliar a medicação dos meus pais, talvez não esteja a fazer o efeito devido, pelo menos no caso do meu pai. Sinto-me tão desamparado, sozinho e perdido. Sinto-me esquecido por Deus. Não tenho energia e paz de espírito para procurá-Lo. Quando estou bem, sinto-me perto Dele, mas quando estou mal... sou ao contrário de muitos. Dizem: só se lembrar de Santa Bárbara quando troveja. Eu quero que a minha oração não sejam de súplica, pelo menos para mim, mas quando estou tão desamparado peço e parece-me que não sou ouvido. Será isto a noite escura? Ou quando estou bem, quem encontro sou somente eu? Não me vejo com uma pessoa boa, que exerce a caridade que Jesus apregoa. Não me comovo com as desgraças alheias com facilidade. Se não fosse tão egoísta, não sofreria tanto. Talvez sofresse de outra forma. Que obras de fé tenho a apresentar? Se o que faço aos meus pais é considerado boa obra, faço-o em grande parte por interesse próprio. Dá jeito ter a mãe a cuidar da nossa vida. Dá jeito ter alguém dependente de nós para sentirmos que servimos para alguma coisa. Faço tantos sacrifícios para ter os meus pais bem para que o meu mundo não mude. Não quero mudar porque tenho medo do desconhecido, porque tenho preguiça em me habituar a fazer a lida da casa. Desespero porque tenho que agir, tomar decisões. Seria tão bom se houvesse sempre alguém a decidir por mim. Não faço isto conscientemente, de propósito, mas no fundo é isto que faço e desejo. Não quero crescer, quero continuar a ter a boa vida que tinha em criança.



O meu principal problema é estar demasiado centrado em mim. Odeio-me por isso. Odeio não encontrar uma solução fácil para isso. Só serei feliz se este egoísmo morrer. Mas a dor será tão grande...



Se não estiver com depressão, devo estar perto... e é isto o meu inferno. Peço desculpa pelo desabafo, não me sinto especialmente aliviado, mas aqui fica.

domingo, 22 de maio de 2011

Como ando totalmente sem inspiração...

... deprimido mesmo, deixo-vos televisão para verem.

Esta é a televisão que transmite em directo da Praça do Sol em Madrid do movimento espanhol inspirado na nossa Geração à Rasca.








Live Broadcast by Ustream.TV

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ando sem paciência para blogar, mas...



(Mas o facto de cá em Portugal não ter havido problemas com a polícia, para mim é o que faz ter orgulho de ser português. Onde tem havido violência os problemas não foram resolvidos, por isso nós estamos bem)

domingo, 15 de maio de 2011

Quarto Domingo da Páscoa – Ano A

Hoje é o domingo do Bom Pastor. Também o dia de oração pela vocações. Mais do que vocações religiosas o que estamos a precisar é de vocações cristãs. Sem comunidades cristão não podem haver sacerdotes, religiosos e religiosas. Se uma comunidade não for capaz de gerar vocações religiosas, isso é sinal de imaturidade, de uma caminho a ser cumprido. A comunidade é uma árvore, se não produzir frutos que façam continuar, crescer ou gerar novas comunidades, então não é uma boa árvore. Qual a qualidade da minha comunidade? Qual a qualidade da minha participação nela?

Jesus no Evangelho apresenta-se como a Porta. O que significa este símbolo? A porta é um lugar de passagem entre dois espaços. Serve para facilitar a entrada ou para dificultar. Pode ser a passagem para a interioridade ou para o mundo. Normalmente não se fica na porta, mas pode-se parar lá à espera. Jesus é a Porta para a vida Eterna, para a vitória da Vida sobre a Morte. Esta porta que Jesus é, é bem mais do que um espaço de passagem, por ela as ovelhas, nós, sabemos que vamos para boas pastagens, quando saímos, e para a segurança, quando entramos.

Ser Porta em Jesus é ser Pastor, ela é o nosso ponto de referência, tal qual um pastor é para as suas ovelhas. Jesus é o Pastor máximo porque foi ao ponto de dar a sua vida pelo Seu rebanho. O Seu Sangue une-nos formando um só corpo com Ele. Nós caminhamos e Ele que vive em nós orienta-nos. Como? Para além da influência individual, Jesus faz suscitar no rebanho auxiliares nessa tarefa. Por isso hoje também é dia de uma oração particular pelos nossos pastores. O padre que celebrou a missa onde fui sugeriu que quem encontrasse o nosso pároco, lhe desse os parabéns ou lhe telefonasse felicitando e agradecendo o seu pastoreio.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A Luta continua...

Ontem não pude assistir à primeira meia final do Festival da Eurovisão, por azar tive uma reunião de condomínio. Quando cheguei a casa já tinha terminado e a minha mãe contou-me o resultados dos Homens da Luta. Enfim, não achei decepcionante porque tal como diz a Cristina somos incompreendidos (acrescento eu: insignificantes) a nível europeu.


O vídeo vai na terceira cantiga (Albânia), que estou a gostar, e já apreciei a da Noruega também. Pelo que já vi aqui, estas duas não foram apuradas. As regras desta vez incluem, como aconteceu por cá, metade da pontuação pelos júri e metade pelo televoto. Não me lembro se nos anos anteriores as meias-finais tinham este método.

Quanto à nossa participação seria demasiado fantasioso achar que tinha hipóteses a nível da música. Talvez se eles fossem falados a nível europeu massivamente nos últimos tempos.

Pausa para ver a Turquia e verificar que não foi, também, apurada. Os Homens da Luta deviam ter invadido a festa de outro país. Boa malha euro-roqueira. Contorcionista e efeitos visuais, mas a música era interessante.

Não estou desiludido com a participação dos Homens da Luta porque foi muito bom acompanhar os vídeos deles nas terras das alemanhas. Deram uma imagem diferente de Portugal. A atitude deles deve vir a fazer melhor à nossa auto-estima do que uma sua possível vitória ou passagem à final. Devemos encarar os tempos que já chegaram com alegria e bom humor, não ter medo de enfrentar os poderosos e dizer-lhes a verdade na cara.

Estou a ouvir agora a Geórgia. Muito poder de som, gritos, mas pouca melodia. Parece que passou. Prefiro o rock da Turquia, mas enfim...

A LUTA CONTINUA, PÁ!!!!!!!


PS: Apesar de ser fã da Islândia como país e ter gostado de participações de outros anos não achei esta música nada de especial. Sei que tem uma história por trás (o compositor morreu no início do ano), mas não sei merecia passar.

domingo, 8 de maio de 2011

Terceiro Domingo da Páscoa – Ano A

Hoje o Evangelho narra-nos o episódio dos discípulos de Emaús. É um episódio algo “estranho” no contexto dos Evangelhos. Jesus aparece a dois discípulos quase anónimos, que não tinham aparecido antes na narrativa. Não aparecem os Apóstolos, excepto no fim, mas sem papel activo.

Vejo neste texto uma metáfora para explicar a importância da Eucaristia. O episódio contem todas as partes principais das nossas celebrações e no fundo representa o essencial da relação com Deus. Tem a palavra explicada, tem a fracção do pão, tem o reconhecimento da nossa fraqueza e da acção misteriosa de Deus na nossa vida, tem o envio em missão. Na fracção do pão os discípulos reconheceram Jesus e nós, reconhecemos?

Outro aspecto relevante desta leitura e para a nossa vida é que Jesus acompanha-nos, mesmo se O não reconhecemos. Por vezes é muito difícil reconhecê-lo, pois viajamos perturbados com os acontecimentos. Quase sempre nem reconhecemos a acção de Jesus nesses mesmos acontecimentos.

E depois da Eucaristia, vamos ter com os outros confirmar que Jesus vive, tal como disseram aquelas mulheres e Simão? Chegamos mesmo a reconhecer Jesus na fracção do Pão? Pensemos bem, será mesmo que O vimos? Ou terá sido só mais um ritual? Uma rotina? Em quê que a nossa vida muda nesse momento? Não será mais do mesmo?

Quem encontra Jesus na Eucaristia pode dizer como São Pedro na primeira leitura e como se cantou no salmo que o nosso corpo repousa na segurança. Saber Jesus vivo é a nossa segurança.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Considerações sobre o anúncio do acordo com o FMI

As minhas primeiras impressões sobre o anúncio do Primeiro-ministro da proposta de acordo com a "Troika" foram as seguintes:

1 - A montanha pariu um rato. Tanta notícia nos meios de comunicação e afinal estavam errados. O inferno estava mesmo à porta e afinal... continuamos no purgatório.

2 - O Governo só deu as boas notícias. Como é seu apanágio. Ou o "Socras" tem aversão patológica às más notícias ou a estratégia eleitoral não o permite. Quem dará as más notícias? A "Troika" obviamente.

3 - O PSD veio logo gabar-se de ter contribuído para melhorar o PEC. Podiam ter atingido o mesmo objectivo sem terem provocado a queda do Governo, mas enfim... estratégias...

4 - Temos que reconhecer que o Governo é extremamente poderoso. Conseguiu atrasar o começo da segunda parte do Barcelona - Real Madrid. É obra!

5 - O que esteve ali o Teixeira do Santos a fazer? Manter o casamento de aparência.

6 - Não me lembro de o Primeiro-ministro ter desmentido o aumento do IVA, nem de mais algum imposto. Será por aí que passará a solução? Fiquei com o sabor na boca de que tudo vai passar por engenharias financeiras.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Sobre a morte do Bin Laden

Não tenho muito a dizer sobre a notícia da morte do Bin Laden. A primeira coisa que senti foi pena. Tinha sentido o mesmo em relação ao Jonas Savimbi. Por pior que a pessoa tenha sido em vida, sinto tristeza pela morte de alguém assim.

Que legado deixam? Morte e destruição. Terão tido oportunidade para se arrependerem dos seus pecados? No caso do Bin Laden, ele estava convencido que estava certo. Mais dramático ainda! Custa-me compreender esta forma de pensar. Considerar que outro ser humano merece morrer dá-me tristeza. Como é que o Bin Laden se considerava um homem religioso se o fruto da sua fé é morte?

Igualmente triste é a reacção dos nova-iorquinos. Pela mesma razão. É uma reacção tipicamente hollywoodesca que vimos nos filmes. Mais, é uma reacção igualzinha à dos seus inimigos. Quando é que eles vão perceber que não são nem mais nem menos que os outros povos? Até quando é que vão considerar-se os senhores do mundo só porque ajudaram a Europa a vencer as duas guerras mundiais?

Voltando ao Bin Laden. Este sentimento de pena cresce quando penso que aquele homem violentamente morto já foi uma criança, já dormiu tranquilamente num colo, já sorriu e teve toda a esperança no olhar.

Outro aspecto negro desta história é a certeza que tenho que esta guerra, em que ele era uma parte, não vai terminar tão cedo. Tenho dúvidas sobre se ele ainda comandava a organização como fizera antes dos ataques. A Al Qaeda parece ter uma estrutura pouco rígida. Existe uma inspiração inicial na criação das células terroristas, talvez algum treino, mas cada célula é autónoma na estratégia, planeamento e execução. Eliminar o líder não desorganiza nada. A seguir a ele, dezenas de outros membros estão prontos para assumir a posição. Neste aspecto há uma diferença muito grande com o caso do Jonas Savimbi.

Por outro lado, tenho dúvidas sobre se vão acontecer represálias tão cedo. Por causa desta autonomia extrema das células, pode acontecer que nenhuma esteja preparada para agir de imediato. Pode acontecer, isso sim, um crescimento no recrutamento de operacionais.

Enquanto os Estados Unidos e os seus aliados não mudarem de atitude para com o resto do mundo vamos continuar com esta guerra. O que aconteceu na Líbia é só um exemplo.

domingo, 1 de maio de 2011

Segundo Domingo da Páscoa – Ano A

Completa-se hoje a oitava da Páscoa. Hoje é um dia especial. É o segundo domingo da Páscoa. É o Domingo da Misericórdia. Neste momento o papa João Paulo II está a ser proclamado Beato. Hoje é o dia da Mãe. É o dia de São José Operário e por isso dia do Trabalhador. É o primeiro dia de Maio, mês de Maria. Hoje é Domingo, dia do Senhor.

Nas leituras começamos por receber o exemplo de como uma comunidade cristã deve ser. Ter uma só alma sendo um só corpo. Neste tempo Pascal vamos compreendendo aos poucos e poucos a dinâmica da vida em Igreja sob a acção do Espírito Santo. Este tempo Pascal é o tempo do Espírito Santo por excelência. Iremos ver o Espírito a construir a Igreja. A comunidade modelo vive sob a acção do Espírito como se ela e Ele fosse uma só entidade.

Na Segunda Leitura São Pedro inicia a sua primeira carta aludindo à fé de todas as gerações posteriores às primeiras, que não tiveram a oportunidade de ver Jesus ressuscitado de uma forma sensível. Sem O ver, ama-mo-Lo, sem O ver, acreditamos e louvamos.

A Segunda Leitura liga desta forma com o Evangelho no episódio de São Tomé. Este apóstolo protagonizou este episódio para nos dar força e alento. Se ele que conheceu Jesus tão intimamente, teve dúvidas, como é que nós não podemos ter? Por isso é que hoje é o dia da Divina Misericórdia. Perante as nossas dúvidas só podemos recorrer à Misericórdia do Senhor. Nada somos sem Ela.

Mas o Evangelho é mais do que este episódio. O início do texto faz-nos lembrar o livro do Génesis, quando o sopro de Deus vivifica o barro e cria o Homem. Jesus sopra sobre os seus discípulos e vivifica a Sua Igreja, Seu Corpo.

Por fim só mais pormenor. Jesus manifesta-se em comunidade. É nela que o espírito de Jesus vive, manifesta-se e fortifica-Se. Por isso é que a Eucaristia é tão importante, vital, para a Igreja, sem ela não pode viver.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Dois assuntos diferentes para uma destinatária específica

Cristina, ouvi hoje esta notícia, penso que lhe interessará se um dia se dedicar a alguma figura história abrangida por esta legislação.


Num comentário à minha publicação da Vigília Pascal, referiu que não conhecia o filme do Bruce Willis. Enquanto procurava o trailer descobri que afinal ele está disponível no youtube. Aqui está:























Arte inspirada no Evangelho


Conheci esta obra e este autor no Fórum Paróquias há uns anos. Deixo aqui o link e parte do texto (recomendo a leitura do texto completo):

No quadro apenas vemos Maria Madalena. Está em frente do sepulcro e acaba de voltar a cabeça para trás. Voltada para o sepulcro, chorava a morte de Jesus. Ao homem que ela pensava ser o jardineiro contou-lhe a sua mágoa, mas não o olhou verdadeiramente. Apenas quando Jesus pronuncia o seu nome, certamente com o tom de voz com que o fizera antes, ela é apanhada de surpresa e volta-se para trás. Limpa as lágrimas apressadamente com a mão direita coberta com o manto. É este o «instantâneo» do quadro. Embora fuja a tópicos comuns da apresentação de Santa Maria Madalena como a seminudez para indicar que ela era a prostituta arrependida que derramou o perfume sobre os pés de Jesus (hoje descarta-se essa ideia de tal identidade), há elementos que o indiciam: no canto inferior esquerdo há um pequeno «frasco» para perfumes e o «véu»/manto que ela veste é rico e parece ver-se as marcas de ter estado dobrado. Vale a pena prestar atenção a este manto. É acastanhado, mas recebe uma luz forte que lhe vem de «fora» do quadro. É o reflexo da luz do Ressuscitado. A perspectiva do «expectador» é a do Ressuscitado. Teologicamente isto tem grande importância: o cristão descobre Cristo ressuscitado não imediatamente ou directamente, mas por reflexo, em primeiro lugar pela experiência de outros. Depois, é uma presença que está fora do quadro, precisamente onde está o expectador... Ou seja, é possível também refazer, na fé, a experiência de Maria Madalena... Etc. Muito mais se poderia dizer deste quadro.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Jonsi ao vivo (algumas músicas)
















Normalmente no encore


Final apoteótico e mágico

NPR

Acho que ainda não falei aqui da NPR dos Estados Unidos, parece-me que é uma espécie de RDP, mas bem melhor. Disponibilizam concertos para fazer download, em vídeo ou só em audio. Também apresentam novos discos e artistas. É muito completo. Vale a pena ir lá muitas vezes. Foi de lá que obtive o concerto do Jonsi, por exemplo.

Deixo-vos um tipo de concerto que eles inventaram. Actuações numa loja de discos. Neste vídeo podem encontrar uma voz extraordinária, Adele. Levei algum tempo a "descobri-la", mas o tema Rolling in the deep conquistou-me.



Deixo-vos mais um vídeo, uma descoberta absoluta minha neste site. Eles chamam-se Mount Kimbie e fazem música electrónica. É muito interessante vê-los a produzir a sua música.


P.S. Parece que não se conseguem ver os vídeos, por isso sugiro que sigam os links.

domingo, 24 de abril de 2011

Domingo de Páscoa da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus


As palavras pouco dizem quando saem de um coração entristecido.
Senhor, parece-me que ainda vivo na Sexta-feira Santa e não do Domingo da Ressurreição.



Dependo totalmente da Tua misericórdia, pois nada consigo fazer de bom, de alegre, de evangélico.

Sou um túmulo vazio.


O meu coração chora ao som desta melodia e destas palavras, Senhor.


Senhor, ilumina as minhas trevas, que eu seja um reflexo da Tua luz.



Porque a Páscoa é a vitória da Luz sobre as Trevas, da Vida sobre a Morte, Senhor enche o meu coração de alegria. Envia o Teu Santo Espírito e aumenta a minha fé. Que ela seja uma semente que germina e dá fruto.

Senhor, temo estar a passar por uma noite escura. Elimina o meu egoísmo de vez e finalmente amanhecerá.



Ámen.

sábado, 23 de abril de 2011

Vigília Pascal

Se eu for à minha paróquia participar na Vigília Pascal, vou sentir-me só e desacompanhado. Se ficar aqui a assistir pela Tv da Diocese de Aveiro, desacompanhado e sozinho vou estar.

A solidão e a tristeza são as minhas sombras...

Se alguém, por milagre vier aqui pode assistir à transmissão começa à 21:30.

Watch live streaming video from dioceseaveirotv at livestream.com

Tv On The Radio - Nine Types of Light

Era para apresentar este vídeo depois da Páscoa, mas acho que hoje é um bom dia. Este vídeo traz consigo, pelo menos para mim, uma carga de tristeza que encaixa bem hoje. Um dos músicos, o baixista, faleceu esta semana. E isso mudou a forma como se olha para o trabalho do grupo. Quem sabe se o tom filosófico da filme não e já um reflexo da proximidade desta notícia?

Os Tv On The Radio não é um banda da minha eleição, mas o facto de terem publicado o disco inteiro na internet em vídeo chamou-me a atenção. E até que gosto de algumas música, sobretudo Will Do (aos 24'45'' do vídeo).

domingo, 17 de abril de 2011

Domingo de Ramos – Ano A

Hoje começa a semana maior do cristianismo. Nestes dias celebram-se os acontecimentos e os mistérios principais da fé em Jesus Cristo.

A fé um caminho. Os Evangelhos são percursos, caminhadas físicas e espirituais. Hoje Jesus entrou em Jerusalém. Hoje foi festejada a Sua entrada na cidade Santa, mas logo se viu para onde foi esse entusiasmo. Ficou-se pelos ramos, pelas pedras calcadas pela multidão. Foi uma fogueira de erva seca, rapidamente perde força.

E o que fica? A nossa fraqueza. A nossa solidão perante a nossa recusa em seguir a vontade do Pai. Jesus experimentou também essa solidão, mas venceu-a confiando, orando até esse vazio se encher de amor.

Jesus de derrota em derrota chegou à vitória final. Porquê? Porque confiou no desejo do Pai nos convencer que temos forças suficientes para vencermos a morte. Jesus, o Filho de Deus, fez-Se homem e assumiu totalmente a nossa condição. E qual é ela? Ter medo. Sentir dor. Sentir solidão. Jesus mostrou-nos que nada em nós nos fará escapar à morte, a não ser a nossa confiança em Deus. A morte é um tremendo mistério. Mete medo. Como suportar a sua aproximação sem enlouquecer? Como é que Jesus conseguiu? Confiando que o Pai o salvaria. Confiando contra toda e qualquer prova ou ausência dela. Como chegamos a esse estado? Pela oração, pelos sacramentos, pela humildade, pelo despojamento.

domingo, 10 de abril de 2011

Money comes to you - Tribruto (New Light Pictures)

A New Light Pictures está continua em grande. Aqui fica o primeiro videoclip produzido e realizado por eles. Como não podia deixar de ser conta um história.

Videoclip Tribruto "Money comes to you" C. Dino e Sofia from FaiscaFilms on Vimeo.

Quinto Domingo da Quaresma – Ano A

Este tempo da Quaresma é um tempo de preparação para a Páscoa. E o que torna a Páscoa tão especial é a Ressurreição de Jesus. Por isso na preparação seria necessário falar da ressurreição. Hoje é a ocasião. Estamos perto da Semana Santa, a Natureza explode em cores e odores de vida. A Primavera está aí em força. Primavera e Ressurreição têm muito em comum: nova vida, desabrochar, crescimento.

Na primeira leitura, o profeta Ezequiel profetiza para dois tempos distintos. Anuncia uma ressurreição nacional do povo de Israel com o regresso do Exílio da Babilónia, mas profetiza também a Ressurreição que virá com Jesus.

O Evangelho narra a ressurreição de Lázaro que Jesus fez para mostrar que é o Senhor da Vida. Este longo texto tem vários aspectos e leituras. Chamo atenção para alguns. Conhecendo o Evangelho de São João este episódio será mais um acha para a fogueira da oposição dos poderosos de Israel contra Jesus. Jesus sabe que ao fazer este milagre estava a assinar a Sua sentença de morte. O que Ele fez? Seguiu em frente, fez o que devia fazer. E isso era glorificar o Pai. Mostrar que Deus não é aquele senhor severo, castigador, mas sim misericórdia.

Talvez por isso se percebam melhor o choro e a comoção de Jesus. Mas este mostrar de emoções indicam uma identificação muito profunda com o ser humano. Deus fez-SE homem para elevar o Homem a Deus. Quando Ele mostra todo Seu o poder divino ao ressuscitar Lázaro, também mostra o quão humano Ele é. Talvez este seja o sinal de que ser Homem seja igual a ser Deus, o que faz de nós muito pouco humanos. O pecado desumaniza-nos, não é?

Encontramos mais uma vez Marta e Maria. A primeira, mais activa, corre ao encontro de Jesus mal sabe da Sua chegada. Maria, a contemplativa, vai depois. Jesus não saíra do local até à chegada desta. É curioso, não acham?

E por fim há os judeus que vieram dar condolências. Um grupo questiona-se da justiça de Jesus não ter vindo mais cedo de modo a evitar a morte do Seu amigo, já que Ele conseguira dar vista a um cego de nascença. Muitas vezes temos este tipo de pensamento. Qual a lógica desta ou daquela acção, desta ou daquela pessoa? Porquê que não fez assim ou doutro modo? Porquê que Deus permite isto ou aquilo? Aprendemos com este episódio que nós nunca conseguimos ter a visão completa da realidade. Quantas vezes uma desgraça encobre em si bênçãos ocultas? Só Deus sabe e se O questionamos desta forma estamos a tentar ocupar o Seu lugar, a Sua posição.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

domingo, 3 de abril de 2011

LCD Soundsystem com Arcade Fire

Os LCD Soundsystem deram ontem o último concerto, segundo dizem, mas os fãs têm dúvidas (serei só eu?) e esperança que não seja. Ora numa das músicas do segundo disco, ontem, tiveram os Arcade Fire a fazer coros. Aqui fica o vídeo.


Mickey - The Band Concert - 1935

Este é um dos filmes de animação da Disney meus preferidos.



Estou com vontade de começar a publicar aqui alguns dos filmes que povoaram a minha infância e os meus sonhos.

Quarto Domingo da Quaresma – Ano A


É bastante curiosa a galeria de imagens associadas ao Baptismo: água e luz, passagem e iniciação. Hoje fala-se da luz com a cura de um cego de nascença por Jesus no Evangelho. Este episódio é bastante curioso. Jesus toma a iniciativa de curar o cego. Ocorre a cura física. Perante essa cura várias reacções aconteceram. Todas elas com base na crença de então (e infelizmente ainda presente) de que as doenças são castigos pelos pecados.

Esta cura do cego serve num primeiro momento para explicar que o sofrimento físico não é causado pelo pecado. Que pecado teria cometido aquele cego se já nascera assim? Se ele não teve culpa da sua deficiência, também não é responsável pela cura. Deus actua porque e quando quer. A nós cabe estarmos disponíveis.

Depois o ex-cego passa por um processo de averiguações. Notemos que em São João Jesus faz os milagres na sua maioria ao sábado, dia reservado a Deus, e os judeus contestam-No. É curioso ver como os judeus opõem-se a Deus julgando estar a cumprir a Sua vontade. Nesta fase do episódio passamos da cegueira física para cegueira espiritual, da cegueira involuntária para a voluntária.

Onde é que entra aqui a luz? No acto de ver. Sem ela não vemos. E que luz é essa? Jesus. Ele foi a luz que entrou na vida daquele cego, que em primeiro lugar passou a ver fisicamente e depois, acreditando, nasceu de novo vendo espiritualmente, coisa que os judeus à sua volta recusaram-se a fazer.

O Baptismo é a entrada de Jesus na vida do baptizado. Na segunda leitura São Paulo conclui que somos luz, porque somos filhos da Luz, através do baptismo está claro. Dormíamos e fomos acordados para a vida. Estávamos cegos e agora vemos.

E por falar em ver, como Jesus vive é nós, convém saber como deve ser o nosso olhar. Na primeira leitura ficamos a saber que o olhar de Deus chega ao interior, enquanto que o nosso só se fica pela aparência. Se Jesus vive em nós, devemos ter antes esse olhar de profundidade. Não ficarmos pela aparência, pelo exterior, pelos gestos, pelo contexto. Devemos ir ao interior, aos fundamentos da alma, ir para além do contexto, chegar à estrutura, abarcar o quadro inteiro.

Por fim a unção de David, neste contexto das leituras de hoje, remete para a unção no Baptismo. Cada novo cristão é ungido para ser rei, sacerdote e profeta, já que pertencemos a uma nação deles.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Novo mês começa...

... e resolvo fazer um pouco de publicidade à Silveira. A cidade Silveira está animada. Há mistério, quem será o/a autor/a dos escritos nas paredes? E Clarissa, será mesmo dona da cidade? Há romance. Quando o Beto terá coragem para se declarar? E será correspondido? Vá lá, visitem e divulguem!!!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Sobre a crise política

Por mais que se ponha as culpas, que as tem, no Sócrates e PS pela situação actual, não posso deixar passar a culpa que a Oposição tem no estado actual do país. O Sócrates foi estúpido a gerir este assunto do PEC4, deve ter pensado que ainda estava com a maioria absoluta. É claro que vai dizer, ou já tem dito, que esperava que os outros partidos separassem o interesse nacional do seus interesses particulares.

Tanto de uma forma como de outra enganou-se. O senhor para além da colecção de Planos de Estabilidade e Crescimento colecciona inimigos. Na vida do dia-a-dia a máxima "cá se fazer, cá se pagam" funcionou em pleno com ele. Surgiu a oportunidade e o PSD resolveu tirar-lhe o tapete. Naturalmente vai vencer as próximas eleições (e lá vou eu egoisticamente perder a qualidade de programas da RTP e rádios associadas, pois com a sua previsível privatização o serviço público vai se perder, prejudicando sobretudo a RTP2 e as rádios).

Pois eu penso que foi péssimo para o país esta crise. A Oposição podia ter tentado ser menos vingativa. Bem sabemos que nos partidos há pouca consciência cristã. Já aqui disse que há ano e meio com o resultado das eleições alguém da Oposição devia ter-se coligado ao PS, provavelmente muita instabilidade teria sido evitada e quem sabe... talvez os mercados não tivessem tantos motivos para nos massacrarem.

Eu se tivesse alguma influência em Belém faria todos os possíveis para que o Presidente amanhã decidisse propor um Governo de vários partidos, mesmo que forçasse o Sócrates a renunciar à liderança do Governo. Sei que já vai tarde, mas termos um novo Governo dentro de semanas é muito melhor que tê-lo só lá para Julho. Como estarão os juros nessa altura? Terá o Estado dinheiro para se financiar? Se houver rotura de tesouraria isso poderá implicar incumprimento dos compromissos com os funcionários público. Antes de isso acontecer teremos cá o FMI a governar. E o que se vê de resultados na Grécia e na Irlanda? Andam pior do que estavam.

Por favor, senhores políticos, deixem-se de tretas e entendam-se para o bem de todos nós! Se continuam assim, não tarda muito começam a surgir desejos de um ditadura. É isso que querem? Ganhem juízo e sentido de serviço público!

domingo, 27 de março de 2011

Novo filme da New Light Pictures - Agente K17

Agente K17 - Teaser Trailer from New Light Pictures on Vimeo.

Sobre a mudança da hora

Apesar de compreender o porquê da mudança da hora, devo dizer que não gosto. Se fosse possível não viveria sob este horário. A hora de Inverno é a hora mais próxima da hora natural. O meio dia solar fica trinta e sete minutos atrasado em relação ao do relógio. Na hora de Verão acrescenta-se uma hora. Ficamos um pouco longe do nosso fuso natural. Tenho pena. Vivemos tão afastados da natureza que quando ela se manifesta pensamos que está contra nós.

You need to get off Facebook

O blog Sound + Vision apresenta-nos este vídeo que propõe uma reflexão sobre a cultura subjacente ao Facebook. Realmente não temos tantos amigos assim. Então eu, um clássico bicho do mato! Mesmo no Facebook tenho poucos.



Actualmente não estou lá por causa das "amizades". Aquela rede social tem para mim a utilidade de um órgão de informação. De lá recebo notícias de bandas, de artistas, de rádios e televisões. Pondero ligar-me aos políticos que por lá andam para receber essas notícias.

Por algum tempo pensei que serviria para divulgar a minha actividade blogueira, mas isso revelou-se errado. Não tive mais visitas nos blogs por aparecerem lá as actualizações. Nem um só dos meus "amigos" tornou-se meu leitor.

No Facebook, tal como aqui ou em qualquer outro lugar na sociedade se a mensagem não for apelativa, se não houver investimento na publicidade, a mensagem não passa. Tal como nos blogs, se os textos são longos, perdem a eficácia e o interesse.

Todos vivemos a informação de uma forma descartável e imediata. Se não atingir os nossos instintos mais básicos, não interessa. Coisas para rir, um ou outro vídeo e pouco mais. E esse pouco mais é ver fotos dos contactos, com ou sem comentários.

É esta a minha percepção.

Terceiro Domingo da Quaresma – Ano A

Hoje, entre outras coisas, as leituras falam-nos da nossa necessidade de Deus. Essa necessidade é representada pela imagem da Água. Tanto na primeira leitura, como no salmo e no Evangelho a palavras água aparece frequentemente.

A cultura israelita tinha bastante enraizada o importância da água. O seu território tem zonas desertas. Por isso mesmo a água tem uma enorme carga simbólica associada a si. No Evangelho Jesus revela-Se como a verdadeira Água Viva, que dá vida a quem a bebe. Ou seja, a importância que a água tem a nível material, Jesus tem-na a nível espiritual. Sem ela a nossa sede nunca é saciada, pior, morre-se. Tal como a água é vida, Jesus é vida.

Nesta caminhada quaresmal há outra leitura para o tema de hoje. Como na Vigília Pascal a Água tem um papel muito importante por causa do Baptismo, hoje prepara-se esse momento lembrando toda a carga simbólica da Jesus como fonte de Água Viva, que na nossa vida entra através do Baptismo.

No primeiro domingo falou-se das tentações e de como as superar. Depois veio a Transfiguração como incentivo para a conversão. Hoje a fonte de Água Viva lembra-nos o Baptismo e os nossos compromissos de renúncia ao pecado.

O Evangelho de hoje tem vários níveis e camadas de interpretação, tal como é habitual em São João. Este diálogo entre Jesus e a samaritana para além de uma caminhada de conversão daquela mulher em direcção da conversão, da apresentação da Água Viva, há um pormenor interessante referente aos cinco maridos. No diálogo há cinco respostas da mulher a Jesus que simbolizam esses cinco maridos. E cada um é uma forma de idolatria à qual aquela mulher, e no fundo todos nós, estava agarrada. Há o individualismo, a superficialidade, o duvidar de Deus, o materialismo e o ritualismo. Jesus vai desmontando essa forma errada de viver a relação com Deus e por fim a conversão acontece.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Notícias de Portugal, hoje, pelo mundo

Estes foram as capas ou os sites que consegui encontrar com referências aos assuntos nacionais. Bem se vê a importância da queda do Governo se compararmos com o falecimento da Elizabeth Taylor, ela é primeira página muitos dos outros jornais que não apresento aqui.


















Ontem de manhã ouvi uma entrevista a um jornalista inglês que foi correspondente para jornais ingleses. É curiosa a forma como somos vistos pelos estrangeiros e é muito português procurar ver notícias de nós lá fora.

RTP - ENTREVISTAS MANHÃ 1

Vale a pena ouvir. Retive a expressão: "Os portugueses são anarquistas mansos."

quarta-feira, 23 de março de 2011

Ah, já me esquecia

Os Partidos da Oposição conseguiram derrubar o Governo sem se comprometerem com Moções e afins. O Presidente também não teve que mexer um dedo...

O calculismo eleitoralista venceu sobre o interesse nacional. Digo eu...

O que se estava à espera, aconteceu.

Não escrevi nada sobre a situação política por vários motivos:

- Preguiça;
- Pouco para dizer;
- O que teria a mencionar, já outros teriam dito;
- Preguiça (oops, já tinha dito) Desânimo;
- Pouco talento para comentários;
- Ideias pouco claras sobre o assunto.

Continuo sem saber bem o que pensar. Reconheço que a situação do Primeiro Ministro não podia continuar, mas... não foi ele que deu o tiro de partido para este desfecho? Não teria sido mais fácil ele ter cumprido os rituais das instituições? Falar, antes de apresentar o PEC à Europa, com o Presidente e com os Partidos da Oposição? Pelo menos com o PSD?

Não resisto a fazer a piada que muita gente deve estar a fazer agora: Ena, o Sócrates cumpriu a sua primeira promessa!!! Talvez lhe tome o gosto.

Por outro lado com o chumbo do PEC o que nos vai acontecer nos próximos tempos?

Eleições. Novo Governo. Os mercados de catanas em riste (antes, durante e depois das eleições) apontadas às canelas do país. Medidas de austeridade para fugir às catanas ou para sarar as catanadas. E isto leva-me ao que me motivou a escrita deste texto.

Seria bom que alguém (não eu) listasse para memória futura as medidas deste PEC para compararmos com as medidas que virão no futuro (PEC ou Orçamento para 2012 ou Plano proposto pelo FMI/BCE/Alemanha). Desconfio, mas costumo estar errado, que o que nos espera vai ser bem pior.

O que preferia eu? Preferia que o Sócrates saísse, mas que a Assembleia arranjasse uma solução alternativa. Duvido que isso aconteça. Porquê? Porque os partidos da Oposição não quiseram coligar-se com o PS depois das eleições de 2009 ou coligar-se entre si.

Enfim, baralhar e dar de novo...

domingo, 20 de março de 2011

Invisibilidade

Descobri este vídeo no Facebook do blog Toques de Deus. Tem me dado que pensar, mas também tranquilizado.

Segundo Domingo da Quaresma – Ano A

As leituras de hoje falam-nos de mudança, de conversão. Na semana passada trataram das tentações e da forma de as superar. Hoje não basta superar a tentação, é preciso levantar a tenda e deixar a terra onde estamos instalados. É isso que se lê na primeira leitura. Abraão sentiu-se tocado por Deus que o impeliu a partir, a procurar a terra prometida por Deus, a aceitar a Sua vontade.

Mudança. É de mudança que a Transfiguração trata no Evangelho de hoje. Mudança de mentalidade dos discípulos, mudança de atitude na relação com Deus e com os irmãos. A Transfiguração de Jesus perante aquele grupo restrito de discípulos serviu para os instruir sobre a mudança que iria acontecer nas suas vidas. Viram a passagem de testemunho da Lei de Moisés e do Profetismo antigo para a Boa Nova vivida e apregoada por Jesus. Naquele alto do monte os discípulos tiveram a mais forte experiência da presença de Deus antes da Ressurreição.

Por outro lado o relato da Transfiguração é um bom exemplo para nós sobre como devemos viver a nossa vida espiritual. A experiência espiritual não deve ficar reservada ao momento, mas deve deixar marcas na nossa vida quotidiana. É isso que significa o fim da Transfiguração de forma tão súbita e inesperada. A experiência espiritual é um recarregar de baterias para a luta do dia-a-dia. Só assim será o Espírito Santo a actuar e não nós por nossa vontade.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Scenes from the suburbs - trailer

Como falei aqui, vai estrear uma curta-metragem escrita pelos Arcade Fire. Aqui fica o trailer





domingo, 13 de março de 2011

Um domingo diferente

Hoje fui de manhã ao museu do Chiado com umas amigas minhas e respectivas famílias. Por isso fui ontem à missa e mais uma vez dei por mim a pensar como é que os escuteiros aguentam o frio de inverno com aqueles calções.

Tinha ido há uns anos à primeira parte da exposição sobre o Columbano Bordalo Pinheiro com as mesmas amigas, dessa vez sem família. Estava marcado regresso ao museu por ocasião da segunda parte. Foi interessante o reencontro com uma delas que desde então não via.

Tivemos a sorte de apanhar uma visita guiada. O que não gostei foi do apertado controlo dos empregados, senti-me como se estivesse a cometar algum crime por ali estar. O visitante não tem culpa de o Estado tratar mal os seus funcionários. Enfim, era cedo e as pessoas têm o direito a estarem menos bem-dispostas de manhã.

Revi o retrato do Antero Quental, um dos meus preferidos.

Também gostei de um retrato do irmão Rafael, mas não encontrei imagem dele. E não tenho tempo para mais, a minha mãe chamou-me para jantar. Deixo aqui o último auto-retrato do Columbano que deixou incompleto.



Primeiro Domingo da Quaresma – Ano A

Começou a Quaresma, tempo de conversão, de mudança e de regresso ao essencial. Nada melhor para a conversão do que meditarmos sobre os nosso pecados e sobre o que nos levou a eles. As leituras deste primeiro domingo deste novo tempo falam disso.

A primeira leitura narra-nos a Queda Primordial. É bem claro a referência ao mau uso da liberdade. Este texto fala disso, personifica no casal Adão e Eva a condição humana que fez e faz mau uso da liberdade concedida por Deus.

Na segunda leitura São Paulo demonstra como a salvação trazida por Jesus engloba-nos a todos, tal como o pecado original nos afectou a todos. Por Jesus deixámos de estar sujeitos a esse pecado. Ele é o nosso guia, a porta por onde passamos para nos livrarmos desse fardo.

Se Jesus é o nosso guia, então vejamos como é que ele lida com a tentação. É disso que nos fala o Evangelho de hoje. O texto esquematiza em três categorias as tentações a que estamos sujeitos e Jesus dá-nos a solução para resistirmos a elas.

À primeira que resume a necessidade de segurança que nós todos temos. Para sentirmo-nos seguros damos importância ao Ter. Substituímos tantas vezes Deus por falsas imagens de segurança nos objectos que adquirimos, nas relações que buscamos, nas sensações e nas diversões. Mais do que ter, Jesus diz-nos que devemos conhecer a Deus. Quem conhece confia e não se sente inseguro.

A segunda tentação explora o nosso ego, o Parecer. Esta tentação segreda-nos que somos especiais, que nos é devido determinado estatuto, que merecemos uma recompensa pelo esforço despendido. Tantas e tantas vezes deixamos que a nossa imagem seja mais importante que a nossa verdade, porquê? Porque estamos a substituir Deus pelo nosso ego, pelo nosso prazer, pela nossa imagem. Como combater esta tentação? Com humildade sabendo que não devemos tentar Deus. Aqui também entre a tentação de fazer comércio com Deus. Se me fizeres isto, faço-Te aquilo.

A terceira tentação fala do Poder. Mais uma vez é-nos proposto substituir Deus pelo poder que nos é sugerido. Se eu fosse o homem mais poderoso do mundo acabava com a fome, com as guerras, com o sofrimento. Por isso luto para chegar a essa posição e pelo caminho vendo a minha alma, para no final ou não fazer nada porque nunca se pensa que é suficientemente poderoso, ou porque acabamos por só lutar pela manutenção desse “poder”. Para combater a tentação de Poder Jesus que só devemos adora a Deus. Adora a Deus é colocar nas Suas mãos tudo aquilo que podemos e sobretudo o que não podemos fazer, alcançar.

As tentações sugerem-nos soluções para os problemas que não têm Deus como o centro. Para combatê-las devemos conhecer a Palavra de Deus, devemos cultivar a humildade com se fosse a planta mais preciosa e frágil do nosso jardim e demos abandonarmo-nos a Ele.

sábado, 12 de março de 2011

Sobre a Manifestação Geração à Rasca


Apesar de pertencer à Geração Rasca, a que teve que levar com as PGAs, com o fim do cavaquismo, não sou de manifestações. Defeito de personalidade. Sou demasiado introvertido. Mas até que simpatizo com a causa desta Geração à Rasca. Não me dei ao trabalho de ler o manifesto, mais um defeito meu, mas fui apanhando aqui e ali ecos dele e do que as pessoas andam a falar e a pensar.

No fim do cavaquismo vivi muitas dificuldades para entrar no mercado de trabalho. Felizmente tive sorte até hoje, o que não quer dizer que continue a ter. Não há empregos garantidos, excepto para os políticos. Por isso compreendo a frustração e o sentimento de abandono dos que se manifestaram.

Não esperava ver tanta gente na rua. As máquinas partidárias de esquerda devem ter dado uma ajuda, pelo menos vi cartazes claramente do Bloco de Esquerda. Felizmente acho que a maioria não estava ali por iniciativa do partido.

Admitamos que em todos o país manifestaram-se trezentas mil pessoas. É significativo. Basta? Talvez não. O Governo anda a fazer colecção de PECs, tendo acrescentado mais um na véspera desta manifestação. E a minha pergunta é a seguinte (com maiúsculas para ser mais clara): E AGORA?

Fizeram uma manifestação histórica, mas isso mudará alguma coisa? Os participante poderão contar aos netos um dia, se os tiverem, que estiveram lá, mas isso pouco ajudará para que o seu futuro mude de aspecto, visto deste ponto da História.

Esta manifestação só terá o resultado que as pessoas desejam, se amanhã as mesmas pessoas voltarem àquelas ruas, avenidas e praças. Amanhã, depois e nos dias seguintes. Vêem-nos a fazer isso? Eu não. Sabem a liberdade de manifestação é muito bonita, mas se não tiver consequências é o mesmo se não existisse.

As ditaduras modernas permitem a livre expressão, mas as populações continuam oprimidas. A democracia só funciona se os Governos fizerem o que os eleitores querem e não imporem as suas ideias e visões para o futuro do país. O que temos visto em Portugal? Uns faziam o que queriam porque o português médio era inculto, tinha pouca preparação para saber o que era melhor para o país. Outros armaram-se do alto da sua competência técnica criaram os fundamentos para o estado actual das coisas. As pessoas viveram tempos de ilusória prosperidade. Outros atiraram-nos com os erros dos antecessores que pioraram a situação. Como resposta os actuais prometeram uma solução e executaram outra que nos levou ao estado actual. Houve democracia nisto? Se o povo elege um governante que prometia baixar imposto e depois ele sobe-os, o que isso significa? Que a Democracia não existiu.

Para terminar proponho aos manifestantes e aos outros todos que procurem formas novas de protesto. que encham os murais do Facebook do Presidente e dos poucos políticos que tiveram coragem ou interesse eleitoralista com as frases que levaram à rua. Que façam propostas.

Sobre a energia nuclear



Por causa deste tipo de coisas é que não apoio o uso de energia nuclear. Se no Japão que é dos país mais avançados isto acontece, nem quero imaginar noutros países.

Quando alguém vier dizer que precisamos de uma central nuclear, eu direi que prefiro pagar gasolina a dois ou três euros a estar sujeito a uma coisa destas.

terça-feira, 8 de março de 2011

O que mais gosto no Carnaval...

... é a possibilidade de não ter que sair à rua. Assim tenho feito. Hoje de manhã avancei com mais uns capítulos do Silveira. Estou perto de acabar a história e já tenho sentido alguma saudade antecipada das personagens e do cenário. Tem dado um gozo especial escrever esta história, que esteve parada quase três anos. Os episódios destes últimos dias já foram escrito no Verão.

Não sei se vou conseguir acabar hoje, mas está para breve.

Amanhã começa a Quaresma, por isso desejo a quem festeja o Carnaval um bom e para quem não festeja um dia bom. O mesmo se aplica à Quaresma, que seja para todos um momento de crescimento espiritual para uma melhor celebração da Páscoa, da Ressurreição, da Vida.

Como sobremesa deixo-vos um vídeo do grupo Dança dos Homens com uma das música que mais gosto.


segunda-feira, 7 de março de 2011

Eu que não gosto do Carnaval...

... hoje fui mascarado para o emprego.


Querem saber qual foi a minha máscara? Foi de automobilista. Ai, pois é! Fui de carro para o emprego pela primeira vez. Correu bem. O tráfego não era muito e orientei-me razoavelmente com as duas rotundas por onde tive que passar.

Mascarei-me de condutor de domingo, como é Carnaval ninguém leva a mal.

Como talvez lá para os santos mudaremos de instalações, não devo voltar a levar o meu Tartarugus. Correndo bem, vivi bastante nervosismo hoje antes do regresso.

Enfim... palermices...

Ainda sobre o Festival da Canção

Deixo aqui um link ao uma notícia do Blitz sobre a vitória dos Homens da Luta no Festival da Canção. Recomendo a sua leitura e sobretudo o visionamento do vídeo. É uma entrevista ao actor que dá corpo a um dos Homens da Luta.

Só há uma senão nesta história toda. Uso este link como podia usar outros. Anda meio mundo a comentar os assobios, as vaias no final do programa como se fosse uma reacção do poder instituído contra o decisão do "Povo". Estou certo que esse meio mundo não costuma ver o Festival da Canção. Desde que o sistema de eleição é constituído por júris distritais e pelo televoto que no final há vaias e apupos.

domingo, 6 de março de 2011

E luta continua, CAMARADAS!!!!

E Os Homens da Luta venceram o Festival da Canção de 2011. Por este exemplo podemos ver em que estado está o país. Os portugueses não anda nada contentes, mas em vez de fazerem uma revolta violenta, o que fazem? Isto:


Aqui fica a apresentação inicial da cantiga


Pelo que pude ler ontem à noite talvez a Eurovisão desclassifique esta música por ter uma mensagem política. Não sei, mas é possível.

Nono Domingo do Tempo Comum – Ano A


A primeira leitura alerta logo para isso. A Palavra de Deus deve fazer parte do nosso quotidiano. Só estará, se ela for interiorizada, gravada profundamente no nosso coração. E como Jesus diz é do coração que vem as boas ou má obras. O que habitar no coração, será o que nós mostramos e fazemos. A Palavra de Deus propõe-nos dois caminhos: o da salvação ou o da perdição, o da bênção ou o da maldição.

Consoante o que tivermos no coração seremos julgados. Jesus no Evangelho de hoje, que conclui a secção do livro de São Mateus intitulada por Sermão da Montanha, adverte para isso mesmo. Ele mostra que uma religiosidade de aparência, de ritualismos vazios de conteúdo, palavras que nascem na garganta não tem valor, não vem do coração e por isso é caminho de maldição.

Conclui o texto de hoje com a comparação da casa bem alicerçada e com a outra mal. O alicerce para um fé resistente às intempéries da vida é o conhecimento da Palavra de Deus, o Evangelho. Esse conhecimento terá que ter como consequência uma vivência mais profunda dessa Palavra no nosso dia-a-dia. Deverá estar gravada no nosso coração. Só com bases seguras na Escritura podemos dizer não às tentações. E o que são tentações? Aparências de bem, propostas de resolução rápida ou fácil de uma problema.

Só revestidos pela intimidade com a Palavra é que podemos ser justificados pela fé. Mesmo com as nossas imperfeições, tendo fé a Misericórdia é superior ao castigo e ao sofrimento.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Crónicas de Allaryia - Oblívio - O Capítulo Final

Saiu recentemente o sétimo e derradeiro volume da saga Crónicas de Allaryia do Filipe Faria. O livro chama-se Oblívio.

Saiu em duas edições: a normal e a de luxo.



A de luxo traz um CD com sete temas dedicados 7 (e inspirado) nos sete livros. Vem também com um pequeno livro que serve de guia à saga e dá uma ideia como o autor foi construindo as personagens.


Comprei a edição de luxo. O que posso dizer da banda sonora é que faz lembrar um pouco a música da Guerra das Estrelas, mas terei que ouvir mais. Para quem não for um fã ferrenho talvez não valha a pena comprar esta edição especial.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Uma solução para a crise

Que tal sermos uma colónia efectiva da Alemanha? Para além de resolvermos os problemas da crise e ficávamos livres deste governantes que temos.
E assim era mais uma boa desculpa para eu empenhar-me na aprendizagem da língua.
Se a Alemanha não estiver disposta a isso, proponho o Reino Unido.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Oitavo Domingo do Tempo Comum – Ano A


Na primeira leitura Deus diz através de Isaías que nos ama incondicionalmente. Mais do que uma mãe ama o seu filho que deu à luz e amamentou. O salmo reforça esta ideia e acrescenta: quem se refugiar em Deus estará seguro.

Na segunda leitura São Paulo reflecte sobre a atitude a ter perante os outros neste contexto. Se Deus é a nossa segurança, não nos cabe julgar os outros. O coração humano é um labirinto de véus e espelhos, não temos o mapa para o desvendar, só Deus. Não vale pena seguirmos por esse caminho. Ele julgará.

No Evangelho Jesus começa por advertir que não é possível seguir a Deus e seguir o que não é de Deus. A palavra dinheiro, neste contexto, significa o que não é de Deus. Sempre que preterimos as coisas relacionada com Deus por outras, estamos a seguir o “dinheiro”, o que não é de Deus. Isto pode-se ver nas mais pequenas coisas. “Hoje não vou à missa porque está um belo dia de praia”. “Hoje não rezo porque estou cansado e ontem foi domingo”. “Estou na quaresma, devia separar aquele dinheiro para a Renuncia, mas queria tanto o último livro daquele teólogo”.

Depois Jesus volta-se para a atitude a ter no seguimento de Deus. Se pomos Nele a nossa segurança nada nos afectará. Devemos viver despojados de falsas seguranças. Tudo que humanamente dos dá sensação de segurança é ilusório. Basta ver as catástrofes que acontecem, os acidentes. Se empenhamos as nossas energias no caminho de Deus, todos os nossos problemas se resolverão sem demasiado sofrimento, pois na pior das hipóteses teremos o nosso lugar à mesa de Deus.

Esta atitude de despojamento é uma tarefa de uma vida. Mas é a mais importante.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Besiktas 2-4 Fenerbahce

Aqui está um jogo bem disputado, os portugueses falharam os golos e o brasileiro marcou 4. Típico!


É engraçado ouvir os comentários em turco, só percebem os nomes portugueses e algumas palavras de futebulês.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Aves de Portugal

Por acaso descobri este site: Aves de Portugal. Andava à procura de informações sobre tordos e estorninhos.

Se seguirem os links irão encontrar pequenos vídeos de uma boa quantidade de aves.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sigur Rós, em 12-04-2001, Itália

À falta de assunto, ou vontade para me dispor a tal, deixo-vos aqui mais um concerto dos Sigur Rós, desta vez em Veneza no dia 12 de Abril de 2001.


Sigur Rós - Teatro Ciak 2001.04.12 (Re-Mastered Soundtrack) from Victoryrosemusic Blogspot on Vimeo.



Alinhamento:

01 Fur Alina / Nyjá Lagið
02 Frysta / Samskeyti
03 Von
04 Ny Batterí
05 Dauðalagið
06 E-Bow
07 Olsen Olsen
08 Hafssól
Encore
09 Sven-G-Englar
10 Popplagið

(já pensei em criar aqui uma página dedicada a concertos, mas... não sei...)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Sétimo Domingo do Tempo Comum – Ano A

Hoje o Evangelho apresenta o conceito fundamental do cristianismo. Nas semanas anteriores tivemos as novas leis, as novas interpretações do Antigo Testamento, hoje este conceito fundamental revela-nos um pouco da essência do próprio Deus.

Na primeira leitura temos o Senhor, através de Moisés, a estabelecer um mandamento de amor ao próximo. Este mandamento reside na necessidade de nós sermos santos como Deus é santo. Deus não odeia, nós também não devemos odiar. Se afastarmos o ódio do nosso coração, já estamos a ser um pouco como Deus.

E ser parecido com Deus, faz de nós templo Dele, onde Ele habita. Isso é bem explicado na segunda leitura por São Paulo. Cada um de nós é habitado por Deus. Vejamos então esta relação com uma imagem humana. A casa de alguém normalmente reflecte quem a habita. Todos temos tendência para personalizá-la ao nosso gosto e às nossas necessidades. Estaremos mais confortáveis e “felizes”, consoante estejamos mais identificados com o nosso lar. O mesmo acontece com Deus e com o Seu templo. Somos o Seus templo, se formos conformes a Ele, mais parecidos estaremos, até chegarmos ao ponto de não se separar a habitação do ocupante.

Esta identificação entre nós e Deus tem que vir da nossa essência. Ela deverá adequar-se à essência de Deus. Se Deus é Amor, uma manifestação principal disso é através da Misericórdia. Saber perdoar é uma arte a ser aprendida e praticada ao longo da vida. Saber perdoar é abdicar dos nossos direitos a bem do próximo. Quando Jesus diz: “se te baterem, oferece a outra face”, Ele está a dizer que devemos manter-nos abertos ao outro e dar-lhe outra oportunidade. A reacção animal é de defesa, fuga, contra-ataque, isolamento, corte de relações. Dar a outra face é recusar isso tudo. É dar oportunidade para o outro perceber o mal que fez, restabelecer a relação.

Para sermos capazes de fazer isso só seguindo o exemplo de Deus é que conseguimos. Nada em nós nos impele a sermos misericordiosos, se não for Deus, que nos habita, a inspirar-nos pela presença, pelo exemplo, pelos dons do Espírito Santo. Perdoar é um acto de vontade nossa. Numa primeira fase, talvez seja para estarmos de bem com Deus, depois quando já formos mais parecidos com Ele aí será já por desejo de bem para quem os magoou, ofendeu.

Jesus dá-nos outro argumento para imitarmos Deus. Se formos com os que não conhecem a Deus ou não querem conhecer, onde está o nosso ganho? Se nos dizemos cristãos, então temos que agir como Deus. Amar todos, sobretudo os que nos são desagradáveis. Este amor significar sermos misericordiosos, estarmos abertos à relação, por mais desagradável que nos seja. Há sempre uma forma de mantermos a porta aberta, até porque para haver relação é necessário haver movimento dos dois lados. A nós cabe manter o caminho aberto para irmos até ao outro. Já não podemos obrigar o outro à relação, tal como Deus não nos obriga a nada.

Mais, o longo dos Evangelhos fica claro que Deus dá mais valor à misericórdia, do que à grande atitude ou sacrifícios. Todos pecamos, mas se na nossa imperfeição compensarmos as falhas com misericórdia, somos perdoados. É isso que dizemos no Pai Nosso: “perdoai a nossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos tem ofendido”.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Errata

Hoje no blog Terra dos Espantos foi anunciado que a Primavera está aí... por causa do avistamento de duas andorinhas. Fiz uma pergunta ao autor sobre umas árvores que costumam avisar-me do regresso do tempo primaveril.

O autor respondeu-me que talvez as árvores a que costumava chamar Olaias devem ser Ameixoeiras-de-jardim. Remeteu-me para o seu outro blog, O Botânico Aprendiz na Terra dos Espantos. Como pude confirmar aqui, afinal elas chamam-se Ameixoeiras-do-jardim.


Assim sendo, aqui fica uma errata às seguintes publicações: