Novo ano, nova caminhada. Quando se começa alguma coisa é prudente saber a finalidade, olhar para o fim do processo para saber como devemos lá chegar. É isso que o Advento faz: preparar o novo ano para uma nova e melhor vivência da Ressurreição de Jesus.
Neste primeiro domingo a mensagem é de vigilância. Estar a tento aos sinais do tempo, estar atento aos sinais da nossa vida cristã, estar atento ao que podemos fazer, ao que não temos feito, estar atento ao centro da nossa vida.
Quer queiramos ou não Deus é o final da nossa caminhada. Para Ele confluímos, caminhamos e somos atraídos. É tão certo como sabermos que vamos morrer. Por isso devemos estar atentos, preparados, pois tal como Jesus diz não sabemos a hora nem o local.
Neste Advento, tempo de preparação, temos a oportunidade de pensarmos sobre o que temos feito na nossa vida. Estamos preparados para entrar na arca como Noé ou andamos entretidos casando e dando-nos em casamento, comendo e bebendo?
Como Cristão temos que estar acordados, prontos para a vinda do noivo. O Advento apela para nos convertermos à Luz, para deixarmos as trevas da vida imediata e olharmos para longe. Lá está a cidade eterna, é está o nosso destino. Larguemos tudo o que nos pesa e dificulta a viagem. Fazendo isso chegaremos lá mais leves e limpos.
3 comentários:
Quando andava na catequese, bem ouvia falar do Advento, mas nunca ninguém me explicou o que era (e eu, nessa altura, era tímida demais para perguntar fosse o que fosse). Depois, tive épocas em que ia bastante à missa, outras que não. Continuei sem saber o que era o Advento. Até que cheguei à Alemanha. Aqui, tanto entre católicos, como protestantes, o Advento é algo muito festejado (o Jota já leu o post que fiz sobre isso). É bom saber que já se assinala a data em igrejas portuguesas, mas parece-me que nunca será hábito entre a população.
É o Advento e o Pentecostes. Em Portugal, quem não for muito ligado à igreja, nem sabe o que é, nem quando é o Pentecostes. Na Alemanha, é festejado, a segunda-feira de Pentecostes até é feriado.
Realmente Portugal que se diz maioritariamente católico parece-me que o mostra muito pouco. Talvez seja porque durante muito tempo o Estado e a Igreja estiveram demasiado juntos e com a República caímos no oposto.
O desejo dos republicanos de separar o Estado da Igreja levou a um afastamento radical da tradição... embora não sei se havia antes tradições dessas, História não é o meu forte :(
Por cá o Advento caracteriza-se pelo consumismo e pelas luzes nas ruas.
Aproveito a ocasião para pedir mais relatos dessas diferenças e tradições alemãs. Não me lembro se já escrevi aqui, mas um dos meus autores preferidos é o Herman Hesse e aprecio bastante Richard Wagner. Estes meus gosto vão ao ponto de querer aprender a língua (o que cá entre nós lhe digo: está a ser difícil).
Bem, claro que na Idade Média havia muitas tradições, como não havia relógios e só os conventos tinham calendários, as pessoas regiam-se precisamente pelos acontecimentos religiosos. Nos últimos tempos antes da implantação da República, não sei.
A época salazarista também se caracterizou por uma grande religiosidade, mas, na verdade, também por uma grande ignorância. Pouco era explicado ao povo, que não devia saber "demais"!!!
Na Alemanha, embora o Advento seja muito assinalado, também há muito consumismo e luzes na rua. A época perdeu o seu significado tradicional, que seria um tempo de reflexão e até de abstinência. Hoje em dia, é só consumismo, barulho e stress, enfim...
Amigo Jota, acredito que a aprendizagem do alemão lhe esteja a ser difícil. É normal. Eu, que sou licenciada em "germânicas" e que já tinha sido professora de alemão em Portugal, quando aqui cheguei, quase não conseguia conversar com as pessoas. E só comecei a poder ler livros depois de 4 ou 5 anos de estadia neste país.
Mas não tenciono desencorajá-lo, acho até muito louvável essa sua intenção. Vá em frente! E, já agora, as melhoras (já li o último post ;)
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