As leituras deste último domingo deste ano litúrgico falam da realeza de Jesus, do contraste entre a realeza humana e a divina. Das nossas expectativas e da realidade divina.
Na primeira leitura é narrado o momento em que David passou a reinar sobre o reino e Israel unificado. Ele durante uns anos reinara sobre Judá e só depois as restantes tribos o aceitaram como rei. David para os judeu sempre foi o modelo de rei que unifica todos à sua volta. É natural que esperassem do Messias algo parecido.
No Evangelho vemos como essa imagem estava tão enraizada nos judeus que tiveram a oportunidade de conviver com o Messias e não o reconheceram. Zombaram Dele na cruz. Foram a Sua última tentação.
Jesus veio unificar todos os povos em Seu redor, tal como David fizera com as tribos de Israel. Mas a unificação não foi política, militar, cultural ou mesmo física, foi espiritual. Todos somos irmãos, iguais perante nós e perante Deus. É essa a unidade. Deus viveu e vive entre nós, é algo muito mais profundo que a presença no Templo de então.
Neste dia de festa solene fica a pergunta: reconhecemos o nosso Rei no nosso dia-a-dia? Reconhecemos que Jesus vive entre nós hoje, neste momento? Reconhecemos Jesus na pessoa do nosso irmão? Na pessoa de quem não reconhecemos nenhum valor? Ele também está no mendigo, no marginal que dorme na rua, no criminoso na prisão, naquela pessoa que nos incomoda. Reconhecemo-Lo neles? Porque eles são os pequeno de que Jesus nos falava. Ele também é Rei deles.
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