A Igreja Católica está a celebrar neste ano o nascimento de São Paulo há 2000 anos. Do dia 29 de Junho de 2008 até à mesma data do próximo ano está a celebrar-se então o ano paulino. Os bispos portugueses pediram ao Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Anacleto de Oliveira, que elaborasse um roteiro para este ano. O resultado foi um livro chamado “Um ano a caminhar com São Paulo”. Desde esse domingo, dia 29, tenho lido um capítulo por semana, como é proposto. Nesta semana o capítulo aborda um assunto que sempre me incomodou: a forma como a mulher é considerada (ou desconsiderada) na Bíblia, no presente caso no pensamento de São Paulo.
Fiquei surpreendido, agradavelmente, com os esclarecimentos sobre a passagem, Ef 5, 21-33. Resumindo: São Paulo apela às mulheres que se submetam aos seus maridos e aos maridos que amem as esposas como a sim mesmos, usando como modelo a relação de Jesus com a Sua Igreja. O que sempre me incomodou foi a palavra submeter em relação às mulheres. Por causa do peso desta palavra não reparava no que era dito depois em relação aos maridos. E a passagem trata dos maridos muito mais extensamente do que para as mulheres.
Ora o que se passava na altura em que São Paulo escreveu a carta aos Efésios era que o estatuto da esposa era pouco mais elevado que o do escravo. Desta forma é absolutamente revolucionário que era proposto aos maridos: amar as esposas como aos seus próprios corpos, não de uma forma egoísta, mas porque as esposas fazem corpo com eles. Assim o marido não podia sentir-se e agir como dono da esposa, mas tratá-la como parte de si, como igual a si. Através do baptismo todos são iguais, homens e mulheres, o que faltava fazer era superar as barreiras culturais.
São Paulo tenta convencer os maridos usando o exemplo de Cristo e da Igreja, Ele é o marido e ela a esposa. Cristo pela Igreja deu a sua vida e ressuscitou para salvá-la. O esposo deverá amar a sua esposa de igual forma. Este amor, que não se resume ao sentimento romântico, considera tudo e todos superiores a si próprio.
Desta forma compreensível o pedido de submissão às mulheres, elas deviam substituir a submissão cultural pela submissão por amor cristão em igualdade com os seus maridos.
Desta forma é espantosa a ousadia de São Paulo, que me parece ter uma “má fama” na actualidade. Acho que não estou errado em dizer que São Paulo tem uma boa quota-parte de responsabilidade na melhoria da situação da mulher na civilização judaico-cristã.
Provavelmente a Igreja não conseguiu influenciar a Cultura o suficiente para que agora, 2000 anos depois, a mulher tenha um estatuto igual ao do homem. Tem sido um processo lento, demasiado lento, mas espero que seja ao menos seguro e irreversível.
Fiquei surpreendido, agradavelmente, com os esclarecimentos sobre a passagem, Ef 5, 21-33. Resumindo: São Paulo apela às mulheres que se submetam aos seus maridos e aos maridos que amem as esposas como a sim mesmos, usando como modelo a relação de Jesus com a Sua Igreja. O que sempre me incomodou foi a palavra submeter em relação às mulheres. Por causa do peso desta palavra não reparava no que era dito depois em relação aos maridos. E a passagem trata dos maridos muito mais extensamente do que para as mulheres.
Ora o que se passava na altura em que São Paulo escreveu a carta aos Efésios era que o estatuto da esposa era pouco mais elevado que o do escravo. Desta forma é absolutamente revolucionário que era proposto aos maridos: amar as esposas como aos seus próprios corpos, não de uma forma egoísta, mas porque as esposas fazem corpo com eles. Assim o marido não podia sentir-se e agir como dono da esposa, mas tratá-la como parte de si, como igual a si. Através do baptismo todos são iguais, homens e mulheres, o que faltava fazer era superar as barreiras culturais.
São Paulo tenta convencer os maridos usando o exemplo de Cristo e da Igreja, Ele é o marido e ela a esposa. Cristo pela Igreja deu a sua vida e ressuscitou para salvá-la. O esposo deverá amar a sua esposa de igual forma. Este amor, que não se resume ao sentimento romântico, considera tudo e todos superiores a si próprio.
Desta forma compreensível o pedido de submissão às mulheres, elas deviam substituir a submissão cultural pela submissão por amor cristão em igualdade com os seus maridos.
Desta forma é espantosa a ousadia de São Paulo, que me parece ter uma “má fama” na actualidade. Acho que não estou errado em dizer que São Paulo tem uma boa quota-parte de responsabilidade na melhoria da situação da mulher na civilização judaico-cristã.
Provavelmente a Igreja não conseguiu influenciar a Cultura o suficiente para que agora, 2000 anos depois, a mulher tenha um estatuto igual ao do homem. Tem sido um processo lento, demasiado lento, mas espero que seja ao menos seguro e irreversível.
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