Quando ainda andava saborear o dvd heima e o cd duplo hravf/heim, ou seja no início de 2008. A banda entretinha-se a gravar um novo disco. Pela primeira vez algumas gravações foram fora da ilha e tiveram com produtor um músico de renome internacional, o Flood. A gravação foi rápida e no início do Verão foi editado o cd com o nome de med sud i eyrum vid spilum endalaust.
A primeira coisa que estranhei foi a capa. Até agora o grafismo tinha sido bem diferente. Depois estranhei a ousadia.
A primeira coisa que estranhei foi a capa. Até agora o grafismo tinha sido bem diferente. Depois estranhei a ousadia.
A banda disponibilizou gratuitamente o primeiro single. Mais um choque. Gobbledigook pouco tinha a ver com toda a discografia anterior da banda. É um tema alegre, bastante ritmado e sem a guitarra etérea tão característica.
Saiu o cd e após a primeira audição senti uma grande desilusão. Os sigur rós tinham cortado com o passado. Este cd estava indelevelmente influenciado pela experiência da digressão na ilha que deu origem ao heima.
Os primeiros temas eram alegres, mas a partir do festival o silêncio, o sussurro e a guitarra acústica tomaram conta do disco. Reagi mal. Compreendia que os músicos sentem necessidade de experimentar coisas novas, que não querem repetir a mesma fórmula, mas este caminho não me dizia nada.
Até ao concerto que tiveram em Lisboa, dei pouca atenção ao disco e à banda em geral. Depois li esta reportagem e decidi dar uma segunda hipótese ao cd. Ouvi várias vezes no meu mp4, vi algumas actuações no youtube e vi o vídeo possível do primeiro single.
Actualmente vejo este disco como um acto de libertação. O nudismo da capa e do vídeo representam essa libertação. Eles estão bem com o mundo e em paz. Depois da alegria do takk e do regresso às origens com heima, a vida continua com um zumbido nos ouvidos... sempre tocando...
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