quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

sigur rós III

O segundo cd que comprei dos sigur rós foi o (). Este disco é muito especial.
Não tem título.
Não tem créditos no interior.
A língua usada é inventada.
O livrinho no interior está em branco para o dono do disco escrever, se quiser, as letras que a música lhe inspira.
Há um som que se ouve no início e que se repete no fim.
Entre a faixa 4 e a 5 há um silêncio de 30 segundos que serve para dividir o cd em duas partes, a primeira mais intimista e a segunda mais expansiva.

Talvez por causa do caracter algo translúcido do livrinho, aliado a sugestão de ramos de árvores, imagino este disco como o disco do Outono.

Desde o primeiro cd do grupo, que ainda não falei dela, que existem temas cantados numa língua criada e baptizada por eles chamada vonlenska (hopelandic em inglês, algo como esperancês na nossa língua). Neste cd todos os temas cantados, a língua usada é esta. O esperancês é um conjunto de silabas baseadas no islandês, sem um sentido nem gramática definida. Não tenho a certeza, mas parece-me que ouvi dizer que os Beatles tinham uma técnica de composição em que usavam palavras à toa para encaixar na música, antes de escreverem as letras definitivas. A técnica do esperancês é idêntica.

Outra particularidade do som dos sigur rós é o uso do arco de violoncelo para tocar a guitarra. O vídeo ao vivo do svefn-g-englar é um bom exemplo. Esta forma de tocar a guitarra gera uma sonoridade mágica bem patente no ágætis byrjun e neste ().

Aqui fica a minha faixa preferida. É a última do disco, a nº 8, infelizmente este tema ao vivo dura mais de 10 minutos, mas fica a "parte final".



Mais tarde escreverei sobre Heima de onde este vídeo foi tirado.

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