Se eu for à minha paróquia participar na Vigília Pascal, vou sentir-me só e desacompanhado. Se ficar aqui a assistir pela Tv da Diocese de Aveiro, desacompanhado e sozinho vou estar.
A solidão e a tristeza são as minhas sombras...
Se alguém, por milagre vier aqui pode assistir à transmissão começa à 21:30.
Watch live streaming video from dioceseaveirotv at livestream.com
6 comentários:
Vou me deitar... tenho sono e evito sentir-me desprezível...
Amigo Jota, já leu os meus posts sobre a criança interior? Não lhe apetece descobrir (ou melhor, reencontrar) a sua criança interior? Acredite que é uma boa cura para a solidão.
Deus está dentro de nós, não fora!!! Não há salvação possível, enquanto não acreditar em si próprio. Tem de descobrir a sua força interior. Essa força está na criança que o Jota foi, mas a quem não dá atenção, a quem não ouve.
"Deixai vir a Mim as criancinhas, não as afasteis, pois a elas pertence o reino de Deus" - Mc 10, 14.
Descubra (ou reencontre) primeiro a criança dentro de si. Assuma-a! Assuma as suas tristezas, as suas necessidades, a sua revolta! Seja um pouco egoísta, ou melhor, aquilo a que se concebeu chamar egoísmo (mas que não o é). Console e satisfaça a sua criança, trate dela, como gostaria que tivessem tratado de si, em criança.
O resto, acontecerá sem esforço. Os primeiros passos podem ser dolorosos. Muito dolorosos. Mas valem a pena.
Obrigado, Cristina, pelo apoio e pela sugestão. Eu sou dado a grandes oscilações de estado de espírito. Hoje sinto-me melhor do que nos últimos dias.
Em relação aos seus posts li pelo menos um, mas confesso que vivo actualmente de uma forma muito superficial, parece que não tenho tempo para nada, para aprofundar nada, vivo agrilhoado por horários.
Talvez esta forma de viver esteja na origem de muitos dos meus problemas.
Reencontrar a criança interior? Procurar memórias da minha infância? Os meus sonhos de então? Ver o mundo de novo por esse prisma?
É curioso que tenha andado convencido que até tenho uma forma de encarar as coisas jovem... mas talvez frívola... infantil...
E não é essa a ideia, pois não? Não. Para já deixo-me ficar pelas reticências...
Eu lembrei-me da criança interior, depois de ler o seu próprio comentário, em que diz sentir-se desprezível. Se há momentos em que se acha desprezível, é porque alguém o convenceu de tal. O reencontro com a criança interior ajuda-nos a descobrir quais os falsos pressupostos em que acreditamos, porque nos ensinaram a acreditar neles (mesmo que não fosse por mal). Ajuda-nos a descobrirmos o nosso verdadeiro ser.
Pegue numa sua fotografia de criança, uma de que goste particularmente, e pergunte: esta criança é desprezível? Junte mais alguns defeitos seus e faça a mesma pergunta. Vai constatar que a maior parte deles não são verdade, o Jota pensa que sim, porque está habituado a acreditar nisso. É um exercício que ajuda a melhorar a auto-estima.
E sempre que se sinta desprezível, lembre-se daquela criança. Verá como ela se enfurece consigo e lhe diz: "eu não sou desprezível e tu bem sabes disso. Por isso, não me chames desprezível." Deixe-a ralhar consigo, descarregar a sua fúria. Ajude-a, imagine que a abraça e diga-lhe: "não és desprezível, desculpa ter-te chamado isso mais uma vez." E, quando a criança, confortada, lhe sorrir, vai ver como se sente bem. Vai ver como sente a força de Deus dentro de si. Tem de se concentrar neste exercício, é uma espécie de meditação.
Também se pode imaginar numa situação dolorosa que lhe aconteceu em criança. Depois imagine que você, o adulto, vai consolar essa criança. Deixe-a chorar, abrace-a, console-a. Faça aquilo que gostaria que os seus pais tivessem feito e não fizeram. E, quando ela lhe sorrir, sentirá, de novo, essa força dentro de si.
Ao descobrirmos que acreditamos em pressupostos falsos sobre nós próprios, é natural que sintamos uma certa revolta contra os próprios pais. É difícil e doloroso. Mas acabamos por lhes perdoar. No entanto, primeiro, temos de tomar consciência do que está falso.
Ninguém é desprezível, amigo Jota, nem por alguns momentos. Descubra porque se acha assim, o que o leva a acreditar nisso.
Sentia-me desprezível porque não conseguira ir contra os receios da minha mãe indo à vigília pascal na igreja e não acompanhara até ao fim a transmissão pela internet, como fizera o ano passado.
Não estava bem comigo próprio por não ter feito nem uma nem outra coisa.
Sabe, é aquela sensação de não estarmos bem dentro da nossa pele. Não sou o actor certo para este filme.
O que acho mais interessante é que em termos de sonhos e desejos para a minha vida, não noto grandes diferenças dos meus tempos de criança. Então não tinha um objectivo definido para quando fosse grande. E agora... continuo a não ter.
O que mais gostava de fazer era imaginar como a minha vida futura iria ser. Imaginava histórias baseadas naquilo que via na televisão. Actualmente, ainda faço isso, mas vejo o tempo a esgotar-se. Há coisas que não poderei vir a fazer e por isso não posso imaginá-las.
Olho para trás e vejo tanto tempo desperdiçado a sonhar. Sonhei e não vivi. Vivi imensas vidas na minha cabeça. Tento pôr alguma no papel, mas a esmagadora maioria perdeu-se.
Não tenho amigos de infância. Não tenho histórias de amor para lembrar, excepto as que imaginei e essas não aliviam a minha frustração.
Nos primeiros tempos deste blog ainda consegui encontrar histórias para contar, mas há muito que isso se perdeu. Apresento vídeos e bandas. Ocasionalmente apresento uma notícia e escrevo a minha leitura das leituras dominicais.
O inglês tem a palavra looser, que é mais forte que falhado. olho para trás e sinto-me looser. Não tenho aqui a tal fotografia que eu gosto, mas pergunto-me o que correu mal, miúdo?
(há um filme com o Bruce Willis em que ele encontra o seu eu em criança)
Um montão de coisas, imagino-o dizendo. E agora? Não tenho forças para mudar. Pois...
Enfim, todos nós temos os nossos maus momentos (eu também, por isso, me dediquei a esta prática da criança interior, a mim, faz-me bem). E eu sei que a sua vida não é fácil. Mas, dentro dos possíveis, tente reger-se mais a partir dos seus próprios desejos, do que dos da sua mãe...
Não conheço esse filme do Bruce Willis, parece interessante.
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