Ler este livro é uma experiência interessante. A linguagem é cuidada, "queirosiana" como o autor me contou. Nas primeiras páginas mergulhamos nessa linguagem e mesmo que se nos sentirmos perdidos não o estamos realmente. Este mergulho em adjectivos, frases longas entrecortadas, criam o ambiente, a atmosfera onde a acção vai decorrer: África.
Não tenho nenhuma referência pessoal sobre o continente africano. Não tenho histórias de homens da família na guerra (só um primo de terceiro grau esteve na Guiné e um tio, mas este era marinheiro e tenho pouca intimidade com ele). Nunca saí da fronteira do continente. Por isso os cenários que aparecem neste livro dizem-me pouco para além do que é dito. Gostei de ter contacto com eles, mas certamente alguém que tenha vivido em África vibraria muito mais com a narrativa.
Por outro lado, e isto é um elogio, achei o livro pequeno, quero saber mais sobre o que aconteceu ao italiano Mancini e ao seu descendente Benguela. Percebo porquê que o livro tem este tamanho, mas o autor como excelente contador de histórias que é causa mais sede do que sacia...
Fico à espera do próximo.
1 comentário:
Ler enriquece o espirito!
Boas leituras, sempre!
Bjs
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