A Quaresma é um tempo de purificação e reflexão, uma está dependente da outra. Isto para quê? Para se viver melhor a Páscoa.
Desta vez constatei que uma das minhas principais tentações é querer sempre o máximo. Não me parece especialmente mau ver a vida como uma subida, o problema é ver-me sempre a chegar lá a cima. Sempre que entro num projecto penso no sucesso, nos resultados, crio expectativas. Na maior parte das vezes falho. E não aprendo a fazer as coisas sem me importar com o resultado.
Se isto acontece a nível profissional e pessoal, também acontece a nível religioso. Tenho dificuldade em imaginar um projecto em que possa entrar e não pensar nos resultados. Por exemplo, se entrar para uma instituição de solidariedade social, consigo imaginar-me uma vida inteira totalmente anónimo? Sem imaginar quantas pessoas estou mesmo a ajudar, se a minha ajuda vai fazer diferença na vida dessa pessoa?
Deus ama-nos. É gratuitidade pura. Ele ama sem esperar nada em troca. Jesus morreu na cruz confiando, mas não esperando nada.
Nesta reflexão cheguei à conclusão que Deus espera de mim amor e não grande coisas, gestos ou sacrifícios. O meu amor é que deverá ser a medida dessas coisas. Se for muito grande, então deverei empreender grandes esforços. Mas isso não quer dizer que deverei esforçar-me menos se amar menos. Tenho que purificar os meus esforços. Neste momento são pequenos gestos que devo fazer. Como por exemplo a saudação com aleluia.
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