Sexta-feira passada recebi um boa notícia no trabalho, notícia inesperada e digna de festejo. Quando cheguei a casa esperava alegrar a minha mãe, mas nada disso aconteceu. Ela estava ainda em estado de choque. Nós temos uma vizinha doente e a minha mãe foi lá ver como estava e perguntar se queria comer alguma coisa. Demorou-se uns dez minutos. Como não ia demorar fechou a porta só com o trinco. Quando regressou não encontrou o meu pai em lado nenhum. Assustou-se muito. Ouviu vozes do lado de fora. Foi ver e descobriu o meu pai acompanhado por dois vizinhos regressando a casa. O meu pai, vá-se lá saber porquê, foi apanhar o elevador do outro lado e ficou lá preso. Os vizinhos tiveram que accionar o elevador manualmente.
A doença do meu pai atingiu já o estádio de sair de casa desnorteado. Estamos com mais um problema. Agora fechamos à chave a porta, antes tínhamos só uma tranca, pois preocupava-nos quem entrava e não quem saía. Tenho que pensar seriamente em contratar apoio profissional para ajudar a minha mãe, se ela já está bastante presa a casa... o que será daqui para diante?
Este foi um primeiro sinal – ter maior cuidado com o meu pai. Outro sinal foi que não devo sobrevalorizar as boas notícias, pois podem desviar-me do meu caminho. Deus parece estar a dizer: “Atenção jota, o essencial não é o conteúdo da boa notícia, mas sim o que vais fazer com ele”. Agradeço a Deus o aviso, mas preferia que isso não envolvesse o meu pai e a minha mãe.
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