Estou a escrever pouco depois do incidente que presenciei no autocarro, quando vinha para o trabalho.
De vez em quando lá acontece uma discussão entre dois passageiros. Hoje foi porque a mulher acusava o homem de a ter passado à frente. Houve uma azeda troca de insultos, mais da boca da mulher do que da boca do homem.
O que me fez pensar foi o comportamento da mulher depois do o homem deixar de dar resposta. Ela continuou a resmungar de forma bem audível. Podem dizer: se era audível, não era resmungo, mas não tenho outra forma de o dizer.
Noto nalgumas pessoas esse hábito irritante de falarem para elas próprias, mas de forma audível para quem está perto. Tenho uma colega do trabalho assim. Nos primeiros tempos dela na empresa, quando havia um “desencontro de opiniões” comigo e no final quando eu dava por finda a discussão, ela continuava murmurando frases que poderiam reacender a contenda. Até parecia que queria continuar com a desavença.
Essas pessoas são incapazes de calar e de gerirem em silêncio os seus demónios e fantasmas. Mais grave parece-me que é quando isso acontece em público, como no autocarro, não se sabe se a outra pessoa é violenta ou não.
Este tipo de atitude pode gerar problemas desnecessários. Isto faz-me lembrar um pequeno episódio de ontem, no regresso para casa. Estavam duas pessoas para sair numa paragem, uma senhora e um senhor. Ele mal a porta se abriu avançou e deu um pequeno toque no braço dela. A senhora já tinha uma certa idade e levou algum tempo a sair. Quando estava já no passeio começou a falar alto: “vai com pressa, vai com pressa”. O senhor já devia ir longe quando ela falou. Qual a necessidade de falar? O único resultado foi ter causado estranheza nas pessoas no autocarro. Já vi discussões inflamarem-se por causa de episódios destes: alguém fala e alguém compreende mal a mensagem. Os mal-entendidos nascem de coisas muito pequenas.
É sinal de sabedoria saber calar, saber gerir o silêncio ou saber parar.
De vez em quando lá acontece uma discussão entre dois passageiros. Hoje foi porque a mulher acusava o homem de a ter passado à frente. Houve uma azeda troca de insultos, mais da boca da mulher do que da boca do homem.
O que me fez pensar foi o comportamento da mulher depois do o homem deixar de dar resposta. Ela continuou a resmungar de forma bem audível. Podem dizer: se era audível, não era resmungo, mas não tenho outra forma de o dizer.
Noto nalgumas pessoas esse hábito irritante de falarem para elas próprias, mas de forma audível para quem está perto. Tenho uma colega do trabalho assim. Nos primeiros tempos dela na empresa, quando havia um “desencontro de opiniões” comigo e no final quando eu dava por finda a discussão, ela continuava murmurando frases que poderiam reacender a contenda. Até parecia que queria continuar com a desavença.
Essas pessoas são incapazes de calar e de gerirem em silêncio os seus demónios e fantasmas. Mais grave parece-me que é quando isso acontece em público, como no autocarro, não se sabe se a outra pessoa é violenta ou não.
Este tipo de atitude pode gerar problemas desnecessários. Isto faz-me lembrar um pequeno episódio de ontem, no regresso para casa. Estavam duas pessoas para sair numa paragem, uma senhora e um senhor. Ele mal a porta se abriu avançou e deu um pequeno toque no braço dela. A senhora já tinha uma certa idade e levou algum tempo a sair. Quando estava já no passeio começou a falar alto: “vai com pressa, vai com pressa”. O senhor já devia ir longe quando ela falou. Qual a necessidade de falar? O único resultado foi ter causado estranheza nas pessoas no autocarro. Já vi discussões inflamarem-se por causa de episódios destes: alguém fala e alguém compreende mal a mensagem. Os mal-entendidos nascem de coisas muito pequenas.
É sinal de sabedoria saber calar, saber gerir o silêncio ou saber parar.
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