domingo, 21 de junho de 2009

Décimo Segundo Domingo do Tempo Comum – Ano B

Nas leituras de hoje há uma imagem comum: o mar tumultuoso. Como normalmente acontece as leituras têm várias leituras, desde a mais literal até à mais teológica ou simbólica.

No Evangelho vemos Jesus a acalmar uma tempestade no lago que estava a atravessar com os seus discípulos. Na primeira leitura o Senhor diz a Job que ele tem poder sobre todos os elementos, até sobre o mar. Jesus revela-Se como Deus e Senhor de tudo ao mandar o vento parar e o mar acalmar-se. Esta é a leitura mais imediata. Depois vem as palavras Dele censurando os discípulos pela sua falta de fé, afinal se Ele seguia no barco, como é que poderiam pensar que iriam ao fundo? É uma atitude muito comum, quando estamos numa tempestade esquecemos que Jesus está sempre connosco, que nada o que nos possa acontecer virá se não for por permissão de Deus.

Na segunda leitura, São Paulo mostra porquê que isso acontece. Todos estamos mortos por Cristo e por Ele já participamos na Sua Ressurreição. Estamos tão unidos a Ele que já é possível viver longe dele (excepto se formos nós a querer).

O meu pároco deu mais uma leitura para este texto do Evangelho. Este texto é como que uma parábola para explicar o que aconteceu nos primeiros tempos da Igreja (e desde então até ao presente). Os barcos são as várias comunidades cristãs. Jesus dormindo é a imagem de Jesus ausente fisicamente, mas presente no Seu Corpo. Se tivermos fé, ou seja, se pusermos a nossa confiança Nele, nenhuma tempestade, tribulação, nos afundará, porque Ele está sempre connosco.

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