terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Balanço do ano – música III

Para terminar esta secção do balanço quero contar a minha história com a banda Muse. A nossa história tem algum tempo. Há mais de um ano gravei um espectáculo deles que passou na RTP2. Eu gostava de algumas músicas, mas havia ali algo no espectáculo que me fez apagar a gravação.

O tempo passou. Neste ano saiu mais um disco, por curiosidade fui ao site e ao myspace deles. Gostei do que vi e ouvi. Eles têm uma secção para quem se registe no site onde podemos assistir aos dvds por eles editados com actuações ao vivo. Reconciliei-me com a banda e aproveitando uma promoção da Fnac comprei os três primeiros cd's da sua discografia. Naturalmente passei-os para o mp3 (acto legal, já que podemos fazer uma cópia dos cd's que compramos). Aqui a nossa relação atingiu um novo nível. Ouvi muito, principalmente quando ia para o trabalho a pé. Ouvi tanto que percebi a dada altura que isso estava a ter um efeito indesejado. Ainda não sei bem porquê, mas quando chegava ao trabalho a ouvi-los sentia-me ainda em mais dessintonia com os meus colegas do que o habitual.

Eu gosto das músicas, talvez seja porque só eu gosto e não posso partilhar este meu gosto com ninguém. Mas o mesmo acontece com os sigur rós e outros. Não sei. O que constatei é que sentia-ma afastado dos colegas. Por isso tenho ouvido menos e escolho só alguns temas.

Aqui ficam alguns vídeos.







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2 comentários:

Alma peregrina disse...

Olá meu caro amigo!

Venho aqui a correr para lhe mostrar um artigo interessante que, penso eu, pode ser um complemento àquela conversa que tivemos acerca da Ciência (bem como um comentário à sua crítica dos críticos do filme Avatar)...

http://m-francis.livejournal.com/126238.html

Pax Christi

jota disse...

Obrigado, Alma pela dica. Já guardei o blog nos meus favoritos para ir lá de vez em quando.

Achei bastante interessante e reparei num pormenor na minha escrita: realmente uso muito "eu sinti isto", "eu senti aquilo". Nem sempre é sobre acontecimentos. Algumas das minha opiniões são baseadas no meu sentir sobre um dado assunto.

Inconscientemente confundo o pensar com o sentir.

No meu texto sobre a Ciência o que escrevi foi baseado no sentir, pelo menos grande parte. É interessante constatar isto. Muita, ou toda, agenda mediática está direccionada para as sensações, para a imagem, para acontecimento.

Perante este dado tenho duas opções (haverá mais se pensar mais mum pouco): posso seguir esta corrente, ser um homem do meu tempo; ou então procurar ver qual é a corrente que devo seguir. Ou, terceira opção, esforçar-me para nos assuntos da razão, não usar o sentir.

Como se vê pelo parágrafo anterior sou mesmo um homem deste tempo, nem consigo articular uma enumeração simples.

Ou isso, ou estou com pouca vontade de escrever mais.

Enfim, obrigado pela dica.