domingo, 20 de dezembro de 2009

Quarto Domindo do Advento - Ano C

Estamos a chegar ao Natal. Neste domingo a figura que tem estado na sombra, no silêncio, aparece: Maria, mãe de Jesus. Mantém-se em silêncio, ele é a sua vestimenta, pois a única palavra que interessa está alojada no seu ventre.

Na primeira leitura aparece uma das várias profecias do nascimento do Justo, mas nesta Ela é referida, ou seja, profetizada. Já repararam que o Advento hoje assume um carácter novo? E se encarássemos este tempo como uma gravidez? O que é uma gravidez se não um tempo de espera e de preparação. Estaremos grávidos de Deus?

O que significou e significa a figura da Virgem Maria? Jesus não seria Deus connosco se não tivesse nascido como nós. Se Jesus tivesse tido um pai biológico, não seria o Filho de Deus, segunda pessoa da Trindade. Como já disse noutros textos, a virgindade de Maria é bem mais virgindade de pecado do que física. Jesus, Homem e Deus, só podia nascer de alguém puro, como Ele.

Tudo isto para que Ele oferecesse um sacrifício definitivo e completo, que nos redime.

Por outro lado o Evangelho de hoje lembra-nos que o Natal é também ter abertura aos outros. Maria assim que soube da gravidez da prima, um caso insólito, correu ter com ela e ajudou-a até ao nascimento do filho. E nós vamos correr para onde?

Também podemos ver Isabel como exemplo de alguém que estava a aberta aos outros. Alegrou-se e agradeceu a visita da prima. Somos capazes de agradecer o bem que os outros nos fazem? Ou não fazem eles mais do que a sua obrigação?

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