No sábado de manhã ao acordar tive momentos de terror ao imaginar-me a pegar num volante. Tinha que ajustar o banco, os espelhos. Ligar o motor. Como se faz aquilo com a embraiagem? Sincronizar os dois pés. As mudanças. Não poderia começar a andar como os outros condutores. Já ouvia as buzinadelas. Já via os sinais de luzes. Como fazer as curvas? Como chagar aos cruzamentos?
No dia em que fiz o exame de condução o avaliador disse-me que eu chegava demasiado de pressa aos cruzamentos, que travava muito em cima.
Eu sou muito nervoso e tenho tendência para cometer erros quando estou mais descontraído. Isso quer dizer que nunca poderei conduzir descontraído. Há tanta coisa a ter em atenção. E os outros? Tenho que saber avaliar distâncias (não é o meu forte). É pressuposto de todos os condutores na estrada de todos têm obrigação de serem no mínimos excelentes condutores. Não há tolerância para os lentos, atrapalhados ou cautelosos.
Eu quero ter uma vida tranquila. Coisa que a maior parte do tempo não tenho, mas ao menos preferia não procurar ocasiões para me enervar, para andar tenso.
Por isso tenho dito ao longo dos anos que queria comprar um carro já com motorista.
1 comentário:
Também eu, eheheheheh!
Comigo, assim que me deram a licença... fui obrigada a conduzir de imediato, no meio do transito, á hora de ponta... o coração parecia saltar pela boca, mas lá fui "devagaaaaaaaaaaar".
As buzinadelas ignorei-as, e tudo o resto!
O "desenrrascanso" veio depois, com as chamadas urgências, era preciso e eu ia!
É assim com todos!
Enviar um comentário