À primeira vista as leituras de hoje abordam o sofrimento de Jesus para nos salvar. A palavra sofrimento aparece em todas as leituras. Mas Jesus no Evangelho dá-nos a entender que não é por aí que passa a mensagem de hoje.
Na primeira leitura do profeta Isaías, o Messias é apresentado como o Servo que irá redimir todos, pecadores e justos, antepassados, presentes e futuros. Ele carregará com os crimes/pecados de todos.
Na segunda leitura São Paulo diz o mesmo substituindo o Servo por Sumo Sacerdote. Jesus o único e verdadeiramente eficaz Sumo Sacerdote, que nos liberta do pecado de uma vez por todas. Passa pela morte, pelo sofrimento, para dar a vida em abundância.
Jesus no Evangelho recebe o pedido dos irmãos Tiago e João para serem os Seus mais directos colaboradores no Reino. E Ele pergunta-lhes se estão preparados para o sofrimento que aí vem, que os espera. Eles imaginando-se como generais ou chanceleres do novo governo de Israel dizem que sim. O Mestre deve ter pensado “ok vocês não fazem a minima ideia do que Me espera e vos espera”. E aqui surge o sentido das leituras de hoje. Jesus para fazer descer das alturas as expectativas dos discípulos (de todos e não só dos dois irmãos) diz-lhes que o serviço é a essência da salvação e do Reino do qual Ele é rei.
O sofrimento de per si não adianta nada. É o serviço que conta, o amor que cada um deposita no serviço prestado.
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