As leituras de hoje falam-nos da família. Tem por base a Sagrada Família e a partir dela apresentam-nos o modelo a seguir.
Na primeira leitura vem o ideal humano do Antigo Testamento. Esta família tinha como pilares essenciais a figura do pai, em primeiro lugar, e a figura da mãe. Temos que compreender o contexto histórico em que estes modelos culturais existiam. O indivíduo sem uma família praticamente não tinha hipóteses de sobrevivência. Era necessária uma figura forte que agressasse aquele conjunto de pessoas. O modelo patriarcal impôs-se a outros que existiam há quatro e cinco mil anos. Ao que parece a sociedade celta seria mais matriarcal do que patriarcal. Também há indícios de sociedades em que os géneros eram mais complementares do que concorrentes.
O cristianismo veio dar uma nova dimensão à família, como bem se vê na segunda leitura. A família cristã já não era regida pela autoridade do pai, mas pelo amor, pelo respeito mútuo, pela caridade. Por isso não é de espantar a parte final da leitura em que São Paulo atribui uma missão a cada elemento da família. A leitura de hoje não inclui o que vem a seguir, mas o apóstolo até inclui os escravos no conceito de família e dá-lhes uma missão. Sempre passando pela caridade.
No Evangelho vemos a Sagrada Família aberta a Deus, agindo se acordo com a Sua vontade. Deus está no centro, é a figura tutelar, ocupa o lugar do patriarca, da matriarca. Deus agrega os elementos da família, é o cimento mais forte para esta construção, sem ele o edifício sofrerá danos mais graves.
O que faz falta à família do século XXI? O mesmo de sempre: sentido da necessidade de Deus no seu seio.
2 comentários:
Caro Jota,
Sim, acho que é uma boa ideia desabafar no blogue, todos temos os nossos problemas e escrever sobre eles ajuda muito. Como viu, tive igualmente necessidade de desabafar...
Ainda bem que o meu comentário ao seu post, ainda assim, ajudou, confesso que depois de o submeter a publicação fiquei com alguns problemas de consciência, perguntando-me se não teria sido dura demais. O seu desabafo era tão sentido e encontrava-se numa fase tão pessimista, que achei que o melhor seria uma mudança radical na sua vida. Mas quem consegue mudar radicalmente a própria vida? E quem sou eu para lhe dizer o que deve ou não deve fazer?
Enfim, gostei de saber que se sente agora melhor e, sim, vá fazendo aquilo que acha certo. Claro que a sua mera presença é uma grande ajuda para a sua mãe. É realmente difícil lidar com a doença do seu pai, já tenho lido sobre pessoas que estão na mesma situação. Desejo-lhe força, a si e à sua mãe.
Mas não deixe de fazer aquilo de que gosta. Por exemplo, já li aqui que um dos seus sonhos seria ter uma vivenda. Porque não vai escolhendo o sítio, fazendo planos, etc.? Os seus pais não durarão para sempre e essas coisas (construção de uma casa) demoram, não acontecem de um dia para o outro e sempre teria algo que o confortasse ainda mais. Além disso, a compra de um terreno costuma ser um bom investimento (apesar de que, nos dias que correm, já não há certezas dessas).
Mas vá fazendo planos, vá sonhando, isso ajuda :)
Desejo-lhe boa sorte nas suas aulas de condução. Tenha paciência, só se aprende a guiar bem com muita prática. Por isso, não pense que o problema está em si e, acima de tudo, não tente ser perfeito! Tente dar o seu melhor, sim, mas não se sinta derrotado ao constatar que não atinge a perfeição, ou que precisa de mais tempo do que o que pensava.
Continuação de Boas Festas e muita saúde e sorte em 2011!
Tornei a receber a informação de que o meu comentário era "too large". Mas isso já aconteceu uma vez, por isso, acho que desta também aí chegou ;)
Enviar um comentário