A Igreja celebra hoje a mãe de Jesus. Celebra porque é mãe de Jesus. Maria, é isenta de pecado original porque é mãe de Jesus. Em três frases usei a palavra mãe porque hoje é um belo dia para celebrar a mãe, as mães. A celebração passou para o primeiro domingo de Maio, mas hoje fazia mais sentido celebrar.
As leituras de hoje apresentam-nos a Queda Original na primeira leitura e no Evangelho o sim vitorioso. A segunda leitura fala das razões para a nossa existência. Deus criou-nos para nos amar. Muitas vezes fala-se do carácter maternal do amor de Deus.
Nos nossos projectos e actividades temos um modelo, uma guia a seguir: Maria. Ora vejamos. Ela não pediu nada a Deus, Ele escolheu-a para ser mãe de Jesus. Como não estava manchada com o pecado original pôde em liberdade aceitar a proposta de Deus. No mesmo livro de Lucas, uns versículos antes, uma proposta parecida é deita a Zacarias e ele duvidou. Maria, não. Ela quis entender o que lhe era proposto, somente isso. Não entendeu completamente, mas deu o sim por confiar em Deus. É isso que devemos fazer, confiar em Deus, confiar que as coisas acabarão por se resolver de acordo com a vontade de Deus.
Ela é modelo de fé e modelo de vivência, de forma de encarar as situações da vida. Certamente que uma gravidez fora do comum seria um problema complicado para uma jovem mulher. Ele assumiu esse problema como consequência do seu sim a Deus. Confiou.
Pela vida fora foi sempre assim. Não a vemos zangada, inquieta. Vemos a procurar entender, a meditar sobre o que lhe acontecia. Porquê? Porque confiava. Acredito que até à Ressurreição de Jesus ela pouco ou nada compreendeu sobre o que significava o messianismo de seu filho. Ela certamente, como boa judia, esperava um novo Rei David. E Jesus o que foi? Foi alguém muito ao género dela, humilde, meditativo, interveniente somente quando necessário. O Servo Sofredor de Isaías é um retrato fiel de Jesus e em certa medida de Maria, Sua mãe. É por causa do carácter reservado que Jesus herdou de Maria, que ele, nem ninguém da família, se apercebeu da grandeza de Jesus. Quando O viram a pregar, a curar, a falar com uma autoridade desconhecida, reagiram com estranheza. O Messias entraria na Cidade Santa em cima de um jumentinho, não conduzindo um carro de guerra.
Hoje é dia de celebrarmos a maternidade, a paternidade, o crescimento espiritual, a humildade e sobretudo a confiança em Deus.
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