Ontem ao regressar a casa ouvi uma conversa no autocarro que achei interessante. Vinham dois homens a falar sobre caracóis. Um dizia que o tempo deles estava a começar. Que os melhores são os apanhados em zonas com trigais. Esses são carnudos ao invés dos que se apanham por aí, magrinhos.
Isto fez-me pensar sobre a minha relação com estes bichos. Há muitos anos que não os como. Não tenho problema nenhum em fazê-lo, mas como nunca vamos restaurantes e cá em casa nunca se teve o hábito de os cozinhar...
Uma das últimas vezes que comi caracóis foi numa ida à praia da Caparica, talvez a primeira e última até agora. Eu devia não ter ainda dez anos. Fomos com um casal amigo. O meu pai fora colega de trabalho do pai dessa família. Lembro-me de termos passado a manhã na praia, que não gostei por causa das ondas. Almoçámos numa mata. Voltámos à praia e acabámos o dia num restaurante em Lisboa, no Martin Moniz. Já não existe, aquele largo deve ter sido dos locais da cidade pombalina que mais sofreu alterações no século XX. Nesse restaurante comemos caracóis. Tenho a ideia de ter gostado, sobretudo do molho.
Esta lembrança fez-me recordar outro dia da minha infância de almoçarada. Os protagonistas são as mesmas famílias, mas com a inclusão de outra. Mais um ex-colega de trabalho do meu pai. Este almoço aconteceu porque o meu pai tinha prometido a estes colegas, caso ganhasse o processo judicial contra a antiga empresa, que lhes pagaria um almoço. O dono dessa empresa por altura do PREC resolveu fugir para o Brasil e deixar os trabalhadores com ordenados e subsídios em atraso. O meu pai pôs a empresa em tribunal e recebeu uma indemnização. Acho que os colegas foram testemunhas e por isso o almoço.
O almoço foi num obscuro restaurante na Penha de França, onde comemos carne assada, acho que foi borrego ou carneiro. Depois viemos parar a uma marisqueira no início da Avenida Almirante Reis. Não me lembro se houve caracóis, talvez. Ou tremoços. Ou ambos. Marisco acho que não, pois eu lembraria-me por não gostar. O que me lembro bem foi esse dia ter ficado como marco para um dos poucos excessos que ive até agora. Bebi seis sumóis, provavelmente de laranja. Não sei se havia já de ananás. Lembro-me de pensar nessa época que tive a minha bebedeira de Sumol. Mesmo sem efeitos nem ressaca. Eu sempre fui muito imaginativo...
Isto fez-me pensar sobre a minha relação com estes bichos. Há muitos anos que não os como. Não tenho problema nenhum em fazê-lo, mas como nunca vamos restaurantes e cá em casa nunca se teve o hábito de os cozinhar...
Uma das últimas vezes que comi caracóis foi numa ida à praia da Caparica, talvez a primeira e última até agora. Eu devia não ter ainda dez anos. Fomos com um casal amigo. O meu pai fora colega de trabalho do pai dessa família. Lembro-me de termos passado a manhã na praia, que não gostei por causa das ondas. Almoçámos numa mata. Voltámos à praia e acabámos o dia num restaurante em Lisboa, no Martin Moniz. Já não existe, aquele largo deve ter sido dos locais da cidade pombalina que mais sofreu alterações no século XX. Nesse restaurante comemos caracóis. Tenho a ideia de ter gostado, sobretudo do molho.
Esta lembrança fez-me recordar outro dia da minha infância de almoçarada. Os protagonistas são as mesmas famílias, mas com a inclusão de outra. Mais um ex-colega de trabalho do meu pai. Este almoço aconteceu porque o meu pai tinha prometido a estes colegas, caso ganhasse o processo judicial contra a antiga empresa, que lhes pagaria um almoço. O dono dessa empresa por altura do PREC resolveu fugir para o Brasil e deixar os trabalhadores com ordenados e subsídios em atraso. O meu pai pôs a empresa em tribunal e recebeu uma indemnização. Acho que os colegas foram testemunhas e por isso o almoço.
O almoço foi num obscuro restaurante na Penha de França, onde comemos carne assada, acho que foi borrego ou carneiro. Depois viemos parar a uma marisqueira no início da Avenida Almirante Reis. Não me lembro se houve caracóis, talvez. Ou tremoços. Ou ambos. Marisco acho que não, pois eu lembraria-me por não gostar. O que me lembro bem foi esse dia ter ficado como marco para um dos poucos excessos que ive até agora. Bebi seis sumóis, provavelmente de laranja. Não sei se havia já de ananás. Lembro-me de pensar nessa época que tive a minha bebedeira de Sumol. Mesmo sem efeitos nem ressaca. Eu sempre fui muito imaginativo...
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