quinta-feira, 22 de abril de 2010

Análise, provavelmente errada, de algumas figuras políticas nacionais VII

Paulo Portas




É um político hábil. Tem muita experiência. Já esteve no poder, já esteve fora da política. Sabe estar nos vários papéis. Parece ser competente no que faz. É um excelente comunicador.

As qualidades como político também são desvantajosas. Ele iniciou no jornal O Independente um estilo de jornalismo que vive muito da exposição dos podres dos detentores de poder. Isso levou ao ponto actual em que o bom nome de quem quer que seja está na corda bamba.

Ele é um camaleão. Já foi o Paulinho das feiras, o defensor dos agricultores e reformados. Já foi o homem de estado quando esteve no Governo. Comparar os dois registos dão uma ideia de como ele se ajusta à situação. Isso pode despertar no espírito do eleitor uma desconfiança: será que ele defende esta proposta e mais aquela porque acredita ou por que é eleitoralmente vantajoso?

O sucesso eleitoral das últimas eleições deveu-se a uma estratégia simples: massacrar a campanha com dois ou três temas. Foram eles o subsídio de reinserção, a agricultura e (acho eu) a educação.

Sendo o CDS-PP o partido mais conservador, tem conseguido comandar alguns dos assuntos da actualidade política. Pelo menos durante o mandado da Manuela Ferreira Leite no PSD.

Duvido que o Paulo Portas chegue alguma vez a Primeiro Ministro, nem a Presidente, mas a Ministro em coligação com o PSD, ou mesmo com o PS, não me admirava.

No CDS-PP há outra figura que está em crescimento. É o Nuno Melo. Fala bem. Tem boa imagem. E beneficiou muito com a comissão de inquérito ao caso BPN. Ele poderá vir a ser líder o partido quando o Paulo Portas deixar a política.


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