sexta-feira, 16 de abril de 2010

Análise, provavelmente errada, de algumas figuras políticas nacionais II

Candidatos presidenciais

Manuel Alegre



Tem como ponto positivo o seu passado e ser escritor. Não é um tecnocrata, nem um político de máquina partidária. Apela à tradição portuguesa, ao sonho, ao nosso lado lírico. É independente, excepto das suas convicções.

Por outro lado, não é positiva a sua colagem à esquerda mais radical. Apesar de Portugal ser um país de esquerda, ainda traumatizado com a ditadura de Salazar, para chegar a Presidente da República é preciso ser mais abrangente e conquistar o centro. A idade também não ajuda.

Sente-se no ar uma necessidade de novos políticos. Manuel Alegre é um histórico.

Fernando Nobre



Tem a seu favor não vir da política. Tem um passado meritório. De todos os políticos no activo ele, que não é político, é único que tem realmente trabalhado para o bem comum, não só nacional, mas mundial. É conhecido e respeitado internacionalmente. Traz uma lufada de ar fresco. É o reflexo da saturação das elites que não estão no poder e nem querem ir para lá, mas querem mudança.

O lado positivo acaba por ser também negativo. O que é que um homem com este currículo vai fazer para a política? Nos dias de hoje a política não é uma nobre arte, não há nobreza nestes meios. Se alguém de fora que lá entrar ou é porque é ingénuo, e não deve ir, ou porque procura sair beneficiado, o que não abona a seu favor. Há uma certa errância nos apoios que tem dado ao longo dos anos, pode ser sinal de inconsistência política.

Seria bom tem um Presidente com este perfil, mas os portugueses só apostam no que conhecem ou em messianismos irresponsáveis.

Sem comentários: