terça-feira, 20 de abril de 2010

Análise, provavelmente errada, de algumas figuras políticas nacionais V

Pedro Passos Coelho


Recém eleito presidente do PSD, neste momento tem uma boa imagem. Representa uma esperança de mudança, uma alternativa. É lutador e persistente. Sabe o que quer e tem paciência.

Por outro lado, é fruto da juventude partidária, conhece e tem do seu lado a máquina partidária. Tanto pode ser bom como mau, mas a experiência diz-nos que deverá ser mais mau do que bom.

Tem a fama de ser liberal. Ser liberal tem má fama num país maioritariamente de esquerda, que sonha com um líder/governante forte, um Pai, que decida tudo e encha a barriga de pão. Ser liberal, neste contexto, é o pior que pode acontecer. Pedro Passos Coelho quer o Estado com um peso muito menor do actual. Diminuindo o Estado, a responsabilidade individual aumenta, por um lado, por outro os mais desprotegidos, impreparados e inadaptados ficarão à mercê dos poderosos e aproveitadores. O país terá que crescer em maturidade para viver num regime liberal. Portugal como nação quer ser liberal de costumes e conservadora de economia.

Outra desvantagem do líder do PSD é a sua semelhança com o Sócrates. Ambos quando começaram tinham boa imagem. Ambos trabalharam para chegar ao poder. Ambos entram para o leme dos seus partidos num contexto de crise e má imprensa dos Governos da altura. Todas estas semelhanças, juntando a teimosia, o que parece, dão má imagem ao Pedro Passos Coelho.

Para piorar, não há garantias que o partido se mantenha unido muito tempo, a não ser que lhe cheire a poder.

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