O Evangelho deste dia está divido em duas partes. Na primeira Jesus faz o segundo anúncio da Sua Paixão, Morte e Ressurreição. Ele será maltratado pelos ímpios, morrerá às suas mãos, mas o Pai o Ressuscitará.
Esta parte é corroborada pela primeira leitura, tirada do livro da Sabedoria, onde os infiéis põem à prova a fé do justo. São usadas imagens que veremos na Paixão. O que é que isto nos diz nos tempos de hoje? Todos somos pecadores. Então qual a diferença entre nós pecadores e os outros pecadores? Nós, cristãos, não estamos em paz com os nossos pecados porque temos fé na salvação e misericórdia de Jesus. Na semana passada Jesus dizia para pegarmos na nossa cruz e seguí-Lo. Este seguir é não abdicarmos de lutarmos contra o nosso pecado. Por isso estamos em constante Calvário, subindo, subindo em direcção da pátria definitiva.
A segunda parte do Evangelho está relacionada com a primeira por ser sua consequência. Os discípulos não entendiam as palavras do Mestre e interpretavam-nas à maneira humana. Discutiam sobre o poder que teriam no Reino de Jesus. Eles ainda não tinham a sabedoria de que falava São Tiago, na segunda leitura.
Termino com um exercício. Pegando na frase de Jesus dizendo que quem receber um menino, recebe-O a Ele, e substituo a palavra menino. Naquele tempo as crianças não tinham grande importância, por isso usou uma para exemplificar o que queria dizer. Na actualidade poderia dizer:
“Quem receber um destes:
meninos
pobres
refugiados
toxicodependentes
mendigos
doentes
é a Mim que recebe e quem Me receber, não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou”.
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