terça-feira, 7 de julho de 2009

Requiem


Hoje é o funeral do Rei da Pop. Sim, ele é o rei. Teve mérito para ostentar esse título. Se não tivesse existido, o mundo seria diferente. Então em quê que ele mudou as coisas?

Em primeiro lugar, o lugar da música negra no panorama global (apesar de ter ficado pálido ao longo dos anos, embora isso fosse lá com ele). O hip hop, o funk, a soul e o R&B não seriam o que são hoje, se ele não tivesse aberto as portas com a sua música, dança e atitude.

Influenciou a dança no hip hop e na sua aplicação nos mais variados géneros de espectáculos.
Talvez o youtube não existisse, se no Michael Jackson não tivesse dado tanta importância aos videoclips. Grande parte do seu sucesso tem por base essa parte da sua actividade artística.

E Barac Obama? Teria sido eleito se o Michael Jackson não tivesse ajudado a derrubar preconceitos durante as décadas de sessenta, setenta e oitenta nos Estados Unidos?

Teve participação activa na música we are the world, que juntamente com o Live aid contribuiu para uma tomada de consciência para os problemas no mundo.

Sonhou, lutou pelos seus sonhos, viveu-os, pagou o preço. Porventura foi a Alice que ficou do lado de lá do espelho.

Qual o seu legado?

Ter sido pioneira em várias áreas. Deixou algumas músicas. Deixou no imaginário colectivo a personagem, com todas as tonalidades de cinzento, que criou para si próprio. E deixa o título Rei da Pop vago, tal como Elvis deixou o seu de Rei do Rock.

Por isso é próprio dizer: Morreu o Rei, Viva o Rei!

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