Não tenho uma opinião fundamentada, nem formada, sobre em que regime político desejaria viver. Se República, se Monarquia. O que eu quero, é ser bem governado.
No entanto não me revejo nos candidatos às eleições de domingo. Tenho alguma simpatia pelo Fernando Nobre, mas não acredito que ele vença. Por outro lado, tenho dúvidas que me sentisse representado nele por causas das questões relacionadas com a Vida (aborto e eutanásia).
Por outro lado, que necessidade temos que o Chefe de Estado mude? O que é que o actual fez no seu cargo que valha a pena existir alguém nele? Controlou o Governo? Cooperação Estratégica. Controlou a Assembleia? Perdeu várias batalhas legislativas: estatuto dos Açores, casamento dos homossexuais. Guiou a Nação para um futuro melhor? Estamos numa crise quase tão má como a de inícios de oitenta.
O Presidente Sampaio teve azar no segundo mandato e teve que dissolver a Assembleia derrubando o Governo de Santana Lopes. No seu consulado o pais entrou no pantano, gastou a rodos e nada do que ele fez evitou a situação em que estamos.
O Presidente Soares foi o mais monárquico de todos, sobretudo no segundo mandato. Fez a vida negra ao Primeiro-ministro Cavaco. Do Presidente Eanes lembro-me do entre e sai de Governos.
Se tivéssemos um Rei como seria? Ele teria que ser uma figura menos política e mais presente. Seria um zelador das tradições o que seria provavelmente desagradável para a maioria sociológica de esquerda. Ainda estamos com uma imagem da monarquia do século XIX , essa é claramente bafienta e tão apetecível como a actual República.
Por isso o que fazer no próximo domingo? Sinto a obrigação de ir votar em homenagem aos que no passado deram a vida para que votar fosse um direito. Mas não estou certo em quem votar. Escrever “quero um rei” não é ainda o que desejo. Votar em branco é uma tentação. Talvez vote no Fernando Nobre, apesar das dúvidas, quem sabe se o ajuda a ter uma boa votação?
Uma coisa é certa o Cavaco quase de certeza que vai ser eleito...
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