As leituras de hoje falam-nos da humildade e da gratuitidade como normas de conduta para toda a existência, nas suas diversas vertentes. É a isso que Jesus nos chama a fazer e a imitá-Lo.
Jesus como bom Mestre não se limita a doutrinar do alto de uma cátedra, de um púlpito, de um palco, de um palanque. Ele mistura-se com a realidade e nela, após uma observação atenta, ensina a forma de sermos melhores em todas as situações. Dentro da realidade a Sua acção ajuda a transformar, a melhorar essa realidade. É o fermento que transforma a farinha.
Hoje Jesus foi convidado para uma refeição na casa de um fariseu proeminente na localidade onde estavam. Perante os comportamentos observados Jesus ensina que a conduta que agrade a Deus é a humildade. Porquê? Porque quem não é humilde acaba por mais tarde ou mais cedo substituir-se a Deus. Quando falta a humildade a noção das distâncias entre nós e Deus, entre nós e os outros, entre nós e as nossas acções, deturpa-se e facilmente nos convencemos que somos algo que na realidade não somos.
O meu pároco disse na homilia de hoje uma definição de Santa Teresa de Ávila para humildade. Ser humilde é viver na verdade. É humilde quem vive na verdade de quem é, nas coisas boas e nas coisas más. Quem se conhece e reconhece as suas fragilidades. Quem sabe que as suas qualidades não são sua propriedade, mas dons de Deus, dádivas, cheques ao portador que um dia teremos que cobrir. Se somos bons em alguma área, se somos reconhecidos e estamos nos primeiros lugares, é porque Deus quis, permitiu e ajudou. Viver na verdade é muito difícil, não é?
Outra vertente do Evangelho de hoje aborda a gratuitidade. Jesus na primeira parte falou para os convidados do banquete, agora dirige-se ao anfitrião. O bem que devemos fazer não pode estar à espera de retribuição. Uma coisa que sempre me mete confusão são os benefícios fiscais que os Estado concede aos donativos. No início de cada ano começa-se a ouvir no final da missa o aviso para quem fez donativos se dirija à secretaria da igreja para levantarem a declaração para o IRS. Então faz-se um donativo e recebemos a retribuição no IRS? Compreendo que seja um incentivo para a solidariedade, mas de acordo com os ensinamentos de Jesus parece-me mal (apesar de já ter usado esse benefício no meu caso por causa do apadrinhamento na Helpo). Mas quem sou eu?
Na gratuitidade entra, a meu ver, a questão das promessas. Compreendo que a dor leve muita gente a fazer promessas a Deus, Nossa Senhora ou a um qualquer santo, mas quantas vezes isso não está carregado de comércio? Onde fica a gratuitidade do Amor de Deus? Do nosso amor a Deus? Quantos santos terão feito promessas? Muitos fizeram penitências bem mais duras que as promessas que se vêem por aí, mas foram gratuitas, em benefício de outros, desconhecidos, pelos pecadores (vejam o caso dos Pastorinhos). Usar de gratuitidade, e já agora de humildade, é ajudar alguém que nos queira mal sem que essa pessoa alguma vez saiba e depois esquecermos que a ajudámos.
Somos capazes de viver na verdade?
Jesus como bom Mestre não se limita a doutrinar do alto de uma cátedra, de um púlpito, de um palco, de um palanque. Ele mistura-se com a realidade e nela, após uma observação atenta, ensina a forma de sermos melhores em todas as situações. Dentro da realidade a Sua acção ajuda a transformar, a melhorar essa realidade. É o fermento que transforma a farinha.
Hoje Jesus foi convidado para uma refeição na casa de um fariseu proeminente na localidade onde estavam. Perante os comportamentos observados Jesus ensina que a conduta que agrade a Deus é a humildade. Porquê? Porque quem não é humilde acaba por mais tarde ou mais cedo substituir-se a Deus. Quando falta a humildade a noção das distâncias entre nós e Deus, entre nós e os outros, entre nós e as nossas acções, deturpa-se e facilmente nos convencemos que somos algo que na realidade não somos.
O meu pároco disse na homilia de hoje uma definição de Santa Teresa de Ávila para humildade. Ser humilde é viver na verdade. É humilde quem vive na verdade de quem é, nas coisas boas e nas coisas más. Quem se conhece e reconhece as suas fragilidades. Quem sabe que as suas qualidades não são sua propriedade, mas dons de Deus, dádivas, cheques ao portador que um dia teremos que cobrir. Se somos bons em alguma área, se somos reconhecidos e estamos nos primeiros lugares, é porque Deus quis, permitiu e ajudou. Viver na verdade é muito difícil, não é?
Outra vertente do Evangelho de hoje aborda a gratuitidade. Jesus na primeira parte falou para os convidados do banquete, agora dirige-se ao anfitrião. O bem que devemos fazer não pode estar à espera de retribuição. Uma coisa que sempre me mete confusão são os benefícios fiscais que os Estado concede aos donativos. No início de cada ano começa-se a ouvir no final da missa o aviso para quem fez donativos se dirija à secretaria da igreja para levantarem a declaração para o IRS. Então faz-se um donativo e recebemos a retribuição no IRS? Compreendo que seja um incentivo para a solidariedade, mas de acordo com os ensinamentos de Jesus parece-me mal (apesar de já ter usado esse benefício no meu caso por causa do apadrinhamento na Helpo). Mas quem sou eu?
Na gratuitidade entra, a meu ver, a questão das promessas. Compreendo que a dor leve muita gente a fazer promessas a Deus, Nossa Senhora ou a um qualquer santo, mas quantas vezes isso não está carregado de comércio? Onde fica a gratuitidade do Amor de Deus? Do nosso amor a Deus? Quantos santos terão feito promessas? Muitos fizeram penitências bem mais duras que as promessas que se vêem por aí, mas foram gratuitas, em benefício de outros, desconhecidos, pelos pecadores (vejam o caso dos Pastorinhos). Usar de gratuitidade, e já agora de humildade, é ajudar alguém que nos queira mal sem que essa pessoa alguma vez saiba e depois esquecermos que a ajudámos.
Somos capazes de viver na verdade?
Sem comentários:
Enviar um comentário