domingo, 31 de maio de 2009

Domingo de Pentecostes - Ano B

Com este domingo chega-se ao fim do tempo Pascal. Foram 7 semanas de 7 dias, 49 dias mais um, hoje. No calendário são estes dias, mas na realidade já lá vão quase 2000 anos de Pentecostes. É isso que hoje as leituras nos dizem, que o Espírito Santo está continuamente descendo sobre nós, a cada baptizado, a cada acto de amor nosso.

Este dia de festa é a comemoração do nascimento da Igreja. Neste dia ela nasceu e começou a crescer. Já nada estava oculto, já nada fazia temer os Apóstolos, já estavam revestidos da força e da sabedoria do alto.

Cristo vive. Vive em cada um de nós, quando cada um ama como ele amou. Quando cada um vive como homem ressuscitado.

Mais do que palavras minhas deixo aqui a bela oração rezada ou cantada depois da segunda leitura (gostaria de ter deixado um vídeo, mas não encontrei com a melodia cantada na missa):

Vinde, ó santo Espírito,
vinde, Amor ardente,
acendei na terra
vossa luz fulgente.

Vinde, Pai dos pobres:
na dor e aflições,
vinde encher de gozo
nossos corações.

Benfeitor supremo
em todo o momento,
habitando em nós
sois o nosso alento.

Descanso na luta
e na paz encanto,
no calor sois brisa,
conforto no pranto.

Luz de santidade,
que no Céu ardeis,
abrasai as almas
dos vossos fiéis.

Sem a vossa força
e favor clemente,
nada há no homem
que seja inocente.

Lavai nossas manchas,
a aridez regai,
sarai os enfermos
e a todos salvai.

Abrandai durezas
para os caminhantes,
animai os tristes,
guiai os errantes.

Vossos sete dons
concedei à alma
do que em Vós confia:

Virtude na vida,
amparo na morte,
no Céu alegria.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Mulheres de carisma

Ontem fiquei a saber que uma colega da empresa vai participar num espectáculo de dança contemporânea e o tema musical vai ser este:



E a atitude da PJ Harvey fez-me lembrar a Rita Redshoes, por isso, e porque não tenho muito tempo para escrever, aqui fica mais um tema dela:

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Inquietações

Quando andava na escola, tanto na disciplina de Português como de História, aprendi a olhar para a História como uma sucessão de períodos. Antiguidade, Idade Média, Renascimento, Idade Moderna. A minha primeira pergunta é: em que Idade estamos nós? Ou como se chama a época em que vivemos? Terá já nome? Só tem nome depois de passada?

Outra vertente desta minha inquietação é: do ponto de vista cultural em que tempo estamos? Na literatura, e depois num sentido mais lato na Cultura, vivemos depois do Renascimento, o Classicismo, o Barroco, o Romantismo, o Realismo, o Modernismo e a partir daqui vieram várias correntes ao mesmo tempo: Surrealismo, Existencialismo e Neo-realismo.

O século XIX acabou com o declínio do Realismo e a ascensão do Modernismo. As correntes seguintes viveram até finais da década de cinquenta, sessenta do século XX. E depois o que veio? Já procurei na net, mas nada me esclareceu e a informação não está organizada desta forma.

A Nova Era (fenómeno pseudo-religioso) começou na década de sessenta, mas poder-se-á pôr na mesma categoria como o Barroco, Surrealismo ou Existencialismo? Haverá um período na cultura ou na literatura chamado Nova Era? E o que é o Pós Modernismo? Quando começa? Já acabou? Os académicos da literatura não estudam estas coisas?

Com o fenómeno Harry Potter não estaremos a entrar num período Neo-gótico? Ou de Fantasia? Se formos ver as secções de literatura juvenil o que não faltam são livros de fantasia. Até eu ando numa fase de ler quase só livros deste género.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Música no comboio

Por causa desta mensagem neste blog lembrei-me de ter visto outro vídeo em que a acção passa-se num comboio em andamento. Haverá alguma ligação entre os dois?








Haverá mais vídeos destes?

domingo, 24 de maio de 2009

Domingo da Ascenção – Ano B

Hoje começa a sétima semana da Páscoa. Estamos a chegar ao fim do ciclo pascal. Neste tempo fomos aprendendo o significado da Ressurreição de Jesus para Ele, para mim e para os outros. Hoje é completada a Ressurreição iniciada naquele primeiro dia da semana.

Este tempo serviu para os discípulos compreenderem e interiorizarem a mensagem de Jesus e a Sua Ressurreição. É por isso que as últimas palavras de Jesus antes da Ascenção são palavras de esperança e missão. Esperança de salvação e missão apoiada pela vinda do Espírito Santo para a propagação da Boa Nova para todo o mundo.

São Paulo, na segunda leitura, apresenta-nos a real dimensão de Jesus após a Ascenção. Ele é a Cabeça do Corpo que somos nós. Ele está à direita do Pai e continuamente envia-nos o Espírito para nos fortalecer e ensinar.

Na parte final da primeira leitura, as duas figuras de branco interpelam-nos a não ficarmos “embasbacados” olhando para o céu e metermos as mãos à obra. À obra de Jesus Nosso Senhor. Só assim o reino se concretiza.

sábado, 23 de maio de 2009

Espectáculo ou jornalismo?

Ontem à noite andava a saltar de canal em canal e fui parar à TVI (só tenho acesso às televisões de sinal de aberto).

Deixo aqui o link com a entrevista do jornal da TVI ao bastonário da Ordem dos Advogados, pela Manuela Moura Guedes.

Podia-se achar estranho que a televisão disponibilize a entrevista, mas acho que vai de acordo com a política da estação. Espectáculo a todo o custo.

Às vezes a forma de dizer as coisas pelo bastonário espantam-me, mas não deixo de concordar com ele no que disse sobre a entrevistadora.

Realmente, desagrada-me a forma como ela falta ao respeito do entrevistado.

Aqui fica o link e vejam, se quiserem, pelos seus próprios olhos?

http://www.tvi.iol.pt/mediacenter.html?mul_id=13138071&load=1&pos=0

Flor de Jacarandá


Ontem reparei, no regresso a casa, que está no tempo das árvores de jacarandá florirem. Já vi algumas.

Infelizmente não encontrei esta canção que falar desta flor pelo Vitorino, mas fica aqui a versão do Luís Represas. Gosto desta canção.


sexta-feira, 22 de maio de 2009

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Molitva

Como estou numa de Eurovisão, e com pouca inspiração para escrever, deixo aqui uma das poucas músicas dos anos anteriores que gostei e recordo.





Na pagina do youtube está a letra em inglês.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Outras músicas da Eurovisão

Não sei se é por causa deste meu fraco pelo norte da Europa, mas no Festival da Eurovisão deste ano as minhas músicas preferidas foram lá do norte. Aqui ficam mais duas.

Finlândia, que bem pode ser uma música muito popular neste verão.



Suécia, a preferida da minha mãe e também não desgosto(há um vídeo no youtube com a letra)

terça-feira, 19 de maio de 2009

Cristo Rei


A festa do cinquentenário do Cristo Rei serviu para eu ter outra percepção do monumento. Até agora para mim era só mais um monumento, do género da torre de Belém. Não tinha noção de que era um santuário.


Para esta mudança muito contribuiu a homilia do Cardeal Patriarca no sábado. Acho que fica para a história ele dizer que em Lisboa não precisamos de entrar numa igreja para estarmos perante o Coração Imaculado de Jesus, para recebermos o Seu abraço.

Certamente quando voltar a ver o monumento será com outro olhar, talvez me lembre proferir uma pequena oração.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Cristo Rei, Nossa Senhora de Fátima e cantigas

O sábado passado foi mais um dia invulgar. Não fomos à Baixa para receber a Nossa Senhora de Fátima (o meu pai provavelmente não aguentaria andar e estar lá tanto tempo). Vimos pela televisão. Acabámos por acompanhar mais intimamente do que se tivessemos estado lá. Por isso das três às oito estivémos em frente à tv.

Uma coisa que nos espantou foi ver no coro da celebração eucarística algumas caras conhecidas daqui, da paróquia, inclusíve o cantor do salmo que é o responsável por toda a organização coral da paróquia. Para além dele e de outros cantores, estava lá um vizinho meu do prédio que não fazia ideia que pertencia ao coro. Foi um motivo extra de alegria.

Logo depois de Nossa Senhora chegar a Cacilhas passámos para o Festival Eurivisão da Canção. Portugal mais uma vez foi ignorado, ficou a 15ª posição com cinquenta e tal pontos. Aqui fica a prestação dos Flor de Lis (atenção a início e à referência de Potugal no mundo actualmente)



A Islândia portou-se muito bem e ficou em segundo lugar, bem longe do primeiro, mas mesmo assim em segundo.



O espectáculo começou desta forma (o Cirque du Soleil acrescentou ao espectáculo uma qualidade incrível)



Antes da canção vencedora quero mostrar a canção da casa. O que me marcou mais foi a cenografia, é a minha costela para o dramatismo a falar. Para além é uma canção com o título de Mãe (mamo em russo)



E aqui fica a vencedora. É na Noruega e até que gosto dela (há um certo toque dramático na melodia e no amor por um conto de fadas). O ritmo e a melodia do violio merecem uma longa carreira nas rádios.




É impressão minha ou o cantor dá ares com o Enrique Iglesias? Será do cabelo?

domingo, 17 de maio de 2009

Sexto Domingo da Páscoa - Ano B

Neste domingo a palavra amor e o verbo amar reinam. Neste caminhada de descoberta de Jesus Ressuscitado, hoje, ficamos a conhecer a verdadeira e mais profunda imagem de Deus, que é Amor. Não é aquele Ser castigador, o Senhor dos Exércitos, o Rei Altíssimo, o Rei Benevolente, o Rei Misericordioso que perdoa quem regressa a Ele. Deus é Pai, Criador que nos ama. Ele é esse Amor. Ele ama. Ele é amado. Ele é Amor.

Jesus depois de nos revelar a verdadeira identidade de Deus, reformula toda a Lei anterior num só mandamento: “que vos améis uns aos outros como vos amei”. Se somos imagem e corpo de Deus então devemos agir como Ele, ser como Ele. Nada mais há para além deste mandamento, ele é a essência da nossa vida cristã, serve como medida para a nossa vida, para avaliar o nosso agir, pensar e sentir.

Na primeira leitura está o pormenor que faltava para iluminar este mistério: o Amor não está circunscrito a um determinado lugar, povo, etnia ou raça. O Amor não tem fronteiras. E por isso este domingo aponta-nos para um objectivo. Como Pedro devemos levar a Boa Nova para fora do nosso círculo, lugar, povo etnia, raça. A Boa Nova é universal e nós somos os veículos do cumprimento dessa universalidade.

Hoje descobri uma leitura nova para a passagem quando Jesus, na Última Ceia, toma o cálice e diz: “Tomai todos e bebei, este é o cálice do Meu Sangue, o Sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos, para a remissão dos pecados. Fazei isto em memória de Mim”. Até hoje sempre pensei que este “fazei em memória de mim” era a instrução para se repetir continuamente aquele gesto de partir o pão e beber o vinho. Afinal também é uma forma de dizer para fazermos o mesmo que Ele fez, dar a vida, amar. Amai em memória de Mim. Ide pelo mundo em memória de Mim.

sábado, 16 de maio de 2009

Entrevista à irmã Joana I

Hoje deixo aqui a primeira parte da entravista à irmâ Joana, que falei aqui.

Eis o link http://toquesdedeus.blogspot.com/2009/05/entrevista-joana-parte-i.html

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Os livros que não comprei na Feira do Livro

Em relação aos livros ando com um problema: falta de espaço para os arrumar. Mesmo assim vou comprando como ontem se viu. No sábado estava com vontade de comprar uns livros do Grupo Leya, que acabei por não o fazer. Esses livros são um problema para mim. São três livros cada um com mais de quinhentas páginas e o último chega às setecentas. Este problema agrava-se porque já li os dois primeiros, porque me foram emprestados por uma colega que já não trabalha comigo, e gostaria de relê-los. E pelo que sei outro livro virá a caminho.

Já pensei em doar alguns livros meus a uma biblioteca, mas houve uma altura em que tive a triste ideia de assinar e datar os livros que ia comprando. Como doar estes livros a uma biblioteca? E se depois me apetece voltar a ler algum deles? Sempre posso voltar à biblioteca e requisitá-los, não é?


Enfim a chuva adiou a minha decisão de comprar os livros Eragon, Eldest e Brisingr (este é o que ainda não li)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Crónicas de Allaryia

No sábado comprei na Feira do Livro estes dois na Presença do mesmo autor Filipe Faria:
Vagas de Fogo

O Fado da Sombra

Na feira do ano passado descobri este autor e esta colecção e comprei o primeir livro,

A Manopla de Karasthan


E depois na Fnac comprei ao longo do ano:

Os Filhos do Flagelo

Marés Negras

A Essência da Lâmina, que acabei de ler (apesar de querer para ler o próximo, vou ler primeiro A Especiaria)


Aqui fica o site da colecção do Filipe Faria, Crónicas de Allaryia

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Conversa à chuva III

Saí da editora Presença e fui subindo tendo em vista dois factores: cruzar o Parque para o outro lado perto do pavilhões do Grupo Leya e fazer isso numa altura de menos chuva. Nesta altura já não olhava para os livros.

Fui abrigando-me onde podia, escolhia pavilhões com menos gente para ficar mais abrigado. A chuva não parava e fiquei um pouco de mais tempo no pavilhão da editora Guerra e Paz. Um senhor por trás do balcão começou a falar comigo. Falou que São Pedro não estava a ajudar a crise. Eu disse que sim. E a conversa começou a assim. Nessa altura reparei que havia uma série grande de volumes do mesmo livro. Ele disse-me que era o autor e começou a falar-me do livro “A Especiaria”. Achei interessante o que me disse e acabei por comprá-lo.



O autor do livro chama-se António Oliveira e Castro, pela breve biografia na orelha do livro teve uma vida interessante, movimentada e cheia actividades diferentes umas das outras. O que mais cativa nele a forma de falar connosco. Fala com paixão do que escreve e das investigações que fez para fundamentar o que escreve. Contou-me algumas histórias da relação dos portugueses com África que serviram para este livro e para o que está actualmente a escrever. Esta paixão também descobri no que me contou da sua vida recente. Era empregado bancário e chegado a uma altura da vida em que os filhos já começavam a estar encaminhados decidiu reformar-se e abraçar o sonho de fazer algo mais do que ser mero bancário. Este é o tipo de atitude que espero um dia poder tomar. Viver totalmente para aquilo para o qual nasci.

Acabei por contar-lhe que também escrevo. Partilhámos algumas experiências nesta área. Incentivou-me a nunca desistir do meu sonho. Foi uma conversa muito agradável. Naturalmente autografou-me o livro. Deixou também o endereço do blog que promove o livro e que aqui deixo: aespeciaria.blogspot.com. No final aproveitando o ambiente da conversa dei o endereço deste blog. Foi uma grande ousadia aos meus olhos (costumo ser muito acanhado, mesmo na blogesfera, podia promover este blog como muitos fazem, deixando comentários apelando retribuição da visita, mas não gosto, prefiro que descubram este blog por acaso ou através de outros blogs que estejam já ligados aqui). Acho que estive quase a pedir desculpa por estar a promover o meu blog, mas ele foi muito simpático e percebi que não é nada de mais dizer que se tem um blog e dar o endereço.

São Pedro através da chuva providenciou este encontro e esta conversa. Acabei por não ir ao Grupo Leya. Desci até ao Marques de Pombal e apanhei o primeiro autocarro que vinha para os meus lados.

(Ainda na feira comprei uma fartura para mim e outra para levar à minha mãe, que me pedira para matar saudades. Ao contrário do maestro d'Os Maias que se esqueceu das queijadas de Sintra, eu não me esqueci da fartura.)
(Esta foi a vez em que apanhei mais chuva sem estar protegido)

terça-feira, 12 de maio de 2009

Conversa à chuva II

Como ontem estava a dizer, marquei mentalmente os livros do Grupo Leya que ponderava comprar. Enquanto estava nos pavilhões a chuva intensificou-se. Comecei a pensar que talvez não pudesse cumprir o ritual todo. Passei a andar de pavilhão em pavilhão abrigando-me debaixo das palas de cada um. Cada vez olhava menos para os livros. Desci pelo segundo corredor e no final decidi procurar o pavilhão da Presença para comprar os livros que tinha pensado em casa comprar.

Fui para o outro lado da feira. A chuva não parava. Andei abrigado-me aqui e ali. Estive um bom bocado abrigado numa tenda com cadeiras. Vi as reacções, ora assustadas ora de reconhecimento, de crianças perante a visão de um personagem de animação em carne e osso, muito feltro e espuma, que acenava para elas e estendia a mão para uma aperto. Era um carteiro que trazia um gato e este mexia a cabeça. As crianças mais pequenas tinham medo, as outras eram mais atrevidas e vinham apertar a mão dele. A rapariga que o acompanhava, ajuda e tirava fotografias era bem gira.

Houve uma altura em que pareceu-me haver um abrandar da chuva. Aproveitei para ir comprar os livros à Presença (também ficará para outra ocasião este assunto). Pelo caminho percebi que o tempo estava de chuva para ficar. Decidi voltar aos pavilhões do Grupo Leya e voltar para casa, sabe-se lá como.

Para não tornar este texto muito grande deixo para amanhã o que motivou a escrita desta série de textos.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Conversa à chuva I


No sábado passado fui à Feira do Livro. Na semana anterior andei adoentado e por isso deixei para esta. Devo dizer que foi uma saída extraordinária. Fora do comum para mim. E tudo por causa da chuva.

Começou a pingar mal saí do autocarro e não levava chapéu de chuva, nem casaco com capuz. Estava previsto tempo de chuva para domingo e não para sábado, por isso fui desta forma desprevenido. Também pensei que o tempo estaria como de manhã, uma ou outra pinga, mas com o sol a secar logo tudo. Mas não foi isso que aconteceu.

Comecei a percorrer a feira como habitualmente pelo lado do Pavilhão Carlos Lopes. Devo dizer que poucos pavilhões (palavra que dá uma imagem errada daqueles stands, mas como não queria usar a palavra stands, usei pavilhões, mas aqueles stands são meras barraquinhas de venda de livros sem dimensão de pavilhão, que parece ser uma coisa maior)(oops! usei a palavra indesejada três vezes!) me interessaram. Pelo menos no corredor mais à direita. O meu método para a feira do livro é subir por um corredor e descer pelo outro. Depois faço mesmo do lado da Estufa Fria (onde não me lembro de ter nunca entrado).

Assim subi a primeiro corredor e cheguei aos pavilhões do Grupo Leya (é curioso que um grupo editorial de livros se chame leya e não leia). Aí pensei comprar uns certos livros (hei-de falar disso noutra altura). Outro ritual meu nas feiras do livro é correr a feira toda, mascando mentalmente os livros que me interessaram para depois decidir comprar. Isso só não acontece quando ando à procura de um determinado livro que já queria comprar. Enfim é um ritual flexível.

Como o texto está a ficar longo continuo amanhã.

domingo, 10 de maio de 2009

Quinto Domingo da Páscoa - Ano B

Nesta caminhada de descoberta de Jesus Ressuscitado, que constitui o tempo Pascal, neste domingo, que me apetece chamar da humildade, percebemos que nada somos sem Deus, nada fazemos sem Deus. A imagem que Jesus usa da videira quer dizer isso, também. Só damos frutos se estivermos unidos a Jesus. E se estivermos e não dermos frutos, somos cortados para fora.

Esta imagem da videira é igual à imagem que São Paulo usa nalgumas cartas do Corpo. A seiva da videira ou o sangue do corpo é o Espírito Santo que circular nos nossos corações, fortalece, incentiva, anima, esclarece, irriga de amor, ou seja, de Si próprio todo o corpo. É desse amor que nos fala São João na segunda leitura. É esse amor que no chama a ser verdadeiros nos actos, palavras, sentimentos e pensamentos.

Impelido por esse amor e no cumprimento desse mandamento de verdade São Paulo, na primeira leitura, apesar de tudo contra apresenta-se em Jerusalém para entrar na comunhão da Igreja após a sua conversão. No entanto não entrou pelos méritos próprios, mas pela mão de Barnabé, um membro da Igreja. O que nós fazemos, incentivamos os convertidos à comunhão ou olhamos só para os pecados do passado?

É por tudo isto que chamo a este dia: domingo da humildade. Devemos olhar a nossa vida e as nossas capacidades com humildade. E devemos olhar os outros também com a humildade de não os julgar e sempre acolhendo-os. Somos membros de um mesmo corpo. Somos ramos de uma mesma árvore. Somos filhos de um mesmo Deus.

sábado, 9 de maio de 2009

Lamentações

Ai, tenho andado ausente daqui, poucos dias é certo, mas mesmo assim é fora do habitual.
Ai, andei constipado na semana passada e não me apeteceu escrever no fim-de-semana passada.
Ai, tenho feito horas extra no trabalho por causa do fecho do mês de Abril. É aquela altura do mês.
Ai, tenho tido tão pouca vontade de escrever.
Ai, não posso estar muito tempo a olhar para o portátil porque provoca-me dor de cabeça. Descobri que a maioria dos portáteis tem écrans com a emissão a 60 htz, quando o que nos faz menos mal é a 100.
Ai, que meti-me no jogo Cantr II e estou com menos tempo e disponibilidade mental para a escrita.

Enfim, por causa deste evento resolvi voltar a ouvir uma lição de japonês (aqui está a história), mas estou cada vez menos vontade de aprender.

Ai, ai, ai...

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Riso no trabalho

Ontem no trabalho experimentámos algo parecido com isto (yoga do riso). A iniciativa foi ideia de umas colegas minhas da sala. Neste local trabalhamos quatro pessoas, já chegámos a ser seis, e na sala ao lado estão os nossos chefes. Existe uma boa relação entre nós.
Por isso juntaram-se três pessoas da Contabilidade (chefe incluindo), duas do Controle de Gestão (também com o chefe) e uma pessoa da Fiscalidade, que ajuda também na Contabilidade. Nós os seis juntámo-nos num recanto da sala pouco visivel (já que trabalhamos num semi open space) de modo que o director não nos visse.

A ideia foi um rir e os outros imitarem-no. Foi espetacular. Quase todos ficaram lacrimejantes e corados. Foram dois minutos bastante libertadores. Marcámos para a próxima semana outra sessão de risota.

terça-feira, 5 de maio de 2009

A Senhora de Fátima vem à cidade

É o que apetece dizer.

Nos dias 16 e 17 de Maio, a propósito do cinquentenário do santuário do Cristo Rei em Almada, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima vem a Lisboa e Almada. Aqui fica a notícia com o programa.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Maio

Nestes primeiros dias de Maio tem estado bom tempo. Dá vontade de andar pelos campos. Quem o fizer sentirá odores das flores, das cascas, da terra, da natureza em pungente vitalidade.

Maio é assim. É capaz de ser o mês mais feminino do ano. É o mês da natureza, como estes peregrinos certamente constatarão (cortesia da MJ do blog Caminhar do Sul).

É o mês de Maria (deixo aqui uma boa forma de o lembrar, cortesia do Alma Peregrina).

É o mês da Mãe. Do Coração.

Em suma é um mês repleto de amor. E como gosto de música aqui fica um dos poucos temas da Bjork que gostei à primeira (e dos poucos que gosto mesmo.

domingo, 3 de maio de 2009

Quarto Domingo da Páscoa - Ano B

Este domingo é conhecido como o Domingo do Bom Pastor. É isso que Jesus afirma no Evangelho. Ele é o bom pastor porque dar a vida pelas Suas ovelhas. Não é como os mercenários que andam pelo seu próprio interesse, pouco importando-se com as ovelhas.

Neste tempo pascal estamos a descobrir ou a aprofundar o nosso conhecimento de Jesus Ressuscitado. Começámos com a novidade do sepulcro vazio. Depois veio ao nosso encontro em assembleia e dando-nos força diz qual é a nossa missão. Hoje diz-nos que não estamos abandonados, pois Ele é o nosso Bom Pastor. E dá-nos a razão para acreditarmos: Ele dá a Sua vida por nós.

São João na segunda leitura explica que o acto de dar a Sua vida por nós é o Amor que Deus tem por nós e é esse Amor que nós faz filhos de Deus, através do baptismo. Somos botões de flor à espera de desabrochar quando estivermos face a face com Ele.

Entretanto, como São Pedro na primeira leitura, cheios do Espírito Santo devemos proclamar Jesus como Senhor, o único que dá a salvação. Como Pedro devemos procurar alargar o Reino de Deus com desassombro. Aqui entra o dia de oração pelas vocações. O Bom Pastor só consegue reunir todas as ovelhas com a nossa ajuda. Que o Espírito Santo circule livremente e fortaleça todas as vocações.

sábado, 2 de maio de 2009

Missão

Hoje fica aqui um link a uma entrevista com uma irmã missionária. Pode-se sentir na sua forma de falar uma paixão que só pode ser reflexo de uma relação forte com Deus.

Aqui fica

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Os meus porquês

Há vários anos que me debato com a dúvida: devia seguir a vida de sacerdócio ou religiosa, ou não? Como já disse, ou penso ter dito anteriormente, acho que já passou a altura para ir por aí. É claro que há histórias de vocações tardias, mas se neste momento alguém me propusesse: vem para o seminário; e teria que recusar.

Começando pela razão mais fácil de dar, digo que os meus pais precisam de mim. O meu pai com Alzheimer, a minha mãe cuidando dele 24 horas sobre 24 e não indo para nova. Ambos estão dependentes de mim, não tanto para lhes ajudar no dia a dia (embora se o meu pai deixasse, eu poderia ajudar muito mais) mas como um apoio para os momentos difíceis. Nunca senti esta responsabilidade como um peso (talvez só nos momentos de depressão, mas esses não contam), cada vez mais encaro-a como um acto de amor. O que seria deles sem mim? Sou eu trato das relações com o banco, com as finanças, com a farmácia. Cada dia que passa vejo a minha mãe a entender cada vez menos as notícias que ouve e vê na comunicação social. Se eu não estivesse perto para explicar-lhe o que seria dela? Mesmo assim fica alarmada...

(Há uma sensação que tenho e que me preocupa. Vivermos num mundo repleto de informação. Já repararam na quantidade de mal-entendidos que acontecem? Com minha mãe isso acontece de vez em quando. Até que ponto a comunicação social está a ser clara na exposição do que comunica?)

Outra razão para ficar como estou é a minha convicção de ser incapaz de ser um bom orador. Admito ter facilidade em escrever, mas a facilidade fica por aí. Dizer o mesmo oralmente afigura-se-me impossível. Na escola sempre foi um tormento para mim ler em voz alta. E expor opiniões? Pavoroso. Fico logo desconfortável, corado (mesmo se não for visível, fico com calor na cara). Só de pensar nisso já estou a ficar com as maçãs do rosto quentes. Enfim, esta minha timidez, acanhamento, mazela psicológica, torna-me num péssimo candidato ao sacerdócio? Talvez por isso a ideia de ficar fechado num mosteiro seja mais atraente.

Pode-se dizer que para ser sacerdote não são as nossas qualidades ou defeitos que contam, mas sim o nosso amor a Jesus. Aí está outra razão. Sinto que o meu amor a Deus não é o suficiente para tal. Tenho feito uma caminhada de crescimento. A minha abordagem à fé teve que ser pelo lado intelectual. O meu caminhar é lento e cheio de dificuldades. Não sou uma pessoa de paixões, apaixonada ou apaixonante. Isto parece entrar em contradição com a minha reflexão da Quaresma passada. Uma das minhas tentações é querer ser perfeito, ser reconhecido, ser amado. É o oposto daquilo que se espera de um sacerdote, que deverá ser alguém disposto a amar se reconhecimento, que se entregue ao serviço.

Todas a três razões podem ser facilmente combatidas. As três juntas e mais alguma preguiça, arrogância, muito egoísmo, falta de fé e a ilusão de que através da escrita compense este meu não, eu justifico perante mim próprio o persistir neste caminho.

Normalmente quando chego a este ponto no raciocínio paro e entrego nas mãos de Deus o meu passado, presente e futuro. A Ele nada é impossível e quem sou eu para deslindar o mistério que o projecto Dele para todos nós. Vai na volta Ele quer que eu seja exactamente isto que sou. O que tenho que fazer é mudar a perspectiva de análise da questão. Na minha vida actual, sou ou não fiel a Deus? Até que ponto nesta existência monótona e apagada Ele é o centro?